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Posted: 29 Jul, 2019 @ 9:23am
Updated: 3 Aug, 2019 @ 3:08pm
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"Você deve protegê-lo, Amicia"

IMPORTANTE: cópia disponibilizada pela publicadora do jogo, Focus Home Interactive. Agradeço bastante pela oportunidade. Devido ao limite de espaço de análise por aqui, terei que resumir alguns fatores na análise. Entenda.

   A Plague Tale: Innocence irá contar a história de dois irmãos, Amicia e Hugo, durante um período delicado da França, em 1349, que devem juntos lidar com a Inquisição, revelar segredos e, acima de tudo, proteger um ao outro, além de evoluírem como irmãos através de uma campanha que poderá girar em torno de mais de 15h de jogo, dependendo, é claro, de como você joga.

   Após alguns acontecimentos iniciais, um deles já sendo bem triste, e por causa de seu irmãozinho, Amicia terá de crescer em pouco tempo de jogo e ao longo dele fará absolutamente de tudo para tentar salvar Hugo de qualquer um, e isso é ótimo, evolui o enredo e traz a atenção do jogador durante toda a aventura, por isso mesmo entenda um pouco do que ela é capaz de fazer durante a campanha: inicialmente, será disponibilizado a ela uma atiradeira, item o qual poderá ser usado ou não (em certas situações, dependendo do jogador) para matar ou distrair um inimigo e para abrir caminho. Logo mais, será apresentado mecânicas de furtividade, altamente interessantes, senão necessárias, durante toda a aventura. Essas mecânicas incluem se esconder em arbustos, distrair inimigos ao arremessar itens em algum lugar e seu querido irmãozinho, tendo de usá-lo em situações de perigo para progressão do jogo. Amicia poderá evoluir sua atiradeira, ficar mais furtiva e com maior capacidade de armazenamento de itens ao usar uma bancada de aprimoramento (até certo momento). A maioria dessas mecânicas funciona bem e algumas delas podem ser uma dor de cabeça. A principal delas é o uso da atiradeira que, em momentos de ação, pode falhar e desmarcar alvos na cabeça do inimigo em questão de segundos, o que pode ser fatal e fazê-lo ter de tentar novamente. A dificuldade do jogo é rasa, a diferença de dificuldade se resume em usar ou não UI (interface de usuário). No caso, não usar, fará com que seja uma experiência mais imersiva, exigindo mais atenção por parte do jogador e eu com certeza recomendo que jogue nesse modo.

   O destaque de todo o jogo é claramente Hugo, sua inocência, como a de qualquer outra criança, encanta e causa um afeto tão grande por parte do jogador ao garotinho, que, por inúmeros motivos, desbravará uma inédita aventura em sua vida, conhecendo os melhores e piores lados da humanidade, apenas com seus 5 anos de idade. Lembre-se que, por razões desconhecidas, ele ficou praticamente sua infância toda sem ter contato com sua irmã, então a relação dos dois, ao longo do jogo, será complicada, mas completamente coerente.

   Fora os dois irmãos, a aventura incluirá outros personagens, que, aos poucos, irão tendo papel na narrativa, contando um pouco de seu passado e mostrando-se útil aos dois. Obviamente, a narrativa jamais seria a mesma sem tais personagens, tanto que, em algumas cenas, chega a ser angustiante o desenrolar deles. Em certas ocasiões, uma animação, expressão facial ou fala pode ser inacabada ou bugada, incompreendida e incompleta, respectivamente. É perfeitamente compreensível, considerando que este é o primeiro grande título do estúdio.

