7
Products
reviewed
0
Products
in account

Recent reviews by SurMickey

Showing 1-7 of 7 entries
1 person found this review helpful
10.8 hrs on record
⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

Lost Records: Bloom & Rage não é apenas um jogo, mas uma viagem no tempo. Ele captura a intensidade da juventude, a força das amizades e aquele tipo de verão que parece durar para sempre. Entre memórias, promessas e um segredo que as une e separa, quatro amigas se reencontram décadas depois para enfrentar o passado. A história é contada com sensibilidade, trazendo diálogos naturais e momentos que ecoam nostalgia, como se estivéssemos folheando um álbum de fotografias antigas.

A atmosfera é profundamente imersiva. A música, o visual e os pequenos detalhes da ambientação recriam os anos 90 de forma quase palpável. Mais do que um pano de fundo, a trilha sonora carrega sentimentos, trazendo a energia de uma época onde cada fita cassete era uma trilha sonora pessoal. A jogabilidade reforça essa imersão, permitindo que exploremos o passado através de gravações, objetos esquecidos e conversas cheias de subtexto.

No fim, o que mais marca não é o mistério central, mas o peso do tempo sobre os laços que acreditamos inquebráveis. Lost Records nos faz lembrar daquelas amizades que moldaram quem somos, dos momentos que definiram nossa juventude e do inevitável confronto entre quem fomos e quem nos tornamos.
Posted 28 February. Last edited 28 February.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
4 people found this review helpful
7.3 hrs on record (7.3 hrs at review time)
⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

The Last Campfire é mais do que um jogo; é uma jornada de autodescoberta, uma poesia visual que fala sobre esperança em meio à escuridão. No papel de Brasa, uma pequena chama perdida, somos convidados a atravessar um mundo solitário e melancólico, onde o silêncio e a tristeza parecem ter tomado conta de tudo. Cada passo, cada quebra-cabeça e cada encontro nos leva a refletir sobre o que significa estar perdido – e, mais importante, sobre nos encontrar.

As pequenas criaturas chamadas Lamúrias representam aquilo que, em algum momento, todos nós já sentimos: a desistência, a sensação de que não há saída ou razão para continuar. Mas Brasa está ali, com coragem e compaixão, para oferecer uma mão amiga, reacendendo aquela centelha esquecida. A cada quebra-cabeça resolvido, não salvamos apenas personagens; salvamos partes de nós mesmos. Há uma beleza delicada em ver as Lamúrias se reerguerem, como se o jogo sussurrasse em nosso ouvido: "Ainda há tempo. Ainda há esperança."

O mundo de The Last Campfire é feito de silêncio e suavidade. Os cenários, pintados com cores serenas, parecem acalmar até as mentes mais inquietas. A trilha sonora, suave e melancólica, embala nossos sentimentos e nos conecta, de maneira quase mágica, com aquele universo que parece tão distante e, ao mesmo tempo, tão familiar. A narração doce e compassiva é como um abraço em momentos de dúvida, guiando-nos suavemente pelo caminho.

Em suas poucas horas, ele nos faz refletir sobre solidão, propósito e sobre a importância de cuidarmos não apenas de nós mesmos, mas também dos outros. Nos lembra que, mesmo em nossos momentos mais sombrios, uma pequena chama pode reacender o que parecia perdido.

E, quando chegamos ao fim, carregamos conosco não apenas memórias de um belo jogo, mas uma mensagem que nos toca profundamente: por mais que estejamos perdidos, sempre haverá um caminho. Às vezes, tudo o que precisamos é de alguém – ou algo – que nos lembre de que ainda podemos seguir em frente.
Posted 16 December, 2024. Last edited 16 December, 2024.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
No one has rated this review as helpful yet
17.3 hrs on record (6.2 hrs at review time)
⭐️⭐️⭐️⭐️

Posted 10 December, 2024.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
No one has rated this review as helpful yet
7.5 hrs on record
⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

Há jogos que nos fazem rir, outros que nos desafiam com suas mecânicas complexas, e então há aqueles que tocam nossas almas de forma tão profunda que permanecem conosco muito depois de seus créditos finais. Finding Paradise é um desses jogos.

