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Posted: 1 Jun, 2018 @ 5:29pm
Updated: 28 Jun, 2019 @ 6:43pm

Sempre é bom saber de onde surgem as franquias mais famosas do mundo jogatinesco. Sempre é bom jogar e perceber as evoluções, ou retrocessos, pra não ficar tipo aquele gordinho nerd que só jogou FF7 no play 1 e se acha o entendedor dos RPG's, sem nunca ter comido o pão que o tinhoso amassou no primeiro FF onde a dificuldade variava mais que o preço do bitcoin.
Pois bem, vamos ao que eu achei legal no jogo.
Pra começar, eu jogo sempre na dificuldade mais difícil. Nossa, ele se acha o bonzão e pá. Não, é que joguetes são caros e dinheiro não dá em árvore, portanto, procuro transformar os meus tostões gastos em passatempos digitais com dor, sofrimento e decepções.
O jogo é bem bonito para os padrões da época, tanto o cenário quanto os monstrengos são bem feitinhos. Tem bastante conversa, com uma atuação bem sem vergonha dos NPC's, mas nada que atrapalhe o jogo. Inclusive tu não tem muita liberdade nos cenários, muitas vezes tu fica limitado por cerquinhas ou matos. Incrivelmente, teu personagem pode degolar um demonhão de 3 metros mas é incapaz de pular uma cerca de 30cm feita de madeira podre. Tudo bem, a gente finge que não se importa.
Tu é o Geralt de Rivia, ou Geraldão para as moças carinhosas das esquinas. Um Witcher, bruxão faca na bota que faz todo tipo de trabalho com bichos malignos, desde carnear, salvar, curar maldições, exorcismos, tudo em troca de dinheiro.
Para isso contas com uma lista de poções feitas de todo tipo de ingrediente possível. Isso inclui miolos, unhas, matos diversos, sange e entranhas das criaturas mais hediondas imagináveis. Bear Grills é fresco perto desse cidadão. Cada vez que tu lê um livro específico, teus conhecimentos aumentam e podes pegar mais ítens derrubados pelos bicharocos. Legal que tu não pode tomar muita poção, senão acaba se intoxicando e esticando as canelas, portanto tem que ir devagar com o esquema.
As batalhas são meio duras de encarar. Não pela dificuldade, mas pelo tempo de execução dos movimentos. É necessário clicar no momento certo para continuar o combo e isso é estranho no começo. Mas depois que pega a manha dos paranauê, começa a dar um helicóptero doido no meio dos demonho e voa sangue e tripa pra todo lado. E para cada inimigo, um estilo de luta. Forte, para os graúdos, rápido para os de tamanho normal e grupo para os lacaios que tentam te cercar. Tem duas espadas, uma para os humanos e outra para monstros. E era isso. Ah, mas tem as sub armas tipo punhal e machado...sim, mas tu nunca usa essas porcarias, então não conta.
As magias são bem meia boca na verdade, o que mais usei foi fogo e empurrão, as outras 3 não me serviram muito, mas cumprem o que prometem e são eficientes quando a porca torce o rabo.
Agora, a parte mais legal. Enredo e coisas inúteis que tornam o joguete legal.
As conversas são bem variadas, algumas com desfechos interessantes pra novelinha. Podes até continuar a embromação ou degolar alguém pra terminar a palhaçada alí mesmo. Claro que altera a história, impedindo a conclusão de algumas quests que dão xp e fazem tu durar mais no joguete, mas tu tem a opção de chutar o balde de vez em quando.
E, além disso, quando não estiver arrancando tripas ou colhendo matos, podes jogar dadinhos, brigar no boteco, encher a cara de pinga ou tentar fornicar com as moças. O joguinho de dado é muito roubado. Não sei se eu que sou azarado, mas tem vezes que o computador rouba mais que o governo. Nos bares tu pode tentar arrancar informações na base da cerveja. Exageraram no realismo nesse. Muitas vezes o cara não quer falar contigo logo de cara, mas depois de 4 canecas de trago tá te dando até o número do telefone da irmã dele.
Por algumas moedas, ou com uma lábia sagaz do Geraldão, podes convencer certas moçoilas a passar uma noite regada a fanta uva, massinha de modelar e fandangos sabor presunto, ou seja, vai rolar muita diversão. Depois desses momentos tu ganha um retrato da safadeenha com suas partes desnudas. Mas não se empolgue, é tipo aquelas fotos das revistas de mulheres despidas dos anos 70. Mostram os morros mas a floresta fica escondida. Mesmo assim é legal quando a meretriz tira teu dinheiro de noite e de manhã ainda te pela no joguinho de dado. Aí tu pega o que sobrou e vai te embebedar no boteco mais chumbrega da cidade.
O que eu achei ruim no joguete é que ele dá uns crepes de vez em quando e fecha tudo. De resto, tá bom. Até os pequenos defeitos ajudam a temperar esse joguete. E o folclore desse povo polonês é ó, do balacobaco. Se entenderes engrish, vai se divertir ainda mais e as gurias vão achar que tu é um rapaz de estirpe refinada quando começar a falar disso nas baladeenha.
Recomendo essa fina guloseima para os amantes do gênero.
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3 Comments
Geno Sparda 5 Sep, 2018 @ 9:40pm 
As desenvolvedoras venderiam mais com essas descrições boladonas
master chang 12 Jun, 2018 @ 4:12am 
as pessoas têm de sacrificar-se para proteger alguém tão valioso para a humanidade como você, Lavos :steamhappy:
caiiru 3 Jun, 2018 @ 11:00am 
god