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This is art.

Just one more run...

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It's actually good. Similar but worse games got far more attention than this one, maybe because it seems they lost themselves on sequels.

Um dos principais temas abordados em Dust: An Elysian Tail é a dualidade, ela não só aparece na história mas no jogo como um todo, porém em um formato dicotômico. Cada característica positiva da obra tem uma equivalência negativa, e quando isso se estende a aspectos técnicos fica claro que não há intencionalidade. A parte artística confunde ao apresentar um traço tão diferente do convencional mas na tela seguinte mostrar um personagem feito as pressas. Todos os diálogos em áudio demonstram uma atenção com o jogador, além de nos aproximar dos personagens, entretanto não é raro encontrar textos redundantes e explanatórios demais, injustificáveis até para o público infantil. A história abusa de clichês narrativos, podendo ser resumida em uma linha. Faltou uma direção criativa firme, o que tornou o aspecto “indie” uma desvantagem nesse caso. Contudo, ainda é um bom jogo, porém não chega a ser memorável ou relevante.

DEVO TER ESSA EXPERIÊNCIA? SIM.

A primeira vista, o design fofo e colorido de FEZ pode passar uma impressão diferente sobre a obra, mas o contraste é intencional. Em pouco tempo entendemos que talvez existam dimensões mais profundas a serem exploradas e é esse conhecimento que impulsiona a nossa jornada. Os desenvolvedores deram bastante atenção aos detalhes, recomendo que faça o mesmo para garantir uma boa experiência.

MAIS SOBRE (COM SPOILERS):
Por sorte FEZ não se sustenta baseado em uma “revelação final”, são as pequenas mudanças que vão aguçando nossa curiosidade. Cadenciado na medida certa na primeira etapa, garante diversão a tipos diferentes de jogadores. De alguma forma, a cada fragmento de informação que recebemos, o jogo nos ensina a buscar algo mais, o que torna o primeiro final uma condenação a incompletude, um vazio.

A segunda etapa então nos proporciona outra chance de encontrar respostas. Nela o desafio aumenta e FEZ ainda consegue apresentar algumas ideias novas, alterando novamente sua perspectiva do mundo. Se você é do tipo que precisa de conclusões, a essa altura já perdeu. Na maioria dos casos é nessa parte que começam a surgir problemas com a curva de aprendizado. Nos acostumamos a pensar diferente até encontrar o resultado, porém o tempo entre cada progressão aumenta sem ter um acréscimo proporcional na recompensa. Alguns desafios foram criados para serem resolvidos por poucos, então ao evitar buscar ajuda você pode acabar preso por horas no mesmo problema (estou falando com você Black Monolith!). No fim a segunda etapa não acrescenta tanto, deixando as pendências para a comunidade, que mesmo anos após o lançamento do jogo se encarrega de encontrar respostas e contar suas interpretações. Se surgir interesse, existe mais informação sobre quem FEZ.