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4 people found this review helpful
36.7 hrs on record
Jogo: Assassin's Creed® III Remastered
Gênero: Ação, Aventura
Desenvolvedora: Ubisoft Montreal
Distribuidora: Ubisoft
Data de lançamento: 29 de Março de 2019

ENREDO:

Desmond agora está atrás da chave para abrir um templo de uma civilização antiga, muito mais avançada tecnologicamente que os tempos de hoje. Para isso, ele conta com a ajuda de seu pai e outros dois membros do credo, usando o Animus para acessar as memórias de Haytham Kenway, um Grão-Mestre do Rito Colonial da Ordem Templaria. Que mais tarde se torna pai de Ratonhnhaké:ton, ou Connor, um membro da tribo indígena Mohawk.

Então acompanhamos a jornada de amadurecimento de Connor, desde sua juventude, até sua fase adulta, conhecendo um mundo novo além das terras de sua tribo. Tudo isso acontece no século XVIII, na época da Guerra da Independência Americana, contando com a presença de algumas figuras histórias icônicas, como George Washington e Benjamin Franklin em seu enredo. Junto ao seu mestre Achilles, ele vai atrás dos membros Templários comandados pelo seu pai, Haytham.

A Ubisoft não desejava apenas apresentar um novo assassino, a intenção do título era desenvolvê-lo. Apresentar todos os caminhos que levaram um simples índio de uma aldeia devastada a se tornar um agente determinante, tanto nas intenções da poderosa Inglaterra, quanto nas atitudes dos estados que na época ainda não eram unidos. Diferentemente de Ezio e Altaïr, Connor é muito mais impetuoso e agressivo. Isso pode ser explicado justamente pelo período em que o jogo se passa. A Revolução Americana é um dos capítulos mais controversos da história mundial justamente por ser o nascimento de uma potência, uma rebelião forjada com o propósito de expulsar a metrópole de sua colônia. E, em meio a tudo isso, o Assassino precisa encarar seus inimigos milenares.

JOGABILIDADE:

Antes de tudo, é importante ressaltar que a Ubisoft não se limitou a melhorar somente a parte gráfica de AC3 para tirar proveito dos hardwares da atual geração. A movimentação dos personagens, por exemplo, foi reajustada para garantir maior fluidez nos combates e acrobacias de parkour. O mapa também recebeu pequenas melhorias que facilitam a navegação e localização de itens e colecionáveis.

O combate trouxe alguns elementos novos. Agora não precisamos usar itens de cura, e nem comprar armadura para recuperar a vida, em todo final de batalha o nosso medidor vai para o máximo. Connor também é muito mais “poderoso”, por assim dizer, do que o antigo Ezio, podendo matar vários grupos de guardas sem dificuldade, utilizando o mesmo modelo de luta que seus antecessores: espere o momento certo e utilize o contra-ataque para finalizá-los de maneira brutal.

É possível navegar por várias áreas dos Estados Unidos, como Boston, Nova Iorque, seus mares em algumas missões e até algumas áreas mais afastadas da floresta. Para isso podemos usar o cavalo, com uma navegação bem difícil, principalmente em espaços apertados, ou mesmo usar o parkour para andar mais rapidamente por aí, podemos até mesmo usar as árvores para isso, com uma movimentação bem fluida e dinâmica. É fácil perceber que este jogo foi um projeto incrivelmente ambicioso, responsável por introduzir os segmentos navais jogáveis (que se tornaram destaque em Black Flag e ainda hoje são melhorados).

GRÁFICOS:

Temos aqui um novo e melhor sistema de iluminação, além de algumas melhorias nas texturas e na resolução. Tudo isso junto traz um visual muito bonito ao jogo, principalmente nas florestas, onde a vegetação recebeu uma atenção muito bem-vinda da desenvolvedora. A nova Engine de iluminação foi capaz de renovar completamente os cenários, garantindo efeitos dinâmicos que imprimem um tom realista em sombras e luzes. Em paralelo a isso, os ambientes apresentam um número maior de elementos, agora com mais NPCs percorrendo as ruas de Boston e New Orleans, por exemplo.

Esse Remaster é capaz de impressionar graficamente e até mesmo te fazer pensar que você está perante um jogo da atual geração. Navios gigantes e imponentes, bem acabados e com um ótimo resultado visual. Tudo parece extremamente real. Desde a confecção das roupas dos marinheiros até as texturas que compõem as velas e os mastros. Estão lá as cordas, os barris, as caixas que separam os alimentos, os ambientes de dormir e de diversão. É realmente uma viagem para o alto mar.

TRILHA SONORA:

A trilha sonora de Assassin's Creed III foi feita pelo compositor escocês Lorne Balfe que também já tinha escrito a trilha de AC: Revelations em colaboração com Jesper Kyd, habitual compositor da série. A trilha é muito bem executada e possui uma qualidade inquestionável, há muita variação de sons em qualquer lugar que você vá. O áudio continua cristalino e tudo é feito com muita qualidade. O jogo possui vários idiomas dublados, inclusive o Português brasileiro, sendo um dos primeiros jogos da Ubisoft a ser completamente localizado em nosso idioma. A trilha sonora é orquestrada e digna de aplausos. A Ubisoft conseguiu manter o nível de qualidade elevado.

OTIMIZAÇÃO:

A situação da otimização é semelhante da existente nos jogos anteriores (porém bem menos problemática, devo dizer). Na época em que foi lançado, AC3 já era considerado um jogo mal otimizado devido a presença de muitos bugs e travamentos (stutterings), que eram perceptíveis ao longo da jogatina. Esses são detalhes que incomodam aqueles que buscam fluidez absoluta durante o jogo. Felizmente, na versão Remastered tais travamentos estão bem menos frequentes do que nos jogos da Trilogia Ezio Auditore no PC, por exemplo, embora ainda ocorram.

CONCLUSÃO:

Assassin's Creed 3 Remastered é um título altamente pertinente que adiciona melhorias visuais, corrige problemas de performance e te permite jogar um título controverso que continua a dividir a comunidade. Não podemos esquecer que a presença de Assassin's Creed Liberation HD Remastered é um belo extra e ajuda a tornar o pacote mais atrativo como um todo. No geral, o jogo apresenta um protagonista que não possui o mesmo carisma de seus antecessores, mas que é sólido e possui uma motivação bem coerente. Para os amantes da franquia Assassins Creed, jogar AC3 em uma versão muito mais bonita do que a original é, certamente, garantia de diversão. Para quem não tem muita intimidade com os Assassinos e os Templários, experimentar este jogo é uma boa escolha, muito embora a cronologia de Ezio seja mais atrativa em termos históricos.

“Nada é verdadeiro. Tudo é permitido”

Enredo: 9
Gráficos: 10
Jogabilidade: 10
Trilha Sonora: 9
Otimização: 8
Diversão: 9

Nota final: 9.1/10
RECOMENDADO!
Posted 20 November, 2022.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
5 people found this review helpful
13.3 hrs on record
Jogo: Heavy Rain
Gênero: Drama, Ação, Aventura
Desenvolvedora: Quantic Dream
Distribuidora: Quantic Dream
Data de lançamento: 18 de Junho de 2020

ENREDO:

Categorizado pela desenvolvedora como um drama interativo, Heavy Rain coloca você na pele de quatro personagens com histórias paralelas, mas que acabam se encontrando na trama do Assassino do Origami, um assassino em série que vem ceifando a vida de várias crianças. Ele sequestra Shaun, filho de Ethan Mars, um homem marcado por uma tragédia que resultou na perda de seu primogênito, Jason. Pelo caminho, estão também um detetive particular, uma jornalista e um agente do FBI, todos investigando o caso à sua maneira.

