Benett
🚀 Viajante de mundos distantes
🚨 Detetive fajuto.
:controlpyramid: Investigador do oculto (de mentirinha).
🚬 Amante de todas as coisas NOIR.


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"Nós vivemos em um quarto, e nele tem um pôster. Ao encará-los pensamos que eles são o mundo todo. O quarto e o pôster. A imagem (do pôster) é algo bacana, uma paisagem, uma pessoa famosa... Ou como naquele filme... Como ele se chamava? O da prisão?
O quarto é uma cela e a imagem é diferente para cada um de nós. Pode ser algo bonito ou algo terrível, mas sempre ficamos fascinados... Mas é tudo uma mentira. Algo para nos distrair da verdade. Eles estão mentindo para nós. Nós estamos mentindo para nós mesmos. O quarto não é o mundo, o mundo é MUITO maior e MUITO mais estranho. Tem um buraco atrás do pôster que leva até o mundo real. Todos nos sentimos seguros no quarto, mas às vezes, alguma coisa rasteja para fora do poster e quem vê isso acontecer perde completamente a cabeça e tenta esquecer o que viu...
Eu estou aqui. Por que você me chamou aqui?"

RESENHA DE BENETT, Agente parapsicólogo do F.B.C. encarregado de estudar e conter a entidade [REDACTED]
(pequenos spoilers a seguir)

É na busca incansável por CONTROLE que o perdemos.

Jesus, que jogão.

Vamos por partes.

CONTROL é um jogo de tiro em terceira pessoa, cujo o gênero é ação e aventura, possuindo elementos Metroid-vania (inclusive, o mapa do jogo é no TAB, não precisa me agradecer) . Como de costume, a REMEDY ENTERTAINMENT tenta colocar um elemento "disruptivo" em seus third-person shooter: foi assim com Alan Wake (com a mecânica da luz), com Quantum Break (com a quebra do fluxo do tempo), com Max Payne (com a mecânica da câmera lenta) e agora, com Control (a mecânica do jogo se baseia em Telecinese) .

CONTROL conta a história de Jesse Faden, uma personagem com um passado misterioso que adentra em um estranho edifício -- cuja a insignia estampada na entrada é a da organização F.B.C., Federal Bureau of Control. O prédio está em um lockdown, vazio... Nenhuma alma-viva presente. Na sala do diretor, uma cena macabra. Jesse encontra o corpo de um homem velho com uma marca de bala na cabeça, numa cena que, ao que tudo indica, foi um suicídio. Ao lado do cadáver, a arma que se encarregou da tragédia: um revólver. Mas este não é qualquer revólver, existe algo não natural no objeto, algo... Paranormal. Jesse, num impulso, leva a arma até a sua própria a cabeça, aperta o gatilho e...

<Parabéns, diretora. Nós esperamos independência/dependência. Você é a autoridade/a escolhida. O Bureau/Jogo precisa de você>

E assim começa CONTROL.

Se Alan Wake é um amalgama/uma máxima inspiração de Stephen King, Twilight Zone e Twin peaks CONTROL é derivado completamente do gênero "ocultismo corporativo" (acabei de inventar, mas deve existir algum termo parecido) e suga muitas referências de Arquivo-X, S.C.P. (que inclusive é uma inspiração fortíssima. Grande parte do DNA de CONTROL é derivado diretamente do fórum independente e de suas bizarrices paranormais) e da trilogia de livros do Comando Sul, que foi adaptada parcialmente pelo filme "ANIQUILAÇÃO" e, inclusive, é de onde vem o nome do jogo (o protagonista do segundo livro possuí a alcunha de "Control"). Ou seja, o jogo cutuca muito na vibe dos anos 80, do imaginário popular do F.B.I. e das conspirações (parcialmente comprovadas) da C.I.A. -- que realizou experimentos em humanos no intuito que eles desenvolvessem capacidades telecinéticas e médiunicas.

Mas calma, os elementos inspiradores não param por aí.

Para completar esse bolo de referências: existe uma dose cavalar de horror cósmico na narrativa (mas é difícil categorizar CONTROL como "Lovecraftiano", ele é o que é). Ou seja, estamos lidando com o desconhecido, com o inominável; algo que transforma o comum e esmaga o ordinário... E na nossa jornada de botar ordem na casa e restabelecer a harmonia, surgem diversas perguntas: será que da pra CONTROLAR o incontrolável? Como conter o antigo, o atemporal, o desconhecido? Será se devemos mexer com tais forças?

