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453.5 hrs on record (381.5 hrs at review time)
Uma imersão cativante pelo mundo de Ernas

Quando te perguntam sobre algum jogo de plataforma RPG, qual vem a sua mente? Provavelmente, para a maior parte do público leitor desta análise, GrandChase ocupa o pódio nesta resposta, principalmente por ter ficado famoso no Brasil por volta dos anos 2008 a 2012. Temos aqui um RPG de ação online e de plataforma, com elementos de aventura, onde vamos explorar os vastos continentes pelo mundo de Ernas. Ele conta com a dublagem dos personagens, inclusive os que vêm sendo lançados recentemente após o retorno da obra, o que pode ter sido um fator crucial para a sua expansão aqui no país, além de ser um jogo bem leve e acessível às máquinas que o rodavam em lan houses. Mesmo que o multiplayer conte com ambos os modos PvP e cooperativo em missões, até então apenas o modo cooperativo em missões atrai a atenção dos jogadores.

Pela glória de Canaban!
A história gira em torno do conflito entre as forças do bem e do mal no mundo de Ernas, onde os jogadores embarcam em uma jornada para derrotar as forças das trevas lideradas pelo maligno feiticeiro Kaze'aze. Por mais que essa narrativa exista e faça parte do desenvolvimento dos protagonistas, atualmente ela está caída no esquecimento. Antigamente existia uma trama mais profunda, havia uma preocupação genuína em desenvolver o enredo e, inclusive, inserir os novos personagens, enquanto eram lançados, junto a este desenvolvimento. O que não acontece mais atualmente.

GrandChase tem uma jogabilidade centrada em missões e combates em um cenário de plataforma 2D, no estilo de jogo JRPG (Japanese RPG), onde os jogadores controlam heróis chamados Chasers. Cada um destes possui habilidades únicas e uma árvore de talentos, permitindo ao jogador personalizar seu estilo de jogo, se adaptando às diferentes situações. A diversidade de personagens é o que torna rica a experiência do título: podemos jogar com magos e feiticeiros, espadachins, arqueiros, lutadores e até demônios ou paladinos. Além disso eles podem ser categorizados entre heróis de MP, AP ou híbrido, tal qual influencia o próprio combate e a execução das habilidades. Não podiam faltar os consumíveis, como itens de ressurreição e potes de HP/MP, que podem ser usados durante a campanha.

A progressão é, de certa forma, equilibrada quando olhamos para o GC de antigamente, ainda que existam discrepâncias de progresso se comparado a quem paga recursos in-game. Leva cerca de dois a três dias interruptos para se colocar um personagem no nível máximo, completando a lore principal da obra. Tal desenvolvimento contempla a evolução natural dos personagens, bem como a fortificação dos equipamentos e cartas de monstros que contribuem com seu status. Regularmente são lançados eventos que agilizam essa progressão, fornecendo missões de hipervelocidade e anéis angelicais por exemplo. Ao se atingir o endgame é como se uma expansão fosse desbloqueada: acesso a novos continentes, outras dimensões, itens e desafios épicos que requerem uma postura mais avançada do chaser, bem como a cooperação com outros jogadores de mesmo nível.

Espírito indomável
Seus gráficos razoáveis dado os cenários datados, principalmente nos continentes iniciais, e uma trilha sonora envolvente que complementa a atmosfera do jogo. Sério, quem que não ficaria animado ao ouvir Eunha - Hope? Quando o título voltou ao Steam em meados de julho de 2021, notei uma ligeira diferença na UI. A organização das opções no menu estavam muito diferentes desde a season Chaos, época em que parei de jogar; por outro lado, a HUD estava exatamente como eu me lembrava. Ainda assim, a obra não está parada não... com frequentes atualizações, há a correção de bugs e são introduzidas novas mecânicas, chefes, mapas e eventos, para manter seu público incentivado a continuar sua progressão.

GrandChase é uma experiência de jogo envolvente, que acompanho basicamente desde o seu nascimento, com jogabilidade acessível e estética razoável. Apesar das críticas feitas em seu relançamento aqui no Steam, os desenvolvedores continuam trabalhando para entregar novos conteúdos e uma experiência cada vez mais atrativa. Um ponto bem negativo é dado pelo avanço no endgame ser basicamente pay to win, mesmo que os recursos, em sua maioria, possam ser adquiridos de forma gratuita, seu acesso é um tanto restrito ou com baixas chances de obtenção. Como se não bastasse, a tabela de preços é dada em dólar e não em real, o que inviabiliza a aquisição de VP. Ainda assim dá para se virar sem gastar um real do seu bolso, só tenha em mente que sua trajetória levará muito mais tempo e esforço. Acredito que os pontos positivos se sobressaem aos pontos negativos, reforçando a minha recomendação.

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Posted 1 December, 2023. Last edited 3 August.
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4.7 hrs on record (4.7 hrs at review time)
Observation tinha tudo para dar certo... ao menos para um filme sci-fi

Por muito tempo o gênero de ficção científica vem sendo cobiçado nos jogos pela comunidade, e não mais apenas em filmes. Aqui tal categoria é imposta de maneira um pouco diferente do que estamos acostumados, que geralmente é acompanhado pelo tema de terror. A premissa tende a indicar que se trata de só mais um genérico "point and click narrativo"; quando na verdade é a narrativa que se faz predominante.

Em Observation assumiremos o papel da Inteligência Artificial SAM, a bordo duma estação espacial, acompanhado pela Dra. Emma Fisher que está decidida a encontrar o restante da tripulação. Para você, caro leitor, o que uma IA deve fazer acima de tudo? Seguir os protocolos de segurança impostos a ela, ou obedecer as ordens da autoridade máxima da nave? Indago essa questão, pois há certos pontos no jogo em que podemos fazer escolhas, o problema é que ir por um caminho ou outro sequer afeta o desfecho da campanha e nem o decorrer dela. Não me entenda mal, não estou condenando o jogo por isso, afinal estamos bem longe de compará-lo com um The Council da vida. Porém, não vejo sentido algum em tais escolhas pois, independente de qual seja a opção, o que virá a seguir será o mesmo em ambos os caminhos.

O objetivo gira em torno de seguirmos as ordens da Emma: controlar câmeras, resolver problemas e explorar a nave de forma remota são exemplos de afazeres para a doutora. Dentre as tarefas, alguns são intuitivos e fáceis de se resolver, como encher uma barra para leitura e reconhecimento por voz, e outros, no entanto, requerem um pouco mais de destreza e de rápida interpretação. O espaço interno da nave deixa a desejar no quesito de exploração, mesmo podendo interagir com boa parte dela. Na tentativa de preencher essa lacuna, a exploração externa também está presente, mas não espere por muita coisa.

Quanto mais se joga, menos se quer terminá-lo.