Além do mistério e sua revelação ao longo do jogo, uma questão fundamental da narrativa é o apelo emocional. Quando jogar, você vai se sentir verdadeiramente tenso pelas situações apresentadas e desejar no mínimo resgatar a todo custo a última vítima do Origami Killer, mesmo que não consiga o melhor final possível. Em especial, essa sensação se deve à boa apresentação do drama familiar de um dos personagens, cujo desenvolvimento, apesar de breve, adiciona um peso muito pessoal ao problema e causa forte empatia. Outro aspecto importante para causar essa tensão é a importância de suas decisões no jogo. Além de alterar o desenvolvimento do enredo nas cenas, algumas escolhas podem causar impactos drásticos no final obtido.

JOGABILIDADE:

A principal aposta de Heavy Rain é relacionada à interação com os personagens e suas tarefas. Em boa parte do tempo, você precisará executar movimentos para funções simples como fazer a barba e colocar a janta, ou movimentos mais complexos como fugir da polícia e encarar uma briga. Para isso, é necessário realizar a sequência exata de comandos, apresentados na tela, que variam de movimentos com o analógico, sincronia de botões e até mesmo sacudir o seu DualShock.

Por um lado, isso adiciona uma camada de realismo simulando parcialmente a sensação de executar as ações na vida real. Por outro, em alguns momentos, ações que seriam mais triviais em outros jogos ficam desnecessariamente complexas. Nesses casos, é fácil questionar se havia realmente necessidade de reproduzi-las dessa forma pois a complexidade adicional pouco acrescenta às cenas. No entanto, em seus momentos de maior ação, realizar os comandos e vê-los sendo executados pelos personagens em cenas cinematográficas adiciona um fator tensão muito bem-vindo. E, de forma geral, eventos que aproveitam bem a proposta de controle são mais comuns do que os que se mostram equivocados ou incômodos.

GRÁFICOS:

A estranheza com os controles, perceptível logo nos primeiros momentos de Heavy Rain, é substituída por uma sensação de assombro no momento seguinte, quando em uma cena noturna com Scott Shelby é perceptível a beleza gráfica do jogo como um todo. O game sempre foi bonito, é verdade, mas é sempre importante lembrar que trata-se de um título da geração passada, lançado há mais de 10 anos. E seus gráficos não deixam nada a desejar em relação aos jogos de hoje.

Por se tratar de um relançamento, a Quantic Dream não mexeu em alguns aspectos do jogo original, como a cara de cera de personagens secundários ou a expressão vidrada, principalmente, das crianças. E quando passamos das clássicas telas de loading com um close no rosto dos protagonistas, evidenciando seus defeitos faciais, marcas e demais aspectos do rosto, notamos que tais elementos permanecem bem visíveis durante a jogatina. A chuva caindo sobre os casacos, com a textura de tecido molhado, se tornou ainda melhor, assim como os cenários se beneficiaram bastante do aumento na resolução.

TRILHA SONORA:

A trilha sonora é totalmente orquestrada, o que já é uma marca registrada da Quantic Dream em seus jogos, ela é marcante e apesar de discreta, consegue manter bem o clima de drama e tensão ao longo do jogo. O que decepciona é a ausência de português brasileiro como uma opção de legenda e áudio. O jogo até conta com o português, mas de Portugal, o que certamente não agrada tanto ao público brasileiro. Particularmente, é uma boa opção jogar Heavy Rain em inglês, justamente por considerar a dublagem dessa outra versão de nossa língua um tanto incômoda.

OTIMIZAÇÃO:

Há pouca coisa a ser dita, aqui no PC, como de costume, é possível desfrutar da melhor qualidade possível a 60 FPS, mesmo com configurações mais modestas. Bem, no quesito otimização, a Quantic Dream fez um excelente trabalho e o jogo é coerente quanto aos requisitos mínimos e recomendados.

CONCLUSÃO:

Heavy Rain é, ao mesmo tempo, um clássico absoluto e um game perfeitamente contemporâneo. Com um sistema baseado em combinação de botões e movimentos, aliados a um enredo dramático e com reviravoltas muito interessantes, a Quantic Dream demonstra mais uma vez sua competência em produzir jogos deste gênero, e torna Heavy Rain uma experiência única.

"Até onde você irá para salvar alguém que ama?"

Enredo: 10
Gráficos: 9
Jogabilidade: 8
Trilha Sonora: 9
Otimização: 10
Diversão: 9

Nota final: 9.1/10
RECOMENDADO!
Posted 6 July, 2022. Last edited 6 July, 2022.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
4 people found this review helpful
20.7 hrs on record
Jogo: Assassin's Creed: Revelations
Gênero: Ação, Aventura
Desenvolvedora: Ubisoft Montreal
Distribuidora: Ubisoft
Data de lançamento: 29 de Novembro de 2011

ENREDO:

Constantinopla, 1511. A cidade, localizada exatamente na divisa entre Europa e Ásia, vive um período intenso. A expansão marítima iniciada pelos grandes impérios cristãos fez com que a cidade se transformasse no centro do mundo, e no meio disso tudo, templários e assassinos travam um confronto secular. É exatamente nesse contexto histórico agitado que se inicia Assassin's Creed: Revelations. Dando continuidade aos acontecimentos de Brotherhood, encontramos um Ezio Auditore mais velho e experiente iniciando sua jornada pelo coração do Império Bizantino em busca do conhecimento de seu antepassado: o lendário Altaïr.

Ezio está em Constantinopla/Istambul para encontrar as chaves de Masyaf, escondidas por Nicolau Polo, que lhe darão acesso a biblioteca de Altair em que se encontram os livros que seriam mais valiosos que todo ouro do mundo. Para tal, o protagonista receberá ajuda de Yusuf, líder dos Assassinos da cidade e extremamente carismático, e ainda se envolverá em tramas políticas com o Príncipe Solimão e encontrará até espaço para o amor com uma dona de livraria, Sofia Sartor.

Revelations possui uma história que prende sua atenção do início ao fim. As memórias de Altaïr são bastante interessantes e enriquecem a trama de forma brilhante, complementando a parte final da trajetória de Ezio como assassino. Enquanto isso, o passado de Desmond é revelado aos poucos. Ou seja, o jogo mostra o futuro de Ezio, a vida de Altaïr e um pouco do passado de Desmond.

JOGABILIDADE:

A mecânica de jogo permanece essencialmente a mesma. Equipado com os recursos habituais, você precisa dominar áreas para ganhar novos assassinos e recursos (caso queira, já que isso apenas facilita a conclusão do jogo), minando as forças dos Templários, enquanto realiza as missões que levam a trama adiante. Não há mais missões paralelas importantes (como as de Da Vinci em Brotherhood) ou mistérios interessantes, como a irmandade lupina romana ou os enigmáticos quebra-cabeças encontrados em monumentos. Infelizmente, diversos elementos foram retirados do jogo anterior como o meio de locomoção animal e as várias atividades paralelas secundárias, gerando a fúria de alguns jogadores.

Ezio possui agora uma "Hookblade". Com ela, algumas habilidades novas de escalada e combate surgem, mas o principal é a possibilidade de escorregar pelos fios nos telhados de Constantinopla. Isso torna a viagem bem mais rápida. Além disso, o sistema de conquista de áreas dos templários ainda existe (e da mesma forma: mate o capitão e acenda a tocha), mas em certas ocasiões suas áreas serão atacadas e um mini-game de “Tower Defense” acontece. Essa é uma novidade que foi pouco explorada no jogo, pois ela é totalmente opcional, apenas o tutorial é obrigatório.

