Recent reviews by Orakio "O Gagá" Rob

Ainda melhor do que o primeiro Hexcells, que já era bom pra caramba. Os puzzles são mais desafiadores, mas não te irritam. Eles têm a dificuldade certa para você ficar um tempo coçando a cabeça e depois se sentir um gênio porque matou a charada.

Este joguinho japonês é cruza de estratégia em tempo real com visual novel e algum gerenciamento ao estilo 4x (mas o gerenciamento é bem simples, nada que assuste).

Você escolhe uma facção e assiste à história inicial dela com arte japa bacanérrima e um texto que felizmente foi bem traduzido (não que seja uma supertradução fantástica, mas passa longe de ser um "engrish" horroroso). A história é interessante e eu achei toda a parte de exposição da trama bem agradável.

Em seguida, você vai para a fase de gerenciamento no mapa. O gerenciamento é bem básico, você recruta guerreiros especiais que estejam passando pela região, recruta tropas comuns com sua grana e coisa e tal. Há vários tipos de tropas: soldados, magos, etc. A facção dos lagartos tem até um tipo de tropa que tem a função não de combater, mas de apagar incêndios! Ah, tem menu de diplomacia também, e é bem simples: você paga um valor x para se aliar a outra facção por y turnos.

Aí você escolhe se quer mover suas tropas para reforçar as defesas de seu território ou se quer atacar alguém. Vai atacar? Então você escolhe as tropas e vai pra briga. Abre o mapa do combate, com vários tipos de terreno. Claro que cada tropa se sai melhor num terreno específico.

O combate é em tempo real e é rápido pra diabo! Felizmente, você pode apertar espaço para pausar a ação, ao melhor estilo Baldur's Gate. Você pode selecionar tipos específicos de tropas e dar ordens específicas, tipo mandar os magos usarem só magias de fogo, e não de gelo, por exemplo.

Resumindo: ótimo jogo se você tem cabeça para entender os mil ícones de habilidades e curte um micromanagement no combate. Se curte coisas japa, melhor ainda, a arte é linda e muito variada.

Presumo que os amigos brasileiros, assim como eu, nunca tenham jogado Taslisman. Comprei meio no chute, e pelo que joguei, imagino que seja um jogo bem legal para jogar com os amigos. Se quiser tentar, compre a outra edição, Talisman: Digital Edition, que é a edição multiplayer que realmente emula o jogo físico.

Esta Prologue Edition apela a quem é forever alone que nem eu e procura um jogo de cartas + tabuleiro + miniaturas com jeitão de RPG para jogar sozinho. Você é o único jogador no tabuleiro; em vez de rivais controlados pela IA, o jogo apresenta quests que você deve cumprir, tipo "mate os bandidos e salve a princesa". Aí você joga o dado, anda pelo tabuleiro, pega cartas, ganha itens, luta com inimigos etc. Até aí bacana, certo?

O que mata é o seguinte: digamos que você precise tirar cinco para cair na casa onde estão os tais bandidos. Você tira seis, então passa direto. Você joga o dado de novo torcendo para tirar um (o jogo permite andar "para trás"), mas tira três, então vai parar duas casas depois. Rola os dados de novo, "vai dois, vai dois"... quatro. E aí você fica nessa dança para cair na casa em que precisa cair, lutando contra os dados. O prego no caixão do jogo: para fechar as missões com cotação máxima, você tem que resolver tudo numa quantidade máxima de turnos, mas como diabos você vai conseguir fechar uma missão em, digamos, dez turnos, se leva vinte turnos para finalmente conseguir cair na maldita casa que tem a quest?

Resumindo: ótima ideia, péssima execução. Entendo que nesse tipo de jogo a gente lute contra os dados, mas a pior coisa que os caras poderiam fazer num jogo com essa característica era meter um limite de turnos.

Uaaaaaaaau, gente! Que jogo fantástico, maravilhoso! É dungeon crawler de raiz; se você não curte, não vai mudar sua cabeça; mas se você curte, oh man... separe uns dias, jogue com muita calma, quebre a cabeça nos puzzles, procure os segredos. Grimrock é uma delícia, e tem coisa de sobra para os "complecionistas" encontrarem.

Que mané personagens! Que história o quê? Ok, o jogo até tem uma história interessante, misteriosa, e você vai topando com as anotações de um carinha que passou pelo labirinto antes de você, mas a verdadeira estrela do jogo é o labirinto mesmo. Engenhoso, diabólico, chame do que você preferir. Nota mil pro Grimrock. O óbvio agora seria comprar a sequência, mas esse primeiro jogo é tão bom que é difícil para mim acreditar que o segundo pode ser melhor.