Um dos pontos mais notáveis talvez seja a história e como ela é contada, o enredo por assim dizer, de modo que, gradualmente, desperta a curiosidade do jogador. Infelizmente toda essa angústia vai se dissipando ao mesmo tempo que avançamos pela campanha. O trailer de introdução ao jogo por exemplo, que aparece quando terminamos o prólogo, é sensacional; nos remetendo aos filmes sci-fi de alto calibre. Por mais que seja bem feito, não se teve o devido cuidado para encaixá-lo na cena. O colocaram logo após os primeiros minutos de jogo ao invés de introduzirem a obra com ele, o que na minha opinião faria bem mais sentido se estivesse bem no começo. Em consequência todo o clima proporcionado pelas dúvidas nesse momento inicial foi por água abaixo, quebrando totalmente a atmosfera. O pior é que não acaba por ai, esses tipos de interrupções vêm se repetindo também em boa parte das cutscenes.

O título se mostrou criativo a partir do momento em que podemos fazer mais do que a premissa nos apresenta. Além disso, a mecânica dele dá suporte ao enredo, proporcionando uma experiência bem agradável. A soundtrack se mostrou fiel ao tema de ficção científica, me cativando cada vez mais ao cenário. Sobretudo, vários elementos foram me desapontando à medida que me aprofundava. A interface dos equipamentos, ao menos em alguns deles, tem um estilo tão conservador quanto as vistas em Blair Witch, entrando assim numa certa contradição temporal. Bom, além disso a otimização deixou bem a desejar, já que meu hardware se enquadra nos requisitos mínimos e mesmo assim não alcancei o estado de fluidez nas menores configurações gráficas possíveis; sem mencionar que ocorreram travamentos e até crashes sem mais nem menos. Outro ponto é sobre o tamanho da fonte para as legendas, e certos elementos sensíveis da interface. Houveram momentos em que eu não conseguia distinguir as teclas para realizar alguma ação quando me era informado, por estar muito pequeno ou esteticamente incompreensível, comprometendo até mesmo a realização de alguns objetivos que necessitavam disso.

Um quebra-cabeças sem a última peça.
Puzzles estão presentes em basicamente todos os títulos do gênero a fim de pressionar o jogador ao fazer escolhas decisivas em curtos períodos de tempo, ou mesmo para obrigá-los a explorar o mapa. Isso é exatamente o que está em falta, e os poucos presentes em Observation se enquadram mais nessa questão de pressionar o jogador. Talvez adicionar um pouco de desafio a esses poucos puzzles que restaram colocaria os eixos no lugar. Se observarmos os ataques de intrusão em Welcome to the Game dá para ver que os desafios se repetem com frequência, contudo a dificuldade deles vai se incrementando.

Enfim, Observation tem seus pontos positivos, os quais apreciei bastante inclusive, porém fui vencido pela frustração e pelas decepções. Não posso julgar muito pelas qualidades gráficas desta vez; afinal experimentei o título nas menores proporções visuais possíveis, para que isso não afetasse minha jogabilidade em meio a má otimização. Creio que a duração do jogo esteja nos padrões de outros do mesmo gênero (excluindo, claro, aqueles que são episódicos), variando de 3 a 4 horas ao todo. Caso você, assim como eu, seja um fã de ficção científica, a aquisição é recomendada durante promoções na casa dos 50% e não no preço atual.

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Análise para a curadoria Jogos Grátis Brasil | Grupo Steam | Discord[discordapp.com]
Posted 25 August, 2020. Last edited 25 August, 2020.
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32 people found this review helpful
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12.5 hrs on record (11.4 hrs at review time)
Early Access Review
O simulador dos simuladores nas profundezas do oceano, ao toque sci-fi.

O nosso conhecimento acerca das profundezas do oceano é ligeiramente escasso, ainda mais quando se trata de oceanos em outros planetas. O ambiente de Barotrauma é justamente esse, em mares gélidos no sexto satélite natural de Júpiter conhecido como Europa, explorando-o com submarinos dos mais diversos tamanhos e formatos. Claro que os gêneros de simulação e sobrevivência são os que se destacam, mas, de certo modo, também não deixa de ser uma obra sci-fi, e você verá adiante o motivo.

É um jogo de plataforma altamente rico em detalhes visuais, ressaltando o carinho e a precisão que os desenvolvedores tiveram com as interfaces. A iluminação suave ficou igualmente impecável, cada sala tem sua característica, além dos efeitos sonoros que dão vida ao ambiente. O melhor de tudo é quando o alerta vermelho é acionado, todo o lugar fica em estado de tensão, seja pela alteração das luzes ou pelo soar dos alarmes, o ar muda completamente. Posso dizer que há de fato uma imersão, a obra consegue te prender e fazer com que entre no personagem.

O trabalho em equipe será essencial para realização das atividades, assim como em qualquer tripulação. Teremos seis formações a serem escolhidas, e são elas: capitão, engenheiro, mecânico, médico, assistente e oficial de segurança. Cada um deles será primordial para o progresso, já que suas especializações terão impacto direto ou indireto quanto as funcionalidades da embarcação. Todavia, haverão ações em comum para todos, como por exemplo não é preciso ser um médico para aplicar bandagens, ou mesmo um mecânico para reparar o casco com uma máquina de solda. Cada um também pode ter acesso às bancadas de construção, com diversos itens em comum entre eles.

Bom, mas então qual espécie de impacto que tais profissões terão? Detalhes sobre o funcionamento do veículo serão explicadas adiante, o que você precisa saber para agora é que determinados componentes dele só podem ser operáveis por um profissional em específico da área. O reator nuclear, por exemplo, deve ser manuseado pelo engenheiro, assim como toda a parte de fiação elétrica deve ser cuidada pelo mecânico. Além das permissões de acesso, alguns objetos só podem ser usados, ou construídos a partir de outros, se você tiver certo nível de conhecimento, o que é julgado justamente pela sua profissão.

Faz tempo que não vejo um tutorial tão completo e bem segmentado quanto o de Barotrauma, ele faz questão de detalhar com cuidado os afazeres de cada responsável da tripulação, além de passar instruções básicas. Operar os componentes do navio submerso é tão complexo à primeira instância, que se faz necessário tal nível de detalhamento. Explicando um pouco sobre a performance da embarcação, vamos ao módulo primordial: o reator nuclear. Sem ele, não haveria energia para alimentar as outras estruturas que dependem disso. Operá-lo pode ser uma tarefa confusa logo de cara, pois é preciso ter controle sobre a temperatura e a pressão do reator, tudo deve estar bem harmonizado para o seu funcionamento pleno. Da mesma forma que as conexões elétricas e a segurança da estação necessitam de certa atenção. O leme talvez seja o módulo mais divertido para muitos, poder controlar o submarino ao seu bel prazer deve ser uma satisfação e tanto. Porém, até mesmo o leme tem suas complicações, já que navegamos pelo sonar e a resposta aos comandos não é tão fácil quanto parece, qualquer erro pode custar a vida da tripulação.