Porém, o que mais ficou diferente foi a parte com Desmond e a seção de “puzzles” do game. Em ACII e AC:B havia puzzles misteriosos do "Subject 16" e que precisavam ser encontrados pelo mundo. Agora, imagine que os colecionáveis (penas/bandeiras) abrem tais puzzles e que eles não são nada interessantes. É isso o que aconteceu em Revelations. Os puzzles são as memórias da infância, adolescência e vida adulta de Desmond. São cinco no total e são missões em primeira pessoa sem sentido algum. Você caminha no que parece ser o Animus, resolve puzzles criando plataformas como quiser, e deve chegar à saída. São puzzles simples, sem graça e sem criatividade. Essa talvez seja a parte mais entediante do jogo.

GRÁFICOS:

A Constantinopla de Revelations é um triunfo de design e qualidade gráfica. Cada bairro, cada rua e viela trazem detalhes raramente encontrados em um game de mundo aberto com essa abrangência. A parte técnica gráfica recebeu total atenção, com bugs e glitches mínimos, tornando Constantinopla uma realidade virtual, extremamente bela, variada e detalhada. Mais uma conquista da série em design e representação de mundo.

O último terço do game nos lembra as razões pelas quais Assassin's Creed ficou tão popular. Ele nos entrega sequências de ação graficamente inesquecíveis, como a fuga do porto em direção à Capadócia, com explosões, correria acrobática entre mastros de navios, lança-chamas e combate, e toda a sequência para recuperar a última chave, a única que parece ter sido efetivamente planejada como um diferencial para este game.

TRILHA SONORA:

A trilha sonora de Revelations pode não ser tão marcante quanto ao seu antecessor, mas ainda assim, é muito bem executada e possui uma qualidade inquestionável. Há muita variação de sons em qualquer lugar que você vá. O áudio continua cristalino, desde as conversas entre nos NPC's pelas ruas, até o som da àgua e até mesmo do tipo de terreno que o personagem pisa. Tudo é feito com muita qualidade. O jogo possui vários idiomas dublados, menos o português, que está presente apenas em textos, e todos eles são carregados de sotaque turco, inclusive com uma ou outra palavra em turco inserida na conversa. A trilha sonora é orquestrada e digna de aplausos. A Ubisoft manteve um padrão de qualidade elevado.

OTIMIZAÇÃO:

A situação da otimização é semelhante da existente em ACII e AC:B (mas um pouco menos problemática, devo dizer). Nesse sentido, hoje, mesmo com a existência de configurações e sistemas operacionais mais modernos possíveis, o jogo enfrenta problemas relacionados à compatibilidade, além de diversos travamentos (stutterings) que são perceptíveis ao longo da jogatina. São detalhes que não impedem a finalização do jogo, mas que incomodam aqueles que buscam fluidez absoluta durante a jogatina. Infelizmente, esses problemas estão presentes em todos os jogos da Trilogia Ezio Auditore no PC.

CONCLUSÃO:

A saga de Ezio Auditore não poderia se encerrar de outra maneira. Aprimorando diversos aspectos que já eram bons, a Ubisoft conseguiu trazer um dos melhores títulos da franquia. Os novos equipamentos dão ritmo à jogabilidade, e a trama continua tão envolvente quanto antes, prendendo você por várias horas no universo complexo por trás dos eventos históricos. Assassin’s Creed: Revelations é um bom jogo e que merece ser conferido. Apesar dos dois games anteriores colocarem a série num padrão muito elevado, Revelations continua sendo excelente. Entretanto, não espere a mesma experiência que você teve na Itália com Ezio, AC:Revelations apresenta novidades e é quase tão bom quanto seu antecessor.

“Nada é verdadeiro. Tudo é permitido”

Enredo: 10
Gráficos: 10
Jogabilidade: 10
Trilha Sonora: 9
Otimização: 7
Diversão: 9

Nota final: 9.1/10
RECOMENDADO!
Posted 21 June, 2022. Last edited 21 June, 2022.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
19 people found this review helpful
14.2 hrs on record
Jogo: Beyond: Two Souls
Gênero: Drama, Ação, Aventura
Desenvolvedora: Quantic Dream
Distribuidora: Quantic Dream
Data de lançamento: 18 de Junho de 2020

ENREDO:

Beyond: Two Souls é uma narrativa interativa envolvente. Com ação, drama e elementos sobrenaturais, a história da jovem Jodie é bastante interessante. Duas são as formas como a história do jogo pode ser apreciada. Uma delas é acompanhar o crescimento de Jodie da infância até a fase adulta de forma linear. A outra segue uma ordem própria, que intercala eventos de pontos diferentes da linha do tempo, adicionando uma camada de suspense, de construir um quebra-cabeças com as memórias da personagem. Como tudo é guiado de forma bastante lógica, as passagens não são nada abruptas e é possível compreender bem como cada evento se encaixa na vida da personagem, o que também é facilitado por um mapa temporal que é mostrado antes de cada cena.

Desde que se conhece como gente, Jodie sempre esteve conectada a Aiden, um ser de outro plano da existência com poderes sobrenaturais. Você deve alternar entre ambos os personagens para lidar com as várias situações que são apresentadas, além de realizar uma série de escolhas que podem alterar o desenvolvimento da história. O jogo apresenta uma narrativa centrada na ação e no indivíduo de Jodie. Ao mesmo tempo em que é um jogo, a grosso modo, sobre uma menina com poderes sobrenaturais e como ela lida com eles, também é uma história bastante pessoal sobre vários momentos de sua vida e como eles afetaram quem ela é.

Nesse sentido, é bastante interessante como existem várias versões do modelo da personagem. Não apenas criança, adolescente e adulta, mas vários cortes de cabelo e roupas. Isso contribui para a noção de que ela é uma metamorfose ambulante, uma pessoa condenada a se reinventar continuamente para lidar com as reviravoltas da vida. Até mesmo a forma como ela se movimenta pelos cenários varia de acordo com a cena, refletindo claramente aspectos emocionais da personagem. Vale destacar também a atuação de Ellen Page dando vida à personagem principal, mesmo enquanto criança ou adolescente e pelos milagres da tecnologia, a atriz entrega um dos melhores trabalhos de sua carreira. Em alguns momentos, ela está confiante, em outros, despreocupada, mas em absolutamente todos é notável seu esforço e entrega ao projeto da Quantic Dream.

JOGABILIDADE:

Como um título narrativo, boa parte da história é contada em cenas onde você deve escolher uma opção de diálogo ou reagir a situações de quick-time event. A ação nesses momentos pode ser bem frenética, e o uso de comandos bastante simples torna a experiência bastante agradável, ao mesmo tempo em que oferece a sensação de que você está efetivamente realizando aquelas ações pré-programadas. Pressionamentos rápidos de botões se alternam, entretanto, com uma estranha decisão de usar carregamentos e analógicos para realizar a maioria das ações de Aiden. Enquanto em alguns momentos é preciso ser ágil para não morrer (percebendo, depois, que mesmo errando tudo, o desfecho ainda será parecido), em outros a ideia de mover alavancas para lá e para cá de forma a realizar ataques depõe contra a pressão e reduz o senso de urgência.

Além disso, é possível alternar várias vezes entre Jodie e Aiden. Enquanto a primeira pode interagir com os objetos e pessoas diretamente, Aiden usualmente utiliza algum tipo de poder sobrenatural. De acordo com o contexto, ele pode empurrar ou quebrar objetos, e até mesmo entrar no corpo de alguns personagens para realizar determinadas ações. Com tudo isso, Beyond: Two Souls mantém, nos PCs, a sensação causada pelo original. Muitas vezes a vontade é de efetivamente assistir ao que está acontecendo, largando o controle no chão e desistindo de controlar Jodie e Aiden por esse universo. O tom emotivo e contemplativo de muitas das cenas ajuda a reforçar esse sentimento.

