Marvel Rivals chega como um hero shooter em terceira pessoa, destacando-se entre títulos consagrados como Paladins e Overwatch. Essa perspectiva única é talvez sua maior diferença e um dos motivos que tornam o jogo tão envolvente. A experiência remete à nostalgia de jogar Overwatch pela primeira vez em 2016: personagens carismáticos, mapas bem elaborados e, acima de tudo, diversão garantida.


Apesar de sua base promissora, Marvel Rivals enfrenta desafios técnicos que prejudicam a experiência. O problema mais evidente é a latência: jogando na região de São Paulo, o ping médio de 60ms é incomum e compromete a fluidez das partidas. Essa latência se torna perceptível durante todo o gameplay, especialmente em momentos cruciais.

Outro ponto crítico é a otimização. Desenvolvido na Unreal Engine 5, o jogo sofre com quedas frequentes de frames, principalmente em cenários mais carregados de partículas. Essas instabilidades afetam diretamente o desempenho e imersão.

Mais um aspecto importante para ser melhorado é o balanceamento dos personagens. De forma geral, todos os heróis parecem bem fortes, com algumas exceções. No entanto, quando certos personagens são dominados pelos jogadores, a experiência pode se tornar frustrante, já que o jogo oferece poucas opções claras para counterar essas escolhas. Esse desequilíbrio prejudica a competitividade e a variedade de estratégias nas partidas.

Por fim, a hitbox merece atenção. O registro de disparos é inconsistente, incentivando jogadores a mirar mais à direita dos adversários para obter acertos. Isso gera situações frustrantes e mortes que frequentemente parecem injustas.


Marvel Rivals é, sem dúvida, um título promissor. Ele entrega diversão e apelo visual, mas o sucesso a longo prazo dependerá de como a NetEase abordará os desafios técnicos e manterá o interesse dos jogadores. A primeira impressão foi positiva, mas é crucial que novos conteúdos sejam lançados regularmente e que o jogo receba os ajustes necessários para polir sua experiência.

Nota: 8/10