   A trilha sonora do jogo é sensacional. Sério. Ao longo dos 17 capítulos, toda trilha entrou em ação no momento certo, contribuindo muito com a experiência do jogador na trama. Escutar esta, entre outras, ao longo da campanha é com toda certeza arrepiante. A qualidade gráfica do jogo é outro aspecto muito importante e que conseguiram trazer algo extremamente bem trabalhado. Os cenários e a ambientação do jogo fazem com que a atmosfera seja muito bem vivida, dando vida a real situação para o jogador, não só dos irmãos, mas de todos ao redor, incluindo soldados inimigos e habitantes dos locais explorados pela França, em um momento tão delicado. Já abordando a questão da longevidade de A Plague Tale: Innocence, é insensato dizer que com apenas 5-7h de jogo você termina a campanha. Não tem razão alguma querer completá-lo nesse período. Note que você estará jogando um jogo de ação e aventura, com um ótimo enredo e diversas situações que irão lhe conectar, não somente com o mundo do jogo, mas com todos os personagens ao explorar e interagir, então por que diabos você jogaria, cerca de 17 capítulos, em 5-7h? No mínimo, acredite se quiser, você levaria 15h para completá-lo. Jogar explorando e interagindo ao máximo, não somente impactará sua experiência por aqui, como fará todo seu dinheiro ao jogo muito bem gasto. Não estou dizendo como você deve jogar, apenas que seja sensato no final das contas.

   Abordando questões inevitáveis que fizeram com que eu esperasse patch de correção e demorasse para postar esta análise, este jogo acaba tendo problemas sérios, como: objetos simplesmente somem, mas não em toda parte do jogo; diálogos não-orgânicos (possui spoiler de pré-acontecimento do final do antepenúltimo episódio) e IA fraca. O primeiro problema, infelizmente, ainda acontece. Já outro que os cílios e globos oculares saltavam dos rostos de personagens durante cinemáticas (contém spoiler entre capítulos 3-5, então pode ver esta gif[lokoo.com.br], que também mostra o problema, sem se preocupar com spoiler), foi corrigido. Quando digo "diálogos não-orgânicos", quero dizer que, como um jogo narrativo, o mínimo é que se espere, hoje em dia, diálogos que são ativados durante aproximação e vice-versa, por exemplo. Em alguns casos, diálogos continuam acontecendo quando você já está do outro lado do mapa e quando você volta, já aconteceu esse diálogo e você fica sem entender nada. Noutras situações, você ativa um evento durante um diálogo em que o personagem que deveria estar te ajudando, ainda está seguindo o script, o que é o caso do vídeo em questão que coloquei. Você pode achar bobeira, mas, acredite, não é. Por último, que é basicamente o que mais me decepcionou, a IA dos inimigos é fraca, ficam confusos em momentos hilários e te avistam com dificuldade, como se tivessem miopia, em situações que não deveria acontecer isso. Não estou dizendo que você odiará o jogo por causa desses problemas, longe disso, o intuito aqui é apenas informá-lo disso e avisar que isso tudo pode ou não ocorrer com você. Espero que não.

   Há algum tempo, decidi não entrar mais a fundo nas questões de desempenho e preço, por isso, como sempre, respectivamente, recomendo que pesquise se o jogo roda bem em sua máquina, além de acessar a aba de requisitos mínimos do jogo na loja, e se você acredita que cerca de 20h jogadas explorando e interagindo ao máximo todo o jogo, são o suficiente para pagar os R$ 120, então compre-o e divirta-se, senão espere por promoções. Aproveitando, o jogo tem uma ótima tradução ao nosso idioma.

   Enfim, tudo o que posso terminar dizendo é que, por mais que eu tenha citado os problemas que tive e apontado fatores negativos ao jogo, A Plague Tale: Innocence entrega muito bem o papel de um jogo de ação e aventura narrativo. Mergulhe-se na aventura como Amicia, a irmã de um garotinho que está aprendendo mais sobre a vida que nos seus últimos 5 anos, e, custe o que custar, proteja-o dos iminentes perigos. Eu tenho certeza que nos dois últimos capítulos, você pode não chorar, mas se emocionará.

Análise fortalecida através do Curador do grupo Magnaway.
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7 Comments
Hilzu 26 Nov, 2019 @ 3:22pm 
s
:steamhappy:
Hilzu 26 Nov, 2019 @ 3:22pm 
ffsfes
lc 2 Aug, 2019 @ 6:32am 
:steamhappy:
lc 2 Aug, 2019 @ 6:32am 
djkashjudhsdauhdahdahdisefjns
Cartman 29 Jul, 2019 @ 5:04pm 
Boa :60tao:
Wixmix ツ 29 Jul, 2019 @ 3:36pm 
:likeit: Vlw pela análise lindo
Johnny S.H. 29 Jul, 2019 @ 1:12pm 
Mais um me deixando com vontade de experimentar esse jogo...