A quem eu estou enganando? É óbvio que vou comprar o LOG2 mais cedo ou mais tarde :P

Hexcells é cruza de campo minado com sudoku e é viciante demais! Nem sou muito de puzzles, mas este aqui me fisgou. Começa bem simples e vai complicando, mas depende única e exclusivamente da lógica, e não da sorte. Os puzzles são tão bem montados que eu me recusava a "chutar"; só clicava num hexágono quando tinha certeza. Se você é fã do gênero, compre logo o pacotão com Hexcells Plus e Hexcells Infinite, porque quando você terminar o primeiro jogo, vai querer mais com certeza.

Poucas vezes eu quis tanto recomendar um game no Steam. Se você curte jogos de ação, se gosta de desafios, se gosta de aventuras, se gosta de exploração... enfim, se você gosta de games, compre logo o jogo. Só deve passar longe quem fica frustrado com jogos mais desafiadores, porque a dificuldade é puxadinha.

O jogo é um espetáculo em todos os aspectos que realmente importam num videogame: o visual é lindo e inspirador; a trilha sonora casa perfeitamente com o clima do jogo; a trama é apenas sugerida através de imagens misteriosas, sem diálogos, contando o suficiente para deixar o jogador interessado e botar a imaginação dele para funcionar. É assim que eu gosto dos meus games: dê-me um mundo e deixe-me explorá-lo. Não me conte muita coisa, deixe eu descobrir. A interatividade é o grande trunfo dos games sobre o cinema, não é mesmo?

O mundo de HLD está cheio de detalhes visuais que sugerem algo sobre o povo que vivia ali, a história do lugar. É legal demais jogar prestando atenção em tudo, tentando entender mais sobre esse lugar. Mas não é só passeio turístico não, a ação é excelente, pauleiríssima! É ação rápida, intensa, que exige altíssima precisão. Ataque na hora errada e você fica aberto para receber golpes. Pense bem, mas pense rápido. Putz, até o combate é perfeito. Que beleza esse joguinho.

Recomendar ou não? Eu queria que tivesse um "depende" aqui...

O jogo é um metroidvania no fundo do mar. Os controles lembram bastante o clássico Ecco the Dolphin (que eu curto muito), com direito a música relaxante e vozes bacanas. Tudo é muito poético e bonito, então tudo leva a crer que a experiência vai ser prazerosa.

Aí vêm os problemas: o suporte a controle é meio mais ou menos (os prompts na tela continuam indicando comandos de teclado). O mundo é muito amplo, mas você fica meio perdido sem saber para onde ir em muitas ocasiões. Tem umas canções que você pode usar para várias coisas, mas executá-las nos momentos mais tensos resulta em muitos erros.

O jogo não é ruim não, é muito bacanudo e tal, mas só vale a pena para quem estiver disposto a encarar um bom jogo com falhas irritantes. Eu já tô velho demais para essas coisas, então quando um jogo me irrita, eu passo logo para outro. Se você tem mais paciência que eu e curte umas aventuras poéticas, talvez curta.

Eu me sinto mal de negativar um jogo que parece bem longo e expansivo tendo jogado tão pouco, mas o lance é o seguinte: o jogo começa muito, muito devagar; os controles são muito, muito esquisitos num primeiro momento; e o meu tempo é muito, muito curto. Se você tiver tempo sobrando, talvez o jogo esquente depois das primeiras horas, é até bem provável. Mas se você não tem tempo a perder e quer um jogo que te prenda rápido, escolha outro simulador espacial.

Talvez um dia eu tente outra vez, aí quem sabe este review não muda? Veremos. Mas pombas, devs, vamos colocar uns tutoriais menos horríveis e encaixar algo ali pelo início que faça o jogo parecer promissor, ok? Assim fica difícil.

Excelente jogo, mesmo para quem está jogando pela primeira vez e não tem qualquer nostalgia (mais ou menos o meu caso).

É claro que a mecânica do jogo está ultrapassada, esse negócio é velho pra caramba, mas o level design é digno dos mais altos elogios e dá uma surra em muito jogo moderno. As fases são super bem boladas, a gente nota que foram projetadas com um esmero acima da média. Tudo tem um contexto, tudo faz sentido de acordo com a área que você está explorando, cada estágio é completamente único. E numa boa, o jogo flui bem mesmo com a idade, então definitivamente vale a pena conferir.

Baixe a demo, babe com os lindos gráficos, largue 15 minutos depois. Muito repetitivo e, honestamente, a ação não é lá grandes coisas.