Discutimos sobre o papel de cada um, sobre o funcionamento de alguns componentes até para firmar este conceito de simulador (mesmo que a simulação não esteja totalmente inerte, há pontos abstratos no título como o concerto do casco sem a necessidade de portar matéria-prima), agora podemos partir para a questão da sobrevivência e dos elementos sci-fi. Já avisando de antemão que vamos falar um pouco sobre o médico e sobre o oficial de segurança neste parágrafo. Seres humanos são frágeis, tão frágeis que qualquer impacto externo pode afetá-los bruscamente. Digo isso tanto fisicamente quanto mentalmente, as alterações na pressão atmosférica vão lesionar a equipe, assim como o tempo de resposta para tomar atitudes será influenciado pela pressão psicológica. Para tratar dos feridos, o médico terá que ter em mãos medicamentos específicos para tratar alguma enfermidade; e muitas vezes terá falta no estoque, sendo nessas horas que a improvisação e a reutilização de materiais ao desconstruir e reconstruir outros medicamentos se farão necessárias. As ocorrências podem ser de causas naturais também, como por exemplo adentrar no território de alienígenas daquela região. Alguns são pacíficos, não o perturbarão a menos que seja apresentado uma ação hostil, mas há outros que vão lhe atacar sem mais nem menos. O oficial de segurança é o encarregado por cuidar desta parte, responsável tanto pelos intrusos, com arpões e bastões de choque, quanto pelos que se mantêm fora do navio ao operar artilharias pesadas.

Vamos fazer missões de entrega e outras de caça às criaturas, há também uma campanha envolvida, mas nada impede que você navegue livremente pelos mares no modo sandbox. O ideal seria que você jogasse com outras pessoas, tendo em vista o que já foi apresentado. Entretanto, a obra lhe fornece recursos para que possa jogar sozinho ou com uma quantidade reduzida de integrantes (ao depender do tamanho do submarino, ter poucos jogadores será insuficiente), adicionando bots na sessão. Ter noção sobre controle de unidades é fundamental para dar ordens a eles, como funções de seguir e reparar por exemplo. A comunicação entre os jogadores também tem sua importância para a progressão, durante todo o tempo. Já deu para entender sobre a macroplay de Barotrauma, sim ela é de certa forma complexa e pode demorar um pouco para se acostumar. Contudo, a microplay dele é um tanto simplória, não exigindo de um esforço demasiado para entender os comandos e a mecânica de arrastar e soltar os itens, digamos que é bem intuitivo.

O título, mesmo em estado de acesso antecipado, já oferece recursos como o Steam workshop, abrindo um enorme leque de possibilidades na escolha de um navio, caso os cenários oficiais tenham lhe satisfeito. Então deu para notar que o fator re-jogabilidade se enquadra muito bem, pois a criação de conteúdo tem suporte tanto por parte dos desenvolvedores quanto pela própria comunidade. Em se tratando dos lobbys eles funcionam como foram programados, contudo o jogo não permite que você utilize caracteres especiais no seu nickname, como aconteceu comigo, então tome cuidado ao definir um. Como foi dito, o título está em estado de acesso antecipado, então relevei vários pontos como a falta de variedade de criaturas, de armas e da capacidade de incrementar os módulos. Ele tem muito potencial, recomendo a sua compra pelo preço original.

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Análise para a curadoria Jogos Grátis Brasil | Grupo Steam | Discord[discordapp.com]
Posted 11 April, 2020. Last edited 11 April, 2020.
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48 people found this review helpful
2.2 hrs on record
O pega-pega mais criativo, e triste, que você já viu.

Mesmo que Hello Neighbor: Hide and Seek faça parte da série Hello Neighbor a ligação entre os jogos não é feita de forma sequencial, haja visto que este se passa numa época muito antes dos acontecimentos da obra anterior. Além disso, os pequenos traços do gênero terror apresentado em Hello Neighbor são inexistentes por aqui, dando lugar ao termo hide and seek que foi levado um pouco além do esperado.

Para começar, o nosso papel continua sendo o de uma criança, neste caso o de uma menina, e temos também um irmão de idade semelhante (pode-se dizer que “O Vizinho” é, até então, o pai deles). Assim como toda criança gosta de brincar de pega-pega ou pique-esconde, estes dois passam o tempo todo se divertindo com tais brincadeiras, e é ai que entra o jogador na história. Enquanto o menino faz a contagem regressiva e se prepara para procurar e pegar, a menina por sua vez tem que fugir e se esconder sempre que puder. Bem que seria fácil dizer que o objetivo do título se resume a isso, mas não é por esse lado. Temos também que coletar alguns objetos para então a brincadeira acabar e passarmos para o próximo capítulo. Ah, e sempre que seu irmão lhe pegar, ele irá retirar um ou mais itens do local que você está reunindo-os, tornando a busca exaustiva caso isso se torne frequente. Por sorte, há alguns locais para se esconder, e ele te perderá de vista se for rápido o bastante.

Os gráficos, trilha e efeitos sonoros se mantiveram muito parecidos com seu predecessor, tendo seu ponto forte na criatividade dos cenários e como foram montados. Claro, aproveitaram o recurso de que, como são crianças, nessa idade a imaginação pode levá-las a qualquer lugar. Seja em uma selva com bichos, perseguição policial noturna ou até mesmo numa cidade em chamas. Os objetos coletáveis que precisamos agrupar seguem o tema do cenário, como por exemplo animais de pelúcia ou sacolas de dinheiro.

A mecânica característica da série se manteve, por mais que a jogabilidade tenha se alterado um pouco. Ainda vamos precisar da nossa sagacidade para encontrar os itens coletáveis, que estarão distribuídos por toda parte do cenário e, quando digo por toda parte, quero dizer por todo lugar mesmo. No primeiro capítulo da selva, há um bicho de pelúcia em uma prateleira que fica bem no alto próxima ao teto, e para chegar até lá você precisa tampar alguns gêiseres formando pressão em um único gêiser, fazendo com que alcance locais mais altos ao subir nele. É justamente esse tipo de situação que vemos de forma semelhante com o primeiro Hello Neighbor. Nenhuma informação será dada de forma simples, você precisa realmente explorar e seguir na tentativa e erro em boa parte para encontrar todos os objetos.