GRÁFICOS:

Toda a animação em Beyond foi feita a partir da captura de movimentos. Talvez você até já tenha visto pela web, durante o desenvolvimento do jogo, alguns vídeos e fotos dos atores Ellen Page e Willem Dafoe (e o restante do elenco) cobertos de sensores enquanto davam vida a Jodie e ao doutor Nathan Dawkins. O resultado final é indiscutível: os movimentos são muito naturais. O jeito de andar, que muda diversas vezes, seja de acordo com a temperatura, a idade ou o estado emocional dos personagens, é perfeito. Mas é nos rostos que fica o fator surpresa: com mais de 90 sensores grudados no rosto dos atores, todas as sutilezas de expressões estão em Beyond. Também é nos rostos que ficam os mais impressionantes resultados. A textura da pele, o brilho de lágrimas escorrendo, até fios da sobrancelha têm uma riqueza impressionante.

O jogo também conta com cenas em que você possui liberdade para explorar os cenários, interagir com os objetos e poucas pessoas neles presentes. Assim, como no caso da aparência da protagonista, os ambientes têm uma boa diversidade, contando, por exemplo, com laboratórios, áreas desérticas e regiões cobertas de neve. Junto com as animações faciais e corporais bem executadas dos personagens, isso torna perceptível o grande cuidado da desenvolvedora com o aspecto gráfico do jogo, que de fato chama bastante a atenção.

TRILHA SONORA:

A trilha sonora ficou a cargo de Lorne Balfe e da lenda Hans Zimmer, compositor responsável por boa parte das trilhas de filmes que você provavelmente já assistiu, como O Rei Leão, Interestelar, Piratas do Caribe e Gladiador, entre muitos outros. Como não poderia deixar de ser com um nome desses, a trilha sonora é impecável, apesar de discreta, ela mantém o clima de tensão adequados na maior parte do jogo. A trilha sonora reflete a solidão de Jodie que, apesar de estar sempre com Aiden, não tem nenhum laço realmente forte com outras pessoas. O jogo está totalmente localizado em PT-BR (com legendas e dublagem em Português do Brasil), o que contribui para imersão. A dublagem conta com vozes conhecidas e também está muito bem encaixada.

OTIMIZAÇÃO:

Há pouca coisa a ser dita, aqui no PC, como de costume, os jogadores podem desfrutar da melhor qualidade possível a 60 FPS, mesmo com configurações mais modestas. Bem, no quesito otimização, a Quantic Dream fez um bom trabalho e o jogo é coerente quanto aos requisitos mínimos e recomendados. O único ponto negativo é a inexistência de uma opção nativa para remover as barras pretas (black bars) da gameplay, sendo necessário fazer o download de um MOD para corrigir essa questão.

CONCLUSÃO:

Beyond: Two Souls desenvolve uma interessante história de ação com elementos sobrenaturais. Com a possibilidade de jogar em português brasileiro, uma belíssima direção de arte e comandos simples, o título é certamente recomendado para fãs de experiências narrativas envolventes e criativas. A Quantic Dream demonstra mais uma vez sua competência em produzir jogos deste gênero, e torna Beyond uma experiência única.

"Já morri duas vezes, não tenho mais medo da morte." - Jodie Holmes

Enredo: 9
Gráficos: 9
Jogabilidade: 9
Trilha Sonora: 10
Otimização: 9
Diversão: 9

Nota final: 9.1/10
RECOMENDADO!
Posted 3 June, 2022. Last edited 20 June, 2022.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
3 people found this review helpful
20.5 hrs on record
Jogo: Assassin’s Creed: Brotherhood
Gênero: Ação, Aventura
Desenvolvedora: Ubisoft Montreal
Distribuidora: Ubisoft
Data de lançamento: 22 de Março de 2011

ENREDO:

Assassin’s Creed: Brotherhood começa exatamente após acontecimentos que encerram ACII. O jogo é ambientado em sua maior parte na Roma antiga durante o início do século XVI após os dramáticos acontecimentos na cidade de Monterregioni, reconstruída a tanto custo no jogo anterior. Os antagonistas novamente são os Borgias, a infame família que, através do medo e jogos de poder, é considerada uma espécie de embrião filosófico da máfia italiana. Você novamente controla o assassino Ezio Auditore da Firenze e acompanha sua luta contra a Ordem dos Templários. Já como um lendário assassino, Ezio comanda toda uma irmandade que vai lutar a seu lado, daí vem o título do jogo "Brotherhood". Durante a jogatina, Ezio vai criando alianças para tentar devolver honra à Roma.

A história é simples mas eficiente. O primeiro sinal de maturidade narrativa é a tragédia ocorrida na vila de Ezio, esta cuja desenvolve-se enorme vínculo devido aos investimentos passados. De cara, o jogo já nos mostra que expansão será a palavra chave para definir sua concepção, deixando para trás toda a suposta timidez do jogo anterior. Os coadjuvantes mantém um papel relevante na trama, Leonardo da Vinci que o diga, e são bem estabelecidos e os momentos dramáticos da história fluem de forma levemente mais natural sem grandes interrupções, não tendo seu peso prejudicado por alguma passagem de tempo mal concebida.

Mesmo curta, a campanha prova-se consistente ao ter optado por um menor elenco de coadjuvantes e maior foco no embate de Ezio, não se comprometendo por ser bem objetiva. A falha maior fica por conta do que é mostrado no presente com Desmond, mesmo com situações melhoradas em relação ao jogo anterior e não sendo obrigatórias na maior parte da campanha, ainda tratam-se de trechos pouco atraentes com objetivos simplistas e enfadonhos.

JOGABILIDADE:

Em termos de mecânica, o jogo também demonstra um bom avanço. O combate está mais ágil e dinâmico, as execuções furtivas e atos ofensivos mais mortais e a inteligência artificial mais agressiva, embora ainda burra, com desafio quase nulo. Infelizmente, os saltos acidentais para lugares não planejados continua um enorme empecilho à paciência do jogador, assim como o stealth em falso. No mais, é perceptível que Brotherhood resolveu diversos problemas (embora não todos) e melhorou o que já era bom em ACII, tornando o jogo muito divertido e pouco cansativo.

Desde o primeiro momento é possível acessar quase todos os pontos do mapa com as habilidades básicas de Ezio. Trace uma rota e corra, pelos telhados ou solo, e o mapa acolherá sua decisão (o cavalo é quase sempre a pior opção, sempre empacando em obstáculos do terreno). As restrições de exploração ficam por conta de apenas três trechos, que terão relevância adiante. Visitas breves a outras cidades, em missões relacionadas a Leonardo da Vinci, complementam a experiência entregando novidades (como o controle de veículos) mesmo quando o jogo principal ainda está longe de parecer tedioso.

GRÁFICOS:

A Roma de Assassin's Creed é um triunfo de design e qualidade gráfica. Cada bairro, cada rua e viela trazem detalhes raramente encontrados em um game de mundo aberto com essa abrangência. No próprio Assassin's Creed 2 já havia bastante coisa a ser dita sobre o visual do game que mudou muito em relação ao primeiro, como a adição de Água, leia-se rios e canais, roupas bem mais definidas tanto de Ezio quanto dos NPC's, variação imensa de pessoas pelas ruas, efeitos de fumaça e névoa, texturas bem melhores, dentre outras coisas.

