Felizmente esta foi minha segunda introdução ao souls like.
Muitos podem discordar de mim alegando que Sekiro (que foi minha primeira experiência com o gênero) não seja um soulsborne.

Eu os chamo de "lunáticos"

Fui comprar Elden Ring aproximadamente um ano depois de seu lançamento, após uma noite de embriaguez regada a diamba. Fiquei imediatamente fissurado pelo mundo aberto e já estava ansioso para explorar seus cantos e me perder como fiz no castelo de Ashina.
De imediato fiquei um pouco decepcionado.
Como assim eu não posso dar parry em absolutamente todos os golpes???
Também demorei um pouco para ter coragem de sair dos arredores de limgrave e realmente ir aos locais interessantes.

Mas como a vida é longa e pesarosa, demorei meses até conseguir finalmente chegar no final do jogo. Na época eu era CLT de uma empresa de produtos automotivos, gente da pior espécie. Então explorar os mistérios, locais e NPC's desse mundo eram um grande deleite após um dia estressante de trabalho.

- Aqui entra a parte da história onde o herói não acredita em si mesmo -

Sim, chegando nos montes gélidos comecei a ter uma dificuldade tremenda. Duvidei de mim mesmo no Gigante de Fogo, no entanto consegui matá-lo.
Ao chegar as Rúinas de Farum Azula percebi que ainda era um completo imbecil no jogo. Tive que grindar e me dedicar um poucos mais as quest. A partir deste momento, sem entrar em partes técnicas ou de enredo, percebi que este foi um dos jogos que mais me diverti jogando.

Elden Ring nunca lhe entrega a recompensa de bandeja, assim como em um bom filme, você precisa refletir e sentir o processo. Quase que como em um processo de aprendizado, você começa a entender os padrões que o jogo desenha e eu, como player, entrei na engrenagem do game e fui feliz até chegar ao Lord Radagon e aquele ser celestial.

-Aqui entra a parte da crítica onde elogio a história e a escrita-

Com a curodoria e ajuda de nada mais nada menos que George R. R. Martin (nunca li nada dele kkk) temos em nossas frentes o melhor enredo de ficção fantástica desde Sr. dos Anéis ouso dizer.
Um pouco melancólica a mensagem, no entanto uma mensagem muito forte.
Não se trata apenas de matar os seus deuses quando estes deixam de ser úteis ou quando começamos a questionar nossa fé. Mas sim sobre questionar os processos já previamente instaurados em nosso mundo antes de nossa chegada.
A violência pela violência apenas pode gerar um newgameplus e repetir todo o ciclo novamente, enquanto que se os Tarnisheds se juntassem contra os deuses e fizessem a revolução poderiam viver em harmonia nesse mundo tão bonito (e as vezes até sereno).

Se você nunca jogou um Souls antes esta review não fará o menor sentido.
Mas ai que está a graça, o começa de um souslike não faz muito sentido mesmo, então apenas aproveite o passeio. Leia Marx e talvez você entenda o que quis dizer esse tempo todo.