Uma curiosidade que eu gostaria de trazer, mesmo que seja um ligeiro spoiler de pouco antes do penúltimo capítulo e sobre o final do último capítulo, é em relação à morte da mãe das crianças. Caso queira pular este parágrafo, não há problema algum. Pouco depois de receber a notícia, “O Vizinho” fica abalado e demonstra um profundo sofrimento. Todavia a reação do filho é uma mistura de não aceitação e raiva pelo que aconteceu, e a irmã que acaba levando o pato pela coisa toda. No penúltimo capítulo, a brincadeira passa a ser apenas um passatempo para aliviar a tensão deles. Já no último capítulo, o irmão tomado pelos sentimentos que mencionei desconta tudo na irmã e, por fim, acaba derrubando ela do telhado; agora mais uma infelicidade acontece na família. A questão nisso tudo é que a obra se finda bem nessa cena, deixando lacunas e incertezas sobre o que pode ou vai acontecer no futuro. Que tipo de pessoa “O Vizinho” se tornaria após tais incidentes? Pior ainda, que tipo de adulto essa criança vai se tornar ao crescer com isso? Sabendo que este jogo é antecessor ao tradicional Hello Neighbor, dá para se assumir muita coisa a partir desses pontos e, inclusive, que esta criança possa ser “O Vizinho” mais para frente.

Esta aqui é uma obra realmente interessante, gostei bastante da maneira que trabalharam na história e como fizeram a ligação com o jogo anterior. Porém devo acrescentar que há problemas na perseguição da IA. Mesmo que nos escondemos bem na frente do irmão, para ele fica como se não estivéssemos mais ali e a perseguição acaba. O mais chocante é que não precisamos nos esconder por muito tempo, ou mesmo esperar ele sair de perto, basta só entrar e sair do esconderijo bem rápido que já se torna suficiente. Sinto dizer também que este título tem duração de apenas duas a três horas, dá para ser completado em menos tempo se já tiver todo o esquema das localizações dos itens coletáveis.

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Análise para a curadoria Jogos Grátis Brasil | Grupo Steam | Discord[discordapp.com]
Posted 9 March, 2020. Last edited 10 March, 2020.
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18 people found this review helpful
4.1 hrs on record (3.6 hrs at review time)
Mosaic vai prender sua atenção de forma um pouco diferente.

Que tipo de obra tenta nos prender a um mundo cinza, mostrando de forma simples como é viver apenas na sombra de um emprego desgastante? Pois é isso que Mosaic faz, mesmo sendo em poucas horas e de forma simplificada. Ao estilo point and click, vamos entrar na pele de um funcionário que passa o dia inteiro em seu trabalho sob constante pressão. Mas até no meio de tamanho sentimento de depressão e solidão que o título tenta nos passar, há certas vivências que podem tornar o seu dia um pouco mais colorido.

Embora tenha dito que o "mundo é cinza", não se deixe levar pelo seu sentido literal. Sim, a cidade futurista e basicamente tudo referente a ela estão neste tom de cor, entretanto a verdadeira intenção é a de enfatizar como todo o envolvimento deste mundo está inundado em um estado melancólico. Atrelado a isso, já pensou como seria o nosso dia a dia? Levantamos da cama, lemos as mensagens em nosso celular (podemos nos divertir com alguns joguinhos nele), nos arrumamos para o trabalho, saímos de casa e então pegamos no trampo até o anoitecer.

Bom, e esse trampo ai que mencionei não é nada prazeroso, tampouco para o jogador. Nosso trabalho é atingir a meta estabelecida pela empresa com o menor gasto de recursos possível através de um puzzle muito, mas muito irritante. Como se já não fosse o suficiente a tensão de resolvê-lo pensando nos recursos, terá casos em que anomalias tentarão impedi-lo de alcançar seu objetivo. O que realmente é algo natural se parar para pensar, num ambiente como este sempre ocorrerão imprevistos e precisamos lidar com eles mesmo sob pressão.

Em meio a tudo isso, Mosaic quer nos mostrar os detalhes que passam de forma sorrateira em nosso dia. Tais detalhes vêm na forma de um lindo amanhecer por exemplo. Contudo, detalhes são detalhes, e por mais que seja uma experiência agradável o objetivo aqui não é de natureza igual ao do GRIS, visto que a base gráfica de Mosaic é em lowpoly usando de cores mais saturadas e vividas.

Por fim, a obra oferece uma jogatina de se apreciar, mas infelizmente com uma duração de mais ou menos duas horas. Os controles, ou melhor dizendo, o controle, é caracterizado apenas pelo seu mouse e nada mais que isso. O ato de caminhar e ir aos locais é um tanto frustrante pois é preciso segurar o botão esquerdo para chegar ao ponto desejado, fora que a movimentação em si é bem devagar até para girar o personagem. Ah, não posso deixar de mencionar que há tradução para o Português do Brasil, reforçando que algumas falas vão aparecer no jogo. O título é bem interessante, todavia recomendo aguardar uma promoção de 20% de desconto talvez.

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Análise para a curadoria Jogos Grátis Brasil | Grupo Steam | Discord[discordapp.com]
Posted 21 February, 2020. Last edited 21 February, 2020.
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21 people found this review helpful
5 people found this review funny
9.3 hrs on record (9.2 hrs at review time)
Nota: O Steam limita o tamanho das análises, infelizmente, então caso queira lê-la completa acesse o nosso site[www.jogosgratisbrasil.com.br]

Os noia não vão esperar até 04:20 para fumar o teu bagulho!

Weedcraft Inc nos mostra como pode ser dura a vida de quem depende do tráfico de drogas. Esta é a vida que John Woodson encarou ao se encontrar com seu irmão Clyde, depois do falecimento do pai. Clyde já tinha planos para John, que havia largado o curso de administração por conta do infortúnio evento; e usaria suas experiências da faculdade para se dar bem com os negócios do tráfico. Tamanho é o vínculo que a premissa da obra cria com o jogador nos momentos iniciais, mas é desperdiçado, já que a narrativa torna-se tampouco importante ao longo do jogo. Além desta história, há uma outra que se segue na pele de um ex-presidiário, voltando com tudo ao mesmo mundo o qual seria motivo da sua condenação: a venda de narcóticos. Para não acabar com a graça, deixo que se aprofunde por conta.

Os gêneros clicker e de gerenciamento devem ser tratados com carinho quando são os fatores principais dentro de um título. AdVenture Capitalist serve de exemplo a outros do mesmo gênero, ele acabou ganhando seu público pela simplicidade. Já o Weedcraft ganha seus pontos na complexidade, mesmo que não seja algo extremamente absurdo, trazendo à mão do jogador as tomadas de decisão com maior liberdade. Na questão gráfica o Weedcraft não fica para trás, com detalhe até mesmo nas estufas, e uma trilha sonora igualmente divertida com uma pegada bem reggae mesmo.

Então vamos logo ao que interessa, caro leitor, para você que veio aprender a como se plantar uma verdinha sem ser pego pela polícia. Daremos início ao nosso plantio em uma estufa pequena, bem no porão alugado de uma residência. Vasos rachados com terra pobre e a porca iluminação é o que teremos em mãos neste começo, fora que teremos apenas uma variante da maconha no estoque. Um começo bem rudimentar, e se tratando da realidade não teríamos a menor chance no mercado, mas já é alguma coisa; e o título logicamente não vai forçar a barra logo de cara, progredindo de forma mais suave até os reais problemas que enfrentaremos adiante.