Mesmo assim, Brotherhood parece ter ainda mais qualidade, não apenas nos gráficos em si, mas sim na ambientação em geral, até porque o game é ambientado em sua maior parte em Roma, e a maioria dos locais por onde Ezio passa é conhecido do grande público. Os grandes monumentos Romanos estão todos lá, como o Coliseu, como a Basílica de São Pedro no Vaticano, a Capela Sistina que fica dentro do PalÁcio Apostólico que é onde vive o Papa, dentre outras coisas. Nesses locais mais famosos, a primeira coisa que se nota é que as texturas são em alta definição, com uma qualidade excelente, e tudo caprichado nos mínimos detalhes. Realmente dá gosto de ver, e as vezes chega a ser quase um passeio virtual, como é o caso do enorme Coliseu. Experimente "passear" por dentro dele. É incrível!

TRILHA SONORA:

A trilha sonora de Brotherhood segue o mesmo padrão de seu antecessor, ou seja, é de uma qualidade fenomenal, até porque há muita variação de sons em qualquer lugar que você vá. O áudio continua cristalino, desde as conversas entre nos NPC's pelas ruas de Roma, até o som da Água, de espadas se "tocando", de animais como cavalos, até mesmo do tipo de terreno que o personagem pisa. Tudo é feito com extrema qualidade. O jogo possui vários idiomas dublados, menos o português, que está presente apenas em textos, e todos eles são carregados de sotaque italiano, inclusive com uma ou outra palavra em italiano inserida na conversa. Normalmente gírias e interjeições. A trilha sonora é toda orquestrada e digna de aplausos. Pontos para a Ubisoft.

OTIMIZAÇÃO:

A situação da otimização é semelhante da existente em ACII em computadores modernos (mas um pouco menos problemática, devo dizer). Nesse sentido, hoje, mesmo com a existência de configurações e sistemas operacionais mais modernos possíveis, o jogo enfrenta problemas relacionados à compatibilidade, além de diversos travamentos (stutterings) que são perceptíveis ao longo da jogatina. São detalhes que não impedem a finalização do jogo, mas que incomodam pessoas mais exigentes. Infelizmente, pelo o que aparenta, esses problemas estão presentes em todos os jogos da Trilogia Ezio Auditore no PC.

CONCLUSÃO:

Considerado por muitos o melhor da série, Assassin’s Creed: Brotherhood sabe-se lá como, faz seu antecessor parecer um rascunho. Ele expande absolutamente todos os conceitos trazidos pela mecânica da série, apresenta uma boa evolução em relação ao seu antecessor e consolida-se como um jogo memorável e a verdadeira realização do potencial que o segundo game tinha. Ele talvez seja o representante perfeito de uma saga que merece o seu lugar no hall da fama dos videogames, e sempre será lembrada por sua grandiosidade. A irmandade nunca esteve tão bem servida.

"Trabalhamos nas sombras para servir a luz. Nós somos Assassinos!"

Enredo: 9
Gráficos: 10
Jogabilidade: 10
Trilha Sonora: 10
Otimização: 7
Diversão: 10

Nota final: 9.5/10
RECOMENDADO!
Posted 25 May, 2022.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
24 people found this review helpful
28.7 hrs on record
Jogo: Metro Exodus
Gênero: FPS, Survival Horror
Desenvolvedora: 4A Games
Distribuidora: Deep Silver
Data de lançamento: 14 de Fevereiro de 2019

ENREDO:

Metro Exodus se passa após os eventos de Last Light, e mais uma vez o game não faz conexões com o final que você obteve no jogo anterior. O enredo novamente tem Artyom como protagonista, agora obcecado em tentar encontrar algum sinal de vida fora dos metrôs de Moscou, saindo em expedições até a perigosa superfície da cidade tentando captar sinais de rádio vindo de outros sobreviventes.

Artyom agora é membro da Ordem Espartana, um grupo de soldados de elite da nova sociedade, que vive sob os escombros de Moscou. Além de suas responsabilidades como soldado, há aquelas como marido. Casado com Anna, filha do líder de sua ordem (Miller), Artyom agora possui aspirações muito maiores do que continuar enclausurado dentro dos túneis apertados, escuros e perigosos onde sempre viveu.

Entre novos aliados e velhos inimigos, você vai vivenciar uma narrativa envolvente, que mostra claramente os horrores e consequências da guerra. Consequências essas que, assim como a radiação, duram para sempre. E por fim, o jogo conta com aquele sutil sistema cármico, que recompensa o jogador conforme suas ações, boas ou más, com finais diferentes. Compensa jogar mais de uma vez, só para ver o que acontece se você for mais cruel (ou piedoso).

JOGABILIDADE:

A ambição de Metro Exodus vai além de sua narrativa. Todo o jogo foi concebido para ser grandioso na sua essência. A começar pela liberdade de escolha e exploração. Uma vez que você não está mais confinado apenas aos túneis e a cidade de Moscou, foi necessário repensar a maneira de abordar a gameplay. Como um jogo single-player genuíno, o título traz uma grande liberdade na escolha de basicamente tudo.

Diversos elementos retornam dos jogos anteriores, como a necessidade de explorar locais para encontrar recursos, construir armas e equipamentos com a sucata encontrada, apesar de o jogo estar BEM mais generoso neste sentido. Com isso em mente, vai da sua escolha prosseguir pela história direto ou investir um tempo a mais vasculhando todos os locais possíveis. As recompensas para isso vão desde novas armas e itens até um pouco mais de conhecimento sobre o local atual.

Lembre-se: o mundo exterior está mais vivo do que nunca, ele não gosta de você e vai devorá-lo vivo no menor descuido. Literalmente falando.

GRÁFICOS:

Os gráficos são bem feitos, com elementos do cenário bem construídos, texturas e efeitos de partículas e fumaça elaborados de forma realista. A passagem do tempo acontece de forma orgânica e é visualmente belíssima de se assistir. Como o jogo se passa no período de um ano inteiro, as paisagens externas também se modificam para acomodar as diferentes estações. É muito bom ver o inverno nuclear se transformar em uma bela primavera.

Talvez o grande salto em qualidade da franquia aconteceu nos personagens. Enquanto Metro 2033 tinha sérios problemas de expressões faciais nos personagens, passando por Last Light com esse quesito dentro da média, em Exodus os personagens enfim têm um trabalho muito melhor em transmitir suas emoções através de sua movimentação, tanto corporal quanto detalhes como sorrisos, caras franzidas ou olhares apáticos.

Por fim, há algo a se pontuar. Os efeitos de luz e sombra são, por assim dizer, problemáticos. Em determinados momentos você será visto, mesmo estando completamente oculto. Isso vai acabar por estragar, por diversas vezes, sua possível estratégia de abordagem stealth.

TRILHA SONORA:

Algo que realmente impressiona na execução do jogo é seu trabalho audiovisual. A trilha sonora é extremamente acertada, com momentos de silêncio intercalados com uma trilha sonora dinâmica. Os efeitos de sons e músicas mudam conforme a situação, escalando para momentos épicos durante as batalhas mais intensas. O jogo também faz um ótimo trabalho na dublagem dos personagens em sua versão em inglês, com destaque para a voz marcante de Miller.

OTIMIZAÇÃO:

Tudo certo por aqui! O jogo conta com cenários modernos e robustos, cheios de folhagens e detalhes. Mesmo assim, é perceptível uma gameplay sem muitos bugs e problemas de desempenho. Exodus foi um dos primeiros jogos a implementar a tecnologia Ray Tracing, mas não seja por isso, ele consegue atender muito bem diversas combinações de hardware, até mesmo aquelas não possuem suporte a tão prestigiada tecnologia da NVIDIA.