A história começa simples, quase como um convite discreto para algo maior. Você assume o papel dos doutores Rosalene e Watts, duas pessoas comuns com uma missão extraordinária: realizar os últimos desejos de pacientes, alterando suas memórias para que suas vidas sejam reescritas com um final perfeito. Desta vez, o paciente é Colin, um homem cuja vida, à primeira vista, parece ter sido plena. Ele teve amor, teve conquistas, teve família. Mas então vem a pergunta que guia toda a narrativa: por que, mesmo com tudo isso, ele sente que falta algo?

Explorar as memórias de Colin é como folhear um álbum de fotos. Cada momento capturado é rico em detalhes, em emoções e, às vezes, em pequenos segredos. Há momentos de pura alegria, de silêncio contemplativo e de dor que não podem ser apagados. E à medida que avançamos, percebemos que este não é apenas um jogo sobre alterar memórias — é um jogo sobre o que significa realmente viver. É sobre aquele vazio que todos sentimos em algum momento, aquela busca incessante por algo que, muitas vezes, nem sabemos o que é.

A trilha sonora, composta com uma sensibilidade impressionante, não apenas acompanha essa jornada; ela é parte dela. Cada nota parece puxar uma corda do coração, intensificando a melancolia, a esperança e o carinho que a história transmite. É impossível não se emocionar ao ouvir as melodias enquanto revemos os momentos mais significativos da vida de Colin.

E então vem o final. Um momento de realização que nos faz questionar nossas próprias escolhas, nossos próprios arrependimentos. Não é uma resposta fácil, porque Finding Paradise não é sobre finais felizes ou tristes — é sobre a vida em toda a sua complexidade.

No fim, você não termina apenas um jogo; você termina uma conversa íntima com sua própria alma. E talvez, como Colin, perceba que a vida não precisa ser perfeita para ser extraordinária.
Posted 15 August, 2024. Last edited 9 December, 2024.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
No one has rated this review as helpful yet
0.9 hrs on record
⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
Tudo é vário. Temporário. Efêmero.
- Chico Buarque
Posted 29 November, 2023.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
No one has rated this review as helpful yet
12.7 hrs on record (9.9 hrs at review time)
⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️


      />  フ
      |  _  _ l
      /` ミ_xノ Meow
     /      |
    /  ヽ   ノ
    │  | | |
 / ̄|   | | |
 | ( ̄ヽ__ヽ_)__)
 二つ
Posted 22 November, 2023. Last edited 22 November, 2023.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
No one has rated this review as helpful yet
14.6 hrs on record
⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

Gris é mais do que um jogo; é uma jornada sensorial profundamente emocional. Acompanhamos a protagonista, Gris, em sua trajetória por um mundo devastado, marcado pela dor e pelo luto, enquanto ela tenta recuperar sua voz e, com ela, sua força.

A história é contada sem palavras, mas sua mensagem ecoa através de símbolos, cores e música. Cada elemento do jogo parece vivo, pulsando com as emoções de Gris. O mundo começa desbotado, envolto em tons de cinza e tristeza, mas aos poucos, conforme ela supera seus traumas, as cores retornam, inundando o cenário com vida e esperança.

O progresso não é apenas físico, mas emocional. Gris enfrenta desafios que refletem suas dores internas: quedas, obstáculos, vazios que precisam ser preenchidos. Cada habilidade que ela recupera simboliza um passo em direção à aceitação e ao crescimento, mostrando como a superação é um processo gradual, mas poderoso.

A trilha sonora, etérea e melancólica, parece carregar a própria alma de Gris. As notas se alinham com os momentos mais intensos, fazendo o jogador sentir cada vitória e cada fracasso como se fossem seus.

Em Gris, não há inimigos para derrotar, nem batalhas para vencer. Em vez disso, o conflito é interno, e a resolução vem do entendimento, da resiliência e da redescoberta de quem se é após a perda. É um lembrete de que a dor, embora esmagadora, também pode ser transformadora, e que, ao final, há beleza em encontrar luz na escuridão.

Este é um jogo que toca o coração, convidando o jogador a refletir sobre suas próprias jornadas de superação. Gris é um poema visual e sonoro que celebra a força de se reconstruir, um passo de cada vez.
Posted 12 November, 2023. Last edited 9 December, 2024.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
Showing 1-7 of 7 entries