Até então temos nosso canto de plantio, uma estufa improvisada, e agora vamos correr atrás da clientela. Há apenas um ponto de comércio à disposição, com compradores pouco exigentes e cada um com sua preferência de consumo, e é essa preferência que faz toda a diferença na hora das vendas. Conforme o tempo passa, vamos adquirindo novas variantes da maconha, assim abrindo um leque de oportunidade para as negociações. O preço é um fator a se considerar, dependendo do preço das suas ervas elas podem ter mais influência no medidor de satisfação do comprador. Em cada ponto de comércio, o valor delas é único para todos os compradores, ou seja, não dá para colocar a maconha comum com custo diferenciado entre os envolvidos por exemplo.

É erva da boa, ou da ruim?
Além de todas aquelas exigências, ainda temos que tomar conta sobre a qualidade das ervas. Tais qualidades podem variar de uma planta comum, com baixa demanda e menores preços dependendo do local, a até plantas raras que são mais procuradas com baixa oferta no ramo. Isso tudo se dá pela concorrência; se não fossem pelos concorrentes, o mundo continuaria a vender o de sempre sem buscar por inovações, já que a população possuiria apenas um fornecedor. Enfrentaremos atritos com concorrentes em diversos pontos de comércio, lutando pelos clientes no preço dos produtos, variedades e, sobretudo, na qualidade. Manter o controle de qualidade também é trabalho do jogador, e isso nos é apresentado logo nas primeiras horas de jogo.

A propriedade da maconha pode ser afetada pela temperatura do local, pela quantidade de vezes que é regado, pelos minerais no solo e até mesmo pelo vaso que a contém. Sobre os minerais presentes no solo, é de suma importância prestar muita atenção ao previsor de qualidade para ver em quais quantidades de nitrogênio, fósforo e potássio se encaixam melhor para cada variante. Não estou dizendo que você precisa ser um especialista em química para se jogar Weedcraft, mas não é algo que se consegue fazer sem alguns testes antes, talvez possa levar um tempo até pegar o jeito. Como disse, a temperatura também é um aspecto a se levar em conta, e faremos o seu controle através das lâmpadas (que, além disso, garantem iluminação favorável ao plantio), e de ventiladores por exemplo. Futuramente com o desenrolar da obra, vamos liberar laboratórios ilegais para o estudo e desenvolvimento de produtos mais concentrados e de melhor qualidade.

Esperar eternamente que uma planta venha a nascer é muito maçante. Por isso temos aqui, assim como na maioria dos títulos tycoon, a mecânica de acelerar o passar do tempo. O treinamento dela (podá-la) auxilia na rapidez do seu crescimento. Também poderemos contratar funcionários para que tomem conta das partes administrativas e vendas, ou mesmo tomar conta do plantio. Só não exagere, pois além do custo mensal de cada funcionário, devemos lembrar de pagar o aluguel a cada mês. Sempre deixe uma graninha guardada para casos excepcionais.

O manejo da estufa, a concorrência e os aluguéis estão longe de serem sua única preocupação, ainda mais quando a polícia bate na porta da sua residência. Pois é, meus amigos, Weedcraft não salva seus jogadores das atividades ilegais que ocorrem por aqui. A polícia está presente não só em sua porta, mas também nos pontos de comércio, e podem te abordar em qualquer momento por quaisquer motivo. Mesmo que possamos adquirir equipamentos purificadores de ar para afastar os maus odores da droga, nunca se sabe o que vai acontecer. Ah, fora os armazéns para as estufas, dá para criar um negócio de fachada que serve tanto para despistar a polícia quanto para atrair novos clientes.

O que pode salvar a sua pele em momentos como este, mesmo que parcialmente, são suas escolhas feitas durante as falas; a lábia será uma grande amiga nas negociações. O efeito das escolhas não chega a ser tão profundo e ramificante quanto em The Council, longe disso, porém elas decidem diversas ações que são tomadas por policiais e por terceiros. Quando adentrar no comércio legalizado, várias destas preocupações deixarão de existir. Aproveitando que estou comentando sobre as falas e tudo mais, gostaria de ressaltar que a tradução está incrivelmente bem localizada, e dá até para rachar o bico ao ler certas coisas, como isso.

Weedcraft Inc é uma obra muito boa, mesmo que alguns pontos tenham me decepcionado. A falta de entrelaçamento do enredo com a jogabilidade quebrou um potente diferencial que colocaria este título na frente dos outros. O tutorial dele é sólido, explica muito bem como se fazer desde o básico até o avançado, mesmo nas questões dos objetivos; porém é raso em pontos superficiais, não que seja o óbvio, mas fiquei perdido nos cenários de segurar o botão do mouse ou apenas clicar em algum lugar por justamente a ação não estar explícita. Apesar destes pontos negativos, não posso deixar de recomendá-lo.

Qualquer erro encontrado, favor seja educado e comente abaixo.
Caso queira, deixe suas dúvidas ou sugestões.
Spoilers? Não esqueça de utilizar a tag spoiler.

Análise para a curadoria Jogos Grátis Brasil | Grupo Steam | Discord[discordapp.com]
Posted 17 January, 2020. Last edited 2 February, 2020.
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16 people found this review helpful
1 person found this review funny
4.8 hrs on record (4.5 hrs at review time)
Está pronto para entrar na pele do Bruce Lee?

Absolver é um jogo de RPG e artes marciais online voltado ao PvP e PvE. Aqui não há uma história, apenas somos apresentados a sua premissa. Fomos selecionados para uma ordem de guerreiros que utilizam máscaras místicas, e tais máscaras os identificam; estes escolhidos lutam entre si para provarem suas dignidades na elite dos Guias. Não diria que o mapa é em mundo aberto, mas há vários lugares a serem visitados. Durante sua progressão, encontraremos alguns pilares que servirão como um checkpoint, além de serem os pontos para acesso da escola (explicarei adiante), e para convidar amigos ao jogo. Lembre-se que ao interagir com o pilar você irá restaurar sua vida, e os inimigos do local irão renascer.

Podemos enfrentar cerca de 12 chefes, alguns possuem uma certa peculiaridade, seja por destreza ou força muito superiores, estilo de combate, ou mesmo encarar outros inimigos ao mesmo tempo. Além deles, teremos dungeons para se aventurar, com uma duração bem razoável. Agora, se está pensando em obter este jogo para fins de PvP, esqueça a menos que tenha algum amigo para participar, o multiplayer está praticamente morto.