CONCLUSÃO:

Metro Exodus não é perfeito, mas é sem dúvida o melhor da trilogia e eleva o nível da série, ele possui um design moderno que se destaca nesse mercado tão competitivo e cheio de FPS saturados. É uma experiência single player de primeira qualidade e um dos melhores shooters desta geração. É impressionante ver a 4A Games, uma desenvolvedora apaixonada com menos da metade dos funcionários de um estúdio grande, fazer do seu projeto um concorrente à altura entre os outros títulos AAA. Você não precisa zerar os Metro anteriores para jogar Exodus, mas vai aproveitar melhor a história se o fizer. O final, que parece ser o canônico, traz contentamento, mas não fecha as portas para uma continuação, resta aguardar o que vem pela frente...

"Se não nós, então quem?"

Enredo: 9
Gráficos: 10
Jogabilidade: 9
Trilha Sonora: 9
Otimização: 8
Diversão: 9

Nota final: 9/10
RECOMENDADO!
Posted 14 May, 2022.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
4 people found this review helpful
20.1 hrs on record
Jogo: Assassin’s Creed II
Gênero: Ação, Aventura
Desenvolvedora: Ubisoft Montreal
Distribuidora: Ubisoft
Data de lançamento: 09 de Março de 2010

ENREDO:

O enredo de Assassin’s Creed II retoma os acontecimentos que encerram o primeiro jogo. O protagonista Desmond Miles agora volta à Itália Renascentista na pele de Ezio Auditore da Firenze, um jovem nobre Italiano que acaba perdendo seu pai e irmãos, executados sob falsa acusação de traição contra a cidade de Florença. Logo ele descobre que tudo não passa de uma conspiração por parte dos templários e começa então uma jornada de vingança que acaba tomando uma dimensão muito maior do que ele imagina, levando-o a se tornar um membro da ordem dos Assassinos.

A história do jogo evolui em um ritmo perfeito e prende sua atenção do início ao fim, fazendo você mergulhar no enredo e esquecer que os fatos apresentados ali não aconteceram de verdade. Você começa conhecendo o jovem Ezio, imaturo, mulherengo e aventureiro e aos poucos vai acompanhando seu amadurecimento, sua lenta entrada na ordem, a evolução de suas habilidades e a mudança de seu propósito de vida. Ezio Auditore é um personagem lendário que é lembrado até hoje, e não é a toa, já que seu carisma é notável e sua evolução como personagem é extremamente bem construída.

Durante a jornada, vários outros personagens interessantes surgem, muitos deles figuras históricas, o mais notável sendo Leonardo Da Vinci, considerado um dos maiores gênios da história da humanidade, e autor da famosa obra Mona Lisa. Ele o auxilia construindo melhorias para sua arma, além de traduzir e decodificar as páginas do codex, deixadas por Altair. A Ubisoft o representa de forma excelente, tomando as devidas liberdades criativas, mas respeitando sua história e fazendo diversas referências a ela, sempre implementando seu legado no jogo e nos objetivos de Ezio.

JOGABILIDADE:

A jogabilidade de Assassin’s Creed II se sustenta em 3 pilares principais, os quais vale a pena comentar individualmente:

Parkour - Essa mecânica certamente é uma das primeiras que se vem à mente quando pensamos em Assassin’s Creed. Aqui ela apresenta uma evolução enorme em relação ao primeiro jogo, com novos movimentos, animações e uma maior precisão. As animações são fluídas, elegantes e variadas, dando credibilidade aos movimentos do personagem e contribuindo para a imersão que o jogo proporciona. No entanto, alguns momentos acabam sendo frustrantes, pois alguns movimentos mais simples são burocráticos de se realizar, como por exemplo, saltar de uma altura pequena, já que o personagem parece “grudar” na beirada, não te deixando cair.

Stealth - É parte fundamental do jogo, pois é o principal modo de agir dos assassinos e uma exigência para boa parte das missões. Há diversas mecânicas inteligentes, divertidas e interessantes de se usar, como se misturar na multidão, se esconder em montes de feno, sentar-se em um banco discretamente, e até contratar pr0stitutas para distrair os olhares tarados dos guardas, além disso o jogo possui diversas maneiras de se assassinar alguém desapercebido. Porém, é difícil de compreender o motivo de implantar tudo isso e esquecer de um botão que faça o personagem andar abaixado, ou até mesmo de encostar na parede. Ainda que o jogo não seja totalmente stealth, por que não buscar certos acertos de jogos até mesmo da própria empresa, como Splinter cell?

Combate - Usando o sistema de contra-ataque fatal, o combate no jogo é fluído e divertido, com diversas opções de movimentos, como provocar o adversário, esquivas, bloqueio ou até mesmo jogar areia nos olhos do inimigo. Novamente a animação usada nos movimentos é destaque, mas o sistema de combate, embora divertido, pode frustrar quem gostam de dificuldade. O jogo é extremamente permissivo com erros e a janela de reação aos golpes dos inimigos é muito grande, tornando realizar o contragolpe algo extremamente fácil e, como consequência, o número de inimigos não se torna uma ameaça. Proposital ou não, a Ubisoft perdeu a oportunidade de implementar um nível de dificuldade maior ou fazer ajustes de modo a tornar mais difícil usar o sistema de finalização.

GRÁFICOS:

É impossível falar de ACII (ou qualquer outro jogo da franquia) sem exaltar sua ambientação. A Itália renascentista representada no jogo é simplesmente magnífica, com construções que existem e/ou existiram na vida real reproduzidas em seus mínimos detalhes, fazendo bom uso do poderoso motor gráfico do jogo. Isso é algo que contribui não só para a parte visual como também para a atmosfera do jogo. Além disso, as ruas são cheias de pessoas, e francamente, a densidade populacional do jogo surpreende demais, visto que esta não provoca grandes travamentos ou slowdows.

A riqueza de detalhes nas roupas não só de Ezio, como também de todos os personagens e NPC’s impressiona e mostra um cuidado especial da Ubisoft em tentar reproduzir da maneira mais fiel possível o ambiente e os costumes da época. As expressões faciais também não fazem feio dada a época em que o jogo foi lançado, porém a falta de detalhes e cuidado em alguns dos rostos podem deixar a desejar, além disso tons monocromáticos em alguns locais podem causar estranheza, especialmente em Monteriggioni. No conjunto da obra, ACII é um jogo de encher os olhos e que resiste bem ao tempo, sendo agradável visualmente e provando que uma boa direção de arte aliada a uma ambientação cuidadosamente planejada pode fazer uma grande diferença no resultado final.

TRILHA SONORA:

Não é exagero nenhum afirmar que a trilha sonora de Assassin’s Creed II é uma das melhores a mais icônicas da história dos games. Sim, é desse nível de excelência que estamos falando. A começar pela música tema “”Ezio’s Family”, que é belíssima e uma das mais memoráveis de toda a série. O compositor se chama Jesper Kyd, um dinamarquês que já trabalhou em diversos jogos na indústria, como Soulcalibur, Hitman, Warhammer, entre outros, mas é aqui que ele entrega o seu trabalho mais conhecido, pelo qual merece todos os méritos e uma honrosa menção nessa análise. Além disso, todas as músicas, das orquestradas, até as cheias de percussão em momentos de ação, são cuidadosamente colocadas para dar o tom certo a cada momento do jogo e são fundamentais.

OTIMIZAÇÃO:

A otimização original de ACII está longe de ser ruim, tudo funcionava muito bem na época em que o jogo foi lançado. Nesse sentido, hoje, com a existência de configurações e sistemas operacionais bem mais modernos, era de se esperar que a experiência de jogo fosse tão fluida como naquela época, infelizmente esse não é o caso. O jogo enfrenta problemas sérios relacionados à compatibilidade, além de diversos travamentos (stutterings) que são perceptíveis ao longo da jogatina, além de alguns bugs e demora para carregar texturas, mesmo computadores com especificações mais robustas. São detalhes que não o impedem de finalizar o jogo, mas que incomodam pessoas mais exigentes.

