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Posted: 30 Sep, 2017 @ 8:19am

Estou sem palavras. É incrível como o Studio MDHR conseguiu juntar um projeto artístico tão incrível a uma jogabilidade extremamente funcional. É um jogo simples, fácil de entender e bem intuitivo. Tudo nele beira a uma perfeição, tanto que arrisco dizer que é um dos melhores jogos de plataforma desde os grandes clássicos, se não o melhor.

Em relação aos gráficos do jogo, não preciso dizer muita coisa, ele fala por si só. É um jogo todo feito à mão, eu tive a sensação de que estava jogando um desenho animado dos anos 30. A experiência é maravilhosa e a vontade que eu tenho é de perder de propósito para os chefes, só para ficar olhando a animação.
E a música nem se fala, são 3h de jazz. Combina com o estilo, além de ser uma música extremamente agradável e impactante, lhe mantém focado e constantemente motivado. A parte artística toda junta é tão boa que fica difícil se zangar com o jogo só porque você está perdendo sem parar. E você perderá. Sem parar.

E é sobre isto mesmo que sinto a necessidade de falar: a dificuldade. Olha, o jogo ganhou o título de "Dark Souls das plataformas", mas não é bem assim. A maioria dos jogadores de hoje em dia não estão acostumados com a dificuldade de clássicos como Contra e Megaman (jogos nos quais o Studio MDHR se baseou fortemente). Dê um Megaman X2 para um gamer de hoje em dia zerar e ele jogará o controle no chão. Cuphead é difícil? Sim. Extremamente difícil. Mas não chega a ser um injusto. Não é impossível passar de uma fase ou de um chefe de primeira (até porque eu o fiz), só é muito difícil. Muita coisa acontece ao mesmo tempo, você tem que ser bom no analógico.

A coisa é tão séria que para o pessoal mais hardcore, o jogo é pequeno. Com 4 horas de jogo eu já estava em quase 50% do progresso total, o que é bastante, diga-se de passagem. Mas há pessoas que em 3 horas realmente não conseguiriam passar de alguns chefes mais complicados. Então o tempo de jogo também depende da sua habilidade no joypad. Mas de qualquer forma, para os que têm mais dificuldade, todo chefe tem seu modo fácil e médio (e uma vez zerado, o jogo lhe oferece o modo difícil também).

Ele também trás uma variedade bem grande, como um todo. Dá para escolher vários tipos de armas, especiais, etc. Sem falar que nenhum chefe tem a mesma mecânica. É sempre uma coisa nova a cada vez que você entra numa fase, de forma que o jogo explora muitas mecânicas com poucas funcionalidades. Para um jogo cujo personagem que só pula, atira e esquiva, o número de estratégias que dá para bolar é até bem alto.

A história é relativamente simples, mas também não é disso que um jogo de plataforma precisa. Apesar de simples, foi bem criativa e nos lembra muito daquela atmosfera macabra dos desenhos antes do Hays Code de 1930. E mesmo se não fosse uma boa ideia, em nada afetaria o rumo do jogo, que é bem legal.

Em resumo, é um jogo quase impecável. Sério, é realmente difícil achar um ponto negativo. Cuphead prometeu desde 2014 que ia ser um dos melhores títulos do ano em que fosse lançado, e cumpriu isso. Superou as expectativas de todo mundo. 10/10, meus caros.
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1 Comments
Puke!!! 30 Sep, 2017 @ 5:01pm 
11 GB!

=(