Os elementos de RPG estão presentes apenas na questão de subir de nível e obter equipamentos (inclusive novas máscaras). Como foi dito, os guerreiros escolhidos lutam entre si a fim de se obterem seus títulos na elite dos Guias, então enfrentaremos outros guerreiros, e não monstros ou criaturas recorrentes em um RPG. Ao subir de nível, ganharemos um ponto de habilidade para incrementar um dos atributos básicos, que incluem força, vitalidade, destreza e etc. Alguns equipamentos dependem do nível do jogador para serem usados, e eles afetam tanto de forma positiva quanto negativa sobre seu status. Por exemplo, se acabar colocando botas que garantem mais força e resistência, consequentemente diminuirão minha agilidade, e por ai vai. A exploração do cenário é importante porém muito vaga, digo, encontraremos inimigos no meio do caminho e tudo mais, porém o loot é bem raso, temos apenas vasos de cerâmica para quebrar e algumas pedras que nos darão um item pré-definido, não há uma geração randômica delas.

O combate é o ponto chave de Absolver, os desenvolvedores tentaram enriquecer o máximo sobre este aspecto. Uma enorme diversidade de chutes, socos, e até "fintas" fazem parte dos movimentos que podem vir de qualquer direção. Claro que os combos são comuns, mas balanceados de certa forma, por uma mecânica de quatro instâncias. Durante o combo não poderemos repetir a mesma instância, sempre a variamos de modo que cada uma delas seja usada. O quarto ataque da sequencia por sua vez tem o papel de iniciar outro combo, abrindo janela a novas sequencias que são constituídas de três ataques. Se você defender, desviar ou rebater algum ataque inimigo, você o aprende e pode adicioná-lo ao seu deck de combos, podendo criar sua própria variação.

Temos à disposição um sistema de escolas, em que o orientador leciona técnicas de luta aos alunos, dando-lhes recompensa caso algum objetivo seja atingido (é preciso ser ao menos nível 50 nas provas de combate para se criar sua própria escola). há uma escola já disponível dentro do jogo para se participar, que inclusive garante a classe Bêbado. Falando em classes, há três que estão disponíveis para escolha no momento que criar seu personagem, além de customizar seu personagem como preferir. São elas:
  • Forsaken: Possui uma distribuição balanceada entre os atributos, com um leve foco na força. Tem como habilidade aparar por completo o ataque do inimigo, atordoando-o por um breve período, podendo atacá-lo logo em seguida sem preocupações. Muito semelhante ao sistema de combato de alguns Assassin's Creed. É preciso apenas prestar atenção quanto à direção horizontal dos ataques, se eles vem da esquerda ou da direita, para realizar o parry.
  • Método Kahit: Como a força e a vitalidade são os únicos a serem incrementados, essa classe tem como habilidade a resistência dos golpes. Mesmo socos ou chutes fortes que poderiam atordoá-lo caso segurasse a defesa por muito tempo não terão efeito nele. A defesa também aumenta de certa forma, pois o dano diminui mais que o normal no modo de defesa. Basta aguardar o momento certo e pegar o seu inimigo de surpresa.
  • Windfall: Aumenta exclusivamente a destreza do seu personagem, dando a habilidade do desvio. Podemos evitar os golpes dos inimigos ao prever de onde eles vêm, porém é preciso prestar uma atenção rigorosa aos seus movimentos. A classe de maior dificuldade provavelmente dentre as iniciais, porém a mais forte.
Os gráficos não foram feitos para serem realistas, mas se teve todo um cuidado para com as sombras e iluminação suave. Os cenários são voltados a florestas, templos e construções antigas, com uma certa pegada Dark Souls. A trilha sonora é desgastante, não há uma boa variação, fora que a ambientação dos locais também não estão de acordo. A otimização está boa e bem polida, mas encontrei alguns bugs. Durante minha caminhada perto de um desfiladeiro, acabei caindo nele mas não morri, fiquei dentro do mapa sem muitas opções, tive que reiniciar o jogo. Chegou a crashar algumas vezes também.

Absolver entrega uma experiência de luta interessante e os defeitos técnicos não atrapalham por completo a obra. Sinto dizer que a campanha deste jogo deva durar no máximo umas oito horas se estiver bem perdido, mas se já tiver uma certa noção a duração cai para umas três horas. Ela é relativamente curta, então se for adquirir o título apenas por isso recomendo aguardar uma promoção de 50% de desconto, tendo em vista que o multiplayer está morto.

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Caso queira, deixe suas dúvidas ou sugestões.
Spoilers? Não esqueça de utilizar a tag spoiler.

Análise para a curadoria Jogos Grátis Brasil | Grupo Steam | Discord[discordapp.com]
Posted 18 November, 2019. Last edited 3 January, 2020.
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8.1 hrs on record (6.7 hrs at review time)
Alô, vizinho, tudo bem por ai?

Hello Neighbor tenta nos entregar a proposta de um gênero de terror, mas não é bem isto que vemos por aqui. Digo isso pois não há de fato elementos horripilantes, jumpscares ou mesmo terror psicológico. Sua real intenção é a de ser um jogo baseado em pressionar o jogador, ao fazer escolhas durante curtos espaços de tempo. Pode-se dizer que envolve mais uma espécie de hide and seek e perseguição por parte do vizinho do que qualquer outra coisa. Tenha isso em mente se planeja comprar este título.

Você acaba de se mudar, está jogando bola na rua e de repente nota algo estranho acontecendo na casa de seu vizinho. Curioso e intrigado, deseja saber o que aconteceu naquela casa, em especial no porão, onde escutou gritos e vários barulhos suspeitos. Um tanto clichê, não? Também pensei nisso, a premissa em questão não foi das melhores. Fora isso, a própria construção do enredo em eventos subsequentes deixou muito a desejar, visto que a ligação entre tais eventos e interpretação deles é dificultada pela ausência de comunicação. Bom, o foco de Hello Neighbor nunca foi este, ele não quer criar vínculos relacionados à história, mas sim aos aspectos antes já mencionados.

Por mais que sejamos apresentados logo de cara à vizinhança, Hello Neighbor não se resume a cenários como casas e porões. Conforme o tempo passa, nosso personagem já adulto tem sonhos sobre seu passado, recordando de diversos acontecimentos e, é claro, com muita fantasia envolvida. Na questão gráfica o título é bem fiel do inicio ao fim, com estilos de cartoon a lowpoly intercalados. Porém, jogos com uma temática mais animada ou de cartoon não são fáceis de se inserir no meio dos títulos de terror, salvo exceções como Yomawari: Midnight Shadows que tentam dar a volta mesmo com suas limitações. Se tratando da trilha sonora ela é bem vaga, para não dizer que é inexistente, destacando-se apenas os sons da natureza ou da perseguição envolvente. A otimização foi um ponto que me agradou muito, há uma boa variedade de opções gráficas; basicamente qualquer computador, mesmo na faixa de um notebook mediano, consegue rodar tranquilo este jogo sem perder qualidades gráficas notáveis.