CONCLUSÃO:

Considerado por muitos o melhor da série, Assassin’s Creed II apresenta uma evolução absurda em relação ao seu antecessor, mas dispensa comparações e consolida-se como um jogo memorável e a verdadeira realização do potencial que o primeiro game apresentava. Apesar de apresentar alguns defeitos em sua execução, o jogo ainda é capaz de prender sua atenção ao apresentar mecânicas divertidas e um enredo envolvente repleto de personagens carismáticos, tendo como palco uma representação da Itália renascentista capaz de encantar até mesmo o mais cético dos jogadores. Ele é o representante perfeito de uma saga que merece o seu lugar no hall da fama dos videogames, e sempre será lembrado por sua grandiosidade.

"Nada é verdade, tudo é permitido"

Enredo: 10
Gráficos: 10
Jogabilidade: 9
Trilha Sonora: 10
Otimização: 6
Diversão: 9

Nota final: 9/10
RECOMENDADO!
Posted 20 April, 2022. Last edited 20 April, 2022.
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13 people found this review helpful
24.5 hrs on record
Jogo: STAR WARS Jedi: Fallen Order™
Gênero: Ação, Aventura
Desenvolvedora: Respawn Entertainment
Distribuidora: Electronic Arts
Data de lançamento: 15 de Novembro de 2019

ENREDO:

O jogo é ambientado no universo de Star Wars, cinco anos após os acontecimentos do Episódio III – A Vingança dos Sith, e conta a história de Cal Kestis, um jovem Padawan que está sendo perseguido pelo Império Galático enquanto tenta completar o seu treinamento e restaurar a Ordem Jedi. O ritmo da narrativa é um pouco lento no início, mas tudo é feito para situar com calma quem está mergulhando nessa história. Seja um fã de longa data ou mesmo um leve conhecedor da trama de Star Wars. Você visita o primeiro planeta para entender melhor o que está acontecendo com tudo: seja com a Força, com Cal ou com o Império que o persegue. A história engata em um ritmo muito emocionante e envolvente com o passar do tempo.

Cal entra para um carismático grupo de sobreviventes e recebe ajuda da mestre Jedi Cere Junda e do piloto de quatro braços Greez. Juntos, eles tentam reviver o que restou da ordem Jedi em um enredo repleto de reviravoltas, homenagens aos filmes clássicos e muitas surpresas que merecem ser descobertas durante a jogatina. Vale a pena experimentar e descobrir tudo em primeira mão. A relevância e impacto dos elementos narrativos apresentados torna Jedi: Fallen Order um dos melhores (talvez o melhor) jogo de Star Wars já lançado, conseguir passar para o videogame todos os temas narrativos que compõem a “alma” da franquia não é uma tarefa fácil.

JOGABILIDADE:

Jedi: Fallen Order busca bastante inspiração em jogos estilo Super Metroid no design de suas fases. Revisitar áreas antigas já portando novos poderes que foram habilitados posteriormente recompensa você com diversos bônus, essenciais para encarar os desafios dos níveis mais avançados. É comum encontrar salas inacessíveis até que você obtenha um novo talento, mas navegar entre diferentes fases nunca fica chato ou atrapalha o ritmo da jornada. Em grande parte, isso ocorre porque a mecânica de combate do jogo é muito bem feita, possivelmente é o melhor uso que já foi feito de um sabre de luz nos videogames até hoje. As lutas são bem técnicas e avançar rápido demais resulta em mortes certas, então vale a pena estudar o timing dos inimigos e pensar com cuidado na melhor abordagem para cada situação. Lutar não fica cansativo porque o jogo sabe alternar bem ótimos momentos de plataforma e puzzle entre cada luta.

Colecionáveis diversos estão espalhados pelos mundos que vão de novas roupas para Cal, novidades para a nave de Mantis e muitos acessórios de customização para o seu sabre de luz. As opções são muito amplas por aqui e precisam ser: afinal, ao terminar o jogo, a caçada por todas elas é único diferencial do fator replay. Ao completar um nível, você adquire um ponto de habilidade para melhorar alguns aspectos do protagonista: mais Força para executar habilidades especiais, mais combos de golpes ou mais vida para Cal. As opções de desbloqueios vão aumentando conforme você avança pela história. Como estamos falando da Força, vale notar que ela será um elemento constante tanto para você entrar em novos ambientes como para batalhar durante o jogo. Cal desperta novos poderes conforme a história avança e você poderá, entre alguns exemplos, retardar inimigos para esquivar com facilidade e se curar com os estimulantes ou mesmo jogá-los para trás.

GRÁFICOS:

Falando em gráficos, um dos aspectos mais fascinantes de Jedi: Fallen Order está na construção dos cenários. É impressionante a forma como a Respawn produziu os planetas a serem explorados por Cal, e como eles vão se revelando ao longo da aventura, em múltiplos níveis. O jogo permite que você escolha para quais planetas vai, independentemente do seu ponto na história. São áreas grandes que vão se interconectando por meio de atalhos, de modo que formam grandes circuitos. Os modelos de personagem, efeitos de iluminação e captura de movimento são ótimos e ajudam na imersão, com direito a vozes e rostos conhecidos como Forest Whitaker, o Saw Gerrera de Star Wars Rogue One.

Para os fãs de longa data de Star Wars, o jogo é um prato cheio de ambientação fiel. Com a ajuda do simpático robozinho BD-1, Cal coleta informações que são armazenadas em um banco de dados completo para a consulta posterior. Isso ajuda tanto os que são pouco familiarizados quanto aqueles que são sedentos pelos mínimos detalhes na extensa “lore” da franquia. Com mecânicas de navegação ao melhor estilo Tomb Raider, o jogo nos leva a cenários impressionantes durante a aventura, como a Árvore da Origem no planeta Kashyyk, entre muitos outros.

TRILHA SONORA:

Fallen Order é uma verdadeira carta de amor aos filmes de George Lucas, e emula perfeitamente a estética de Star Wars, com músicas, ambientes, veículos e espécies familiares para quem gosta de qualquer filme da franquia. É muito legal explorar os diferentes planetas do game ouvindo variações das melodias famosas do compositor John Williams. É uma trilha sonora que não deixa a desejar aos filmes, com todos os efeitos sonoros para despertar saudosismo e músicas encaixadas nos melhores momentos da trama. O jogo possui também uma dublagem excelente e muito bem encaixada que complementa na imersão e diversão durante a jogatina.

OTIMIZAÇÃO:

Houve uma incompetência da Desenvolvedora no quesito otimização. O jogo apresenta travamentos (stutterings) com bastante frequência, além de alguns bugs e demora para carregar texturas, mesmo computadores com especificações mais robustas enfrentam travamentos. Aparentemente isso se deve também a uma limitação do motor gráfico Unreal Engine 4 e a forma que o mesmo lida com o streaming de texturas. É uma pena que um jogo tão bonito graficamente sofra com esses problemas de forma recorrente.

CONCLUSÃO:

Star Wars Jedi Fallen Order é um prato cheio tanto para fãs da série de filmes como para os jogadores que buscam um bom game de ação single player. De modo geral, Fallen Order cumpre o que promete, o que, levando em conta o retrospecto da EA com Star Wars, é algo muito positivo. Os bons controles de combate, a excelente progressão do personagem e a história envolvente fazem, de fato, você se sentir um Jedi. A campanha é extensa o bastante para garantir dezenas de horas de diversão, e a exploração é recompensada com bons itens e referências para entusiastas da franquia. Os problemas técnicos podem atrapalhar um pouco o ritmo do jogo, mas de maneira geral, Fallen Order é um baita acerto da desenvolvedora Respawn. Vale muito a pena jogá-lo.

