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Posted: 22 Jun, 2018 @ 12:42pm
Updated: 24 Jun, 2018 @ 9:44pm

Bloodstained: Curse of the Moon é um side-scroller de ação e aventura, também a prequel de Bloodstained: Ritual of the Night. Sendo categorizado como um sucessor espiritual dos Castlevanias do NES.

Do mesmo criador do jogo que praticamente criou um novo gênero, Castlevania Symphony of the Night, Bloodstained COTM tem toda a essência de sua inspiração nos clássicos da série e algo mais. Embora baseie-se em um jogo já existente, consegue ter sua identidade própria em meio de tanta semelhança.

Jogabilidade

Assim como já foi mencionado, aos já familiarizados com Castlevania não irão notar nenhuma diferença em termos de jogabilidade (inclusive os malditos knockbacks, o maior responsável de mortes). Um side-scroller de ação e aventura, que mostra como um gênero tão antigo ainda consegue ser bem sólido.

Além do básico de andar em duas direções e ter seu ataque normal, o jogo te permite usar uma "arma secundária", que varia dependendo do personagem que você estiver controlando no momento. Cada arma tem seu efeito único, e também sua utilidade varia do momento, além do próprio dano e consumo de "munição". Tais armas são extremamente úteis contra inimigos estrategicamente posicionados, como também os chefes do jogo.

Por mais que passe despercebido, o maior brilho desse gênero é o seu level design. Embora não possa chamar algo de 'realista', mas seus formatos são totalmente feitos para intensificar os desafios, mesmo sem os malditos knockbacks conhecidos de Castlevania. Inimigos em posições não acessíveis de maneira fácil, com ataques à distância é um excelente exemplo de como faz o jogador aprender a lidar com o terreno que pisa, para assim derrotar o inimigo. Em diversos momentos você tem que lidar não apenas com os oponentes como a área em si.

8 fases cheias de inimigos únicos, caminhos e atalhos que se adequam ao "tipo de jogo" que você está seguindo. Seja um caminho que faz fortes aliados, proporcionando uma variedade maior na jogabilidade, ou solitário e cheio de poderes únicos adquiridos pelos sacrifícios daqueles encontrados em seu caminho. Uma variedade atordoante, para um jogo que inicialmente chama atenção pela sua simplicidade.

História e enredo

Você está no papel de Zangetsu, um homem que recebeu a maldição da lua pelos demônios, que se torna caçador de demônios, e promete a si mesmo que não iria parar até que o último da raça que o amaldiçoou seja eliminado.
Um dia, o corajoso homem sentiu um imenso poder de um demônio, e acompanhado apenas de sua espada, partiu em uma jornada para acabar com a ameaça que havia surgido.

Muito comum de jogos clássicos, a limitação de memória era sempre um problema que deixava extremamente difícil colocar textos em títulos de ação carregada. Geralmente toda a informação vinha de pequenos diálogos rápidos, ou até mesmo contada nos manuais oficiais que acompanhavam os jogos.

Trilha sonora

Uma total viagem ao passado, recheada de nostalgia, mesmo com faixas totalmente originais. Não possuindo nada além de 8-bits, mantendo uma credibilidade não apenas visual como também auditiva. As faixas são bem animadas e embora não são capazes de mudar completamente a atmosfera, são extremamente divertidas de se ouvir, além do enorme prazer que dá sair matando criaturas sombrias ao som de um bom e velho 8-bits.

Visuais

Você estará diante do mais simples gráficos, mas que ainda consegue ter uma forte atmosfera com suas cores chamativas, que se destacam facilmente no próprio cenário.

Cada fase tem sua própria identidade, seja um calabouço ou uma caverna de gelo, com poucos detalhes como a própria cor e breves resquiços no cenário de fundo, você consegue distinguir o lugar que você está, e é um ponto extremamente forte, visando as limitações visuais de um jogo em 8-bits.

Conclusão

Um excelente side-scroller que tem uma forte inspiração em um grande nome do passado, com uma aventura totalmente original. Seu tempo de jogo é curto, mas contando todos os finais possíveis para a trama, é capaz extender essa vida útil facilmente.
Totalmente recomendado para os antigos fãs dos primeiros Castlevanias, e também para pessoas interessadas em uma excelente experiência que remete aos bons e velhos jogos de uma era distante.

• Análise também disponível na curadoria Nave dos Gamers
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