A jogabilidade é interessante, precisamos pegar caixas de papelão e latas de lixo para fazer escaladas, e até mesmo coletar quaisquer objetos para quebrar janelas ou para arremessar contra botões e alavancas. O conceito é bem legal, mas que infelizmente é afetado pela mecânica falha e frustrante: ao colocar os itens no chão, tentar empilhá-los ou mesmo ao subir neles, há uma certa resistência que atrapalha na movimentação. A perseguição em si é bem simples, não é nada complicado, principalmente pois a fuga é algo bem simples de se fazer, nós corremos mais rápido que o vizinho e há vários armários para se esconder. Também dá para chamar a atenção dele com barulhos, atraindo-o para um outro lugar da casa. Mas não espere que para por ai, a inteligência do vizinho compensa sua falta de mobilidade, colocando armadilhas no chão para os lugares que você já passou, de certa forma aprendendo com seus movimentos. Como disse anteriormente, o jogo mal tem uma forma de comunicação, e isso reflete diretamente com a solução dos puzzles, o que também foi muito frustrante. Basicamente nada nos é dado com facilidade, em sua maioria precisamos adivinhar (por tentativa e erro) o que é para se fazer, nos deixando muito perdidos em certas situações.

Por fim, Hello Neighbor nos remete a jogos que precisam de uma rápida decisão, talvez um pouco de criatividade, porém nada mais do que isso. A exigência mental por outro lado pode ser colocada à prova ao pensar em soluções para puzzles nada intuitivos e em caminhos alternativos para seu objetivo. O tempo dedicado a ele é de, no máximo, quatro horas? Creio que não mais do que isso, por mais perdido que você esteja no caminho, o jogo tem uma campanha bem curta. Este jogo apesar de tudo vale a pena, mas recomendaria fortemente que aguardasse uma promoção de no mínimo 50% de desconto.

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Análise para curadoria Jogos grátis Brasil
Posted 10 November, 2019. Last edited 11 November, 2019.
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53 people found this review helpful
9.7 hrs on record (8.1 hrs at review time)
Uma experiência interessante, mas intercalado a um enredo confuso e mal organizado.

Inspirado nos filmes da Bruxa de Blair, Blair Witch trata-se de um terror psicológico com elementos superficiais de jumpscares. Se você esta aqui à procura de apenas sustos, bom, recomendo que passe longe deste aqui. O foco do título é criar uma atmosfera pouco a pouco, tomando como base as vivências do protagonista e a própria ambientação em si. Porém há sim alguns traços de jumpscares, só não conte muito com isso, pois essa não é a real intenção do jogo. Em suma, assumiremos o papel de Ellis, um ex-policial que aceita o caso de desaparecimento na floresta Black Hills, e acaba descobrindo coisas perturbadoras durante sua investigação.

Logo na introdução somos apresentados ao Bullet, o cão policial de Ellis, e nas primeiras partes do jogo saberemos que ele terá um papel muito mais importante do que só fazer companhia na hora de trocar as Pampers. O cachorro nos auxiliará em várias situações, sejam nas buscas por itens e pessoas ao farejar roupas, ou mesmo para manter a sanidade do protagonista. A obra tenta nos estampar a todo custo, mostrando em algumas partes o quão vulneráveis somos sem nosso companheiro, e que realmente precisamos dele. Apesar de tudo, Bullet me deu mais trabalho do que imaginei, e não estou me referindo à desobediência. A IA dele falhou várias vezes, em sua maioria o cão ficou dando voltas e voltas no próprio eixo, e em outras ele não atendia bem aos meus comandos. Em alguns casos tive até que fechar o jogo para fazê-lo voltar ao normal.

Apesar de ter citado sanidade ali, não tem com o que se preocupar, não há um medidor de sanidade mental e nem nada do tipo. Afinal, Blair Witch é linear e tenta segurar a mão do jogador para o seu desfecho, sem desviar muito do desenvolvimento do enredo. Por falar nisso, a história em que o jogo se passa tem seus fundamentos, é interessante e não chega a ser clichê, tentando manter a originalidade dos envolvidos. Porém a forma como ela é contada se torna muito brochante, e assim como em outros títulos do gênero, encontraremos diversas notas que nos contam trechos da história, A trama por trás do enredo do protagonista é dita de forma particular, através de flashbacks sobre seus traumas, e mesmo que venha a ser algo interessante, as peças não se encaixam tão facilmente. Se não prestar atenção em certos detalhes, irá perder boa parte do que se tem a passar, e mesmo nos momentos finais nem todas as lacunas são fechadas.

Mais do mesmo.
Como foi dito, Blair Witch é linear, e além disso se passa em uma floresta. Então já se deve imaginar o quão monótono ele possa ser, não há um grande nível de exploração como nos jogos de Slender, visto que os desenvolvedores decidiram manter a progressão da obra focada na história. Seria uma espécie de walking simulator com toques de terror psicológico, se assim preferir. Basicamente todos os puzzles que nos são proporcionados podem ser resolvidos sem muito esforço, muitas vezes no próprio caminho e, no máximo, em locais próximos dali. Voltaremos a este assunto logo adiante.

Carregaremos em nossa bolsa uma lanterna, petiscos para o cachorro, celular e o que encontrarmos no caminho, e tudo pode ser acessado pelo seu inventário. Por mais estranho que pareça, nossa lanterna aparenta ter bateria infinita, após horas e horas de uso ela não parece se desgastar, e ela só falha quando menos se espera. Não que isso seja um fator ruim, afinal o objetivo aqui não é perder tempo em busca de baterias; mas se tivessem pilhas na mochila para recarregá-la, mesmo que em quantidade infinita, já traria um pouco mais de sustância. Teremos acesso a uma filmadora que, surpreendentemente, encontraremos no meio do nada; e sabe o que também encontraremos no meio do nada? Fitas! Fitas as quais serão utilizadas para dar respostas a eventos e, acima de tudo, servirão de auxílio para solucionar puzzles. Mas fica a questão, como? De que forma elas podem nos auxiliar com os puzzles? Pois então, tais fitas nos darão muito mais do que apenas vídeos, com elas nós conseguiremos reviver os acontecimentos gravados. Simplificando, podemos fazer coisas aparecerem do nada de acordo com o tempo de filmagem (rebobinar a fita) e, sendo bem franco, essa mecânica implementada foi genial. Fiquei tão impressionado pela criatividade que, quando vi pela primeira vez, demorei um pouco para acreditar e engolir o que estava acontecendo. Claro que temos outras funcionalidades numa filmadora além de reproduzir gravações: podemos, inclusive, utilizar a visão noturna para nos orientar em meio à escuridão, e até podemos usá-la para seguir rastros.