"Que a Força esteja com você!"

Enredo: 10
Gráficos: 10
Jogabilidade: 10
Trilha Sonora: 10
Otimização: 6
Dificuldade: 7

Nota final: 9/10
RECOMENDADO!
Posted 3 April, 2022. Last edited 3 April, 2022.
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31 people found this review helpful
13 people found this review funny
19.9 hrs on record
Early Access Review
Jogo: 7 Days to Die
Gênero: Indie, Survival Horror, Acesso Antecipado
Desenvolvedora: The Fun Pimps
Publicadora: The Fun Pimps Entertainment LLC
Data de lançamento: 3 de Dezembro de 2013

SOBRE O JOGO:

No ano de 2034, o planeta Terra sucumbiu à uma guerra nuclear e constantes ataques biológicos, tendo sido os sobreviventes da guerra infectados com um vírus atualmente desconhecido, morrendo após 7 dias e sendo reanimados como mortos-vivos.

O jogo se trata de uma experiência de sobrevivência com zumbis, que emprega sistemas realistas onde você terá de se preocupar com necessidades básicas como comer, beber, procurar abrigo, equipar agasalho e encontrar armas. O jogo possui um conceito interessante, mas ainda está muito longe de atingir o seu potencial. E infelizmente é improvável que 7 Days to Die alcance seu potencial máximo, longe disso... o gráfico datado, um mar de problemas técnicos e uma tremenda falta de cuidado condenam severamente o jogo da The Fun Pimps.

JOGABILIDADE:

A mecânica de jogabilidade é baseada em Voxel (elemento quadrado que compõe uma matriz de pixel), permitindo construções simples e destruição de objeto. O foco principal é tentar sobreviver à noite, já que o jogo apresenta um ciclo de dia e noite, fazendo os zumbis ficarem lentos e fracos durante o dia, mas rápidos e extremamente agressivos durante a noite. Como explicado anteriormente, o jogo apresenta um sistema de necessidade de busca por comida e água, então é necessário explorar para encontrar recursos.

Os zumbis em 7 Days to Die podem subir, cavar, destruir paredes, portas, ou até mesmo prédios inteiros para matar você. Isso estimula a criação de armadilhas para sua defesa ou sua base. Objetos no mundo degradam-se ao longo do uso, para que você tenha que procurar ou criar novas ferramentas durante o progresso de jogo. O mundo é quase totalmente destrutível e modificável. É possível construir a sua própria casa ou destruir as já existentes, a fim de coletar materiais para a construção de uma mais elaborada.

GRÁFICOS:

A complexidade da jogabilidade não se traduz nos elementos visuais. Não se engane: 7 Days to Die é um jogo ultrapassado graficamente, com modelagens poligonais e detalhes que lembram os jogos da safra inicial da sétima geração (Xbox 360 e PS3). Com ambientes monótonos, repetidos à exaustão e com poucos elementos na tela, o que resulta em uma constante sensação de vazio.

TRILHA SONORA:

A trilha sonora é bacana porém não muito presente. O som dos zumbis, das armas e efeitos é razoável, mas não deixa de ser divertido.

OTIMIZAÇÃO:

Esse é de longe o maior problema do jogo. Além da falta de cuidado em alguns elementos gráficos, o título sofre com problemas técnicos a todo momento. Os travamentos e quedas de frames acontecem com tanta frequência que muitas vezes chegam a atrapalhar ações mais simples, como coletar madeira, pedra e plantas. É uma otimização realmente LAMENTÁVEL, sem condições.

CONCLUSÃO:

Interessante em seu conceito de sobrevivência, 7 Days to Die é um jogo que tinha um grande potencial e que, infelizmente, devido as falhas técnicas inaceitáveis, é improvável que se torne tudo aquilo que foi prometido. Há quase 10 anos em Acesso Antecipado (desde 2013), é lamentável que o jogo não tenha conseguido alçar voos mais altos. Mesmo sendo uma grande decepção técnica, o título garante alguns momentos reais de tensão e mecânicas de crafting legais. Jogue-o por sua conta e risco.

Diversão: 6
Jogabilidade: 6
Gráficos: 6
Trilha Sonora: 6
Otimização: 5
Dificuldade: 7

Nota final: 6/10
NÃO RECOMENDADO!
Posted 2 April, 2022.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
2 people found this review helpful
10.2 hrs on record
Jogo: FlatOut
Gênero: Corrida
Desenvolvedora: Bugbear Entertainment
Publicadora: Empire Interactive
Data de lançamento: 12 de Julho de 2005

SOBRE O JOGO:

FlatOut é o primeiro jogo da série clássica de jogos de corrida/derby de demolição criada pela desenvolvedora independente Bugbear Entertainment. O jogo conta com corridas padrões e competições de derby de destruição contra 7 oponentes controlados por computador em ambientes abertos ou com voltas definidas. A premissa do jogo é bastante objetiva, você deve vencer corridas e desafios sem se importar em destruir o que encontrar pelo caminho.

JOGABILIDADE:

Os comandos são simples e fáceis de dominar, além dos habituais botões de aceleração e freio, seu carro conta com nitro e um freio de mão que permite realizar eventuais derrapagens. A mecânica de jogabilidade criada em FlatOut permaneceu consistente ao longo dos anos, com destaque ao sistema de colisões (ragdolls) apresentado aqui, o mesmo é muito bem feito para a época e continua sendo referência até os dias atuais. Não é atoa que os primeiros jogos da franquia sempre foram lembrados por possuir uma das melhores físicas entre os jogos de corrida da época.

GRÁFICOS:

Mesmo com as limitações da época em que foi lançado, o jogo apresenta gráficos que combinam totalmente com sua proposta, trazendo cenários bem trabalhados e uma boa aplicação de texturas. São diversas pistas para correr, sendo que cada uma delas traz características próprias de ambientação e clima, podendo ser realizadas durante um belo pôr do sol na floresta, à noite em meio à cidade ou até mesmo no gelo. Os carros contam com designs simples, mas que definitivamente atendem a proposta das corridas de destruição.

TRILHA SONORA:

A trilha sonora é muito boa (embora o melhor ainda esteja por vir em FlaOut 2), ela conta com algumas bandas independentes e outras já consagradas do gênero Rock que entregam músicas com um ritmo frenético. O som dos motores é legal e os efeitos sonoros de colisão são divertidos.

OTIMIZAÇÃO:

Por ser antigo, o jogo pode ser considerado bem leve e o quesito otimização não tende a ser um problema, haja vista que, até as máquinas atuais mais modestas atendem os requisitos recomendados. Não há do que reclamar neste aspecto.

CONCLUSÃO:

FlatOut é um jogo lançado há mais de 15 anos com uma proposta diferente do que se tinha nos jogos de corrida da época, aliando velocidade com destruição, o game acerta no mais importante: a diversão! Embora a superioridade de FlatOut 2 faça este aqui parecer simples demais, ele não é um jogo ruim. A competência da Bugbear em criar uma boa "fórmula" e aprimorá-la em seus futuros jogos tornam este um clássico de uma das franquias mais nostálgicas e divertidas do mundo dos games. Este jogo representa muita coisa.

Diversão: 8
Jogabilidade: 7
Gráficos: 7
Trilha Sonora: 7
Otimização: 10
Dificuldade: 6

Nota final: 7.5/10
RECOMENDADO!
Posted 20 October, 2021. Last edited 2 April, 2022.
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