E com isto tudo dito, chegamos a um impasse.

Em minhas resenhas, como de costume, eu tento me atentar, em grande parte, a história e a temática do jogo, já que é a coisa que mais me atrai em qualquer jogo, mas meu Deus, é impossível falar sobre CONTROL sem estragar grande parte das surpresas (Eu ainda acho que falei demais nessa resenha, mas enfim).

RESUMINDO: Departamento Paranormal, telecinese, explosão e baderna.

Sobre o fator diversão: Diverto pra caralh$!@
Você é quase como uma divindade e conforme você acumula poderes, o jogo vai ficando mais frenético. NADA consegue lhe parar, NADA!
E pra completar, os cenários do departamento são destrutíveis, ou seja: ver o ambiente do qual a luta acontece ser destruído, pelas suas habilidades e pelos ataques inimigos, aumenta e muito a sua imersão.

Agora sobre personagens: o jogo se passa em meio a uma crise paranormal de proporções bíblicas, portanto, os poucos sobreviventes que sobraram quase nunca vão ter espaço para "aparecerem" e amostrarem suas próprias histórias, já que estão ocupados demais em conter o caos e bem, sobrevivendo. E, além do mais, a história foca totalmente na narrativa pessoal da Jesse Faden, portanto, os personagens secundários são BEM secundários, mas isso não quer dizer que eles não possuam características positivas. Todos os personagens são bem interpretados por excelentes atores, eles são carismáticos, o texto de cada personagem é muito bem escrito e o dialogo é ASSUSTADORAMENTE natural e cada um possuí sua certa dose excentricidade, o que faz com que eles ganhem vida e se destaquem, apesar dos pesares. Talvez a única crítica tenra que eu possua é sobre o movimento facial dos interpretes... Por vezes é boa, e por outras... Bem, tá no tema do jogo: as expressões são um horror cósmico. Agora, falando de live-action, eu preciso falar de Matthew Porretta (que é o dublador do Alan Wake), responsável por interpretar o Doutor Darling, o diretor chefe da área de pesquisa do FBC; grande parte do contexto da história nos vai ser entregue através de vídeos explicativos gravados pelo próprio Darling e sobre isso eu tenho dois pontos: um, que ator fantástico! É nítido como ele se diverte nesse trabalho (da pra notar que esse papel foi escrito especialmente pro Matthew e consequentemente, as cenas dele são naturais e um suco de carisma); dois, é impressionante como os vídeos instrutivos, além de serem um exemplo positivo de exposição de mundo, são muito imersivos! Nesse gênero de "agências paranormais" é comum que, quando os autores nos apresentem vídeos feitos como se fossem "instruções" para o personal do departamento, acabe ficando forçado e careta, mas aqui? Caramba, que negócio bem feito. No mínimo eles se inspiraram no próprio escritório para produzir essas mídias, porque é muito crivel.

Pra finalizar: assim como todo jogo da Remedy, da pra perceber que existe um carinho e uma cautela na produção desta obra. É surreal como você sente o quanto eles se importam e se divertem com aquilo que eles estão entregando; eles usam e abusam de TODAS as formas de mídia para engatilhar a narrativa: música, vídeos em live-action, cutscenes em game, literatura, arte... Eu não estou exagerando quando digo que este jogo é feito com muito amor.

Ademais, não tem o que falar, é um jogo excelente. Vale a pena e pra quem tá em dúvida: sim, faz parte do universo de Alan Wake, mas a priori, você não precisa jogar Alan Wake para entender CONTROL. O jogo é um experiência completinha.

10/10
Comments
chapso 5 Jan @ 2:15pm 
ESSA É UMA MENSAGEM AUTOMÁTICA, NÃO RESPONDER: Sua subscrição da revista Pais Solteiros e Peludos se encerrou, para renovar sua inscrição entre no site e escolha um pacote.

ASS: Equipe MDS (Milfs e Dilfs do Swing)
beto baguncinha 15 Aug, 2024 @ 3:57pm 
O som dos sinos Gion Shōja ecoa a impermanência de todas as coisas; a cor das flores do sāla revela a verdade de que os prósperos deverão declinar. O orgulho não endurece, é como um sonho em uma noite de primavera; os poderosos caem no final, são como poeira perante o vento.