Sobre a qualidade gráfica, o título apresenta realismo em seus detalhes, e olha que o joguei nas piores qualidades possíveis. A soundtrack tenta prender o jogador ao momento, tensão e suspense são duas palavras que a descrevem muito bem. Quando se pensa em uma floresta, o que esperamos escutar? Animais, insetos e a própria ambientação em si. No entanto podemos perceber os efeitos sonoros de apenas alguns animais, como pássaros e pica-paus durante o dia. Quando a noite chega parece que a floresta literalmente morre, justo no horário que boa parte dos insetos e da fauna se tornam realmente ativa. Pelo que fiquei sabendo, houveram inúmeras reclamações sobre a otimização e crashes repentinos, mas sinto dizer que não compartilhei de tais infelicidades; talvez seja porque o tenha testado após patches e correções de bugs. Mesmo com as configurações abaixo dos requisitos mínimos, ao menos na questão da placa de vídeo, não presenciei nenhum problema do gênero que pudesse atrapalhar minha experiência. Ah, e não posso deixar de mencionar sobre as falhas de legendas em algumas cenas, mesmo com o idioma selecionado para português presenciei escritas em inglês durante as conversas de Ellis com Carver.

Blair Witch tenta, por mais difícil que sejam as condições, entregar uma experiência de terror por meio da atmosfera construída logo nos seus primeiros passos. Além disso, tal clima de terror vai se moldando gradativamente ao longo da jornada, deixando de ser apenas um resquício do gênero, até chegar ao ponto em que o ar de suspense toma conta. Mas isso não é o suficiente para satisfazer os entusiastas nesses tipos de jogos, isso porque os desafios não chegam a ser palpáveis e interessantes. Praticamente tudo pode ser resolvido sem o menor esforço, e a presença de Bullet (mesmo que o cachorro tenha vindo para agregar no desenvolvimento da obra) ajuda a tornar as coisas ainda mais fáceis, não há um momento em que precisamos parar para pensar no assunto e explorar os arredores. Fora que, os problemas da IA deram trabalho, a ponto de reiniciar o jogo algumas vezes. Misturado a tudo, a forma como a história foi contada (ao menos a do protagonista) deixa a desejar por não ligar os pontos-chave com clareza. Sendo assim, por tais motivos, não posso recomendá-lo, ao menos não em seu valor total. Sugiro que aguarde uma promoção, 25% a 30% de desconto são valores aceitáveis.

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Análise para curadoria Jogos grátis Brasil
Posted 14 October, 2019. Last edited 14 October, 2019.
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100 people found this review helpful
10.6 hrs on record
Uma das piores e mais curtas experiências com jogos de anime

Os fãs do anime aguardaram ansiosamente pelo lançamento deste jogo, KILL la KILL -IF, com a promessa de ver novamente os rostos da Ryuko e Satsuki. Como esperado, a jogabilidade gira em torno de combates, com dublagens e cutscenes da obra original. Até então tudo parece perfeito, mesmo para entusiastas no ramo de jogos de anime, mas você verá ao longo desta análise que há muito mais pontos negativos do que positivos.

Infelizmente fui alertado para não dar spoilers sobre o enredo, porém posso dizer que o capítulo 1 da saga principal segue como o esperado: Satsuki logo de cara entra em combate, e ela será a protagonista por toda esta saga principal. Há uma história paralela que será outra saga de KILL la KILL -IF, agora com a perspectiva de Ryuko. Ambas as sagas, com 10 capítulos cada, devem render um total de 4 horas de jogatina. Este foi um dos fatores que mais me decepcionaram, o conteúdo principal é extremamente curto. Fora que a campanha da Ryuko é praticamente igual à campanha da Satsuki em termos de inimigos e afins, a única diferença notável são alguns cenários.

Antes de passarmos por qualquer uma das histórias, teremos que fazer o tutorial, e sendo sincero, ele está bem completo. Claro que o papel de todo tutorial é ser completo e tudo mais, contudo alguns ainda deixam a desejar. Aqui aprenderemos a usar e explorar todas as técnicas de combate. KILL la KILL -IF possui uma das maiores variações de combos que já vi em jogos similares, e claro que isso foi um tanto satisfatório pois as lutas não ficavam tão monótonas. A mecânica em si também ficou boa mesmo que já seja explorada em outros jogos, há personagens que precisam atacar de longe para tirar vantagem do oponente. Claro que, para jogos do gênero, recomendo que utilize controles de console.

Além da campanha podemos usufruir de outros modos de jogo como versus, desafio, treinamento e podemos até mesmo re-jogar o tutorial. Contudo há uma carência de personagens, o que já era de se esperar pelo número de protagonistas do próprio anime, nos fazendo enjoar rápido seja qual for o modo de jogo. No modo versus podemos jogar tanto o local quanto o online, em batalhas casuais ou ranqueadas. Sinceramente o modo online foi uma furada total, já que é muito difícil de encontrar outros jogadores disponíveis e aptos a procurar uma partida. O máximo que você conseguiria fazer é convidar um amigo ao lobby e jogar com ele. Por conta disso não pude sequer testá-lo e nem testar a conexão das partidas.

Sobre a parte visual, não há muito o que comentar, são traços do anime por assim dizer, mas creio que eles poderiam ter variado muito mais no número de cenários. Em meio às lutas dá para perceber que o jogo não foi bem polido, mesmo rodando na casa dos 60fps parecia que os oponentes se movimentavam de forma meio travada. Sendo bem franco, os requisitos mínimos que pedem para algo deste porte só mostra como os desenvolvedores não se importavam com otimização, e não chega nem perto de Naruto Storm 4 na questão de quantidade de partículas e qualidade dos efeitos. Durante a jogatina presenciei diversos crashes, tanto na loading screen quanto na tela de escolha de personagens. A soundtrack, pelo que notei, só há duas e ficam intercalando entre o menu do jogo e as lutas.

Chegando ao veredito, não recomendo KILL la KILL -IF. O jogo traz certa emoção, porém é uma experiência muito curta e broxante, que dura cerca de quatro horas se for jogado só o modo campanha. O detalhe nisso tudo é que eles realmente não foram a fundo na implementação, títulos desse gênero precisam de conteúdo para sobreviverem e não se tornarem saturados. Eles não necessitam ter alto nível de exploração e afins, algo na pegada de Saint Seiya: Soldiers' Soul já estaria de bom tamanho. O preço cobrado é absurdo, no nível de triple A, com uma qualidade muito inferior. Aguarde uma promoção, na faixa dos R$39,99 creio que seja mastigável, mesmo para os fãs do anime.

Jogo cedido pela PQube.
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Análise fortalecida através do Curador Magnaway, apoie-nos seguindo-o para futuras análises.
IMPORTANTE: Esta análise pode ser lida no site Magnaway[magnaway.com.br]
Posted 12 September, 2019. Last edited 12 September, 2019.
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