Boas-vindas a mais um Diário de Desenvolvimento de Bloodlines 2 da equipe da The Chinese Room, Membros. Neste diário, queremos dar uma perspectiva das escolhas que tomamos ao construir nossa versão de Seattle (veja o Diário de Desenvolvimento 3 para conferir o que já foi dito sobre a construção de Seattle no Mundo das Trevas). Seattle está no centro do jogo, e você retornará para lá várias vezes entre as tarefas, ou eventualmente durante elas. É o lugar mais humano no jogo, onde você fica vulnerável a ser exposto como vampiro (a quebra da Máscara), o que teria como resultado uma punição imediata e violenta dos vampiros da Camarilla que dominam a cidade. Também é um tipo de playground vampírico, onde você pode se alimentar de humanos para restaurar seus poderes vampíricos ou apenas pela emoção da caçada. Esperamos que este diário dê um gostinho do que você vai vivenciar quando espreitar as ruas e telhados da Cidade Esmeralda.
– Alex Skidmore, Diretor Criativo de Projetos

(Visite a Torre Weaver, uma sede do poder da Camarilla.)

Na construção da movimentação do jogador por Seattle, nós queríamos muito criar uma travessia que interagisse com a Máscara e reforçasse a experiência vampírica. Phyre tem uma movimentação absurda desde o começo, sendo capaz de se mover com velocidade imensa, avançar a toda e planar no ar, além de conseguir se mover mais rápido durante o uso de habilidades de disciplina mais tarde. Porém, fazer qualquer uma dessas coisas nas ruas sem ofuscação é quebra da Máscara na certa.

(O clube Atrium, onde você encontrará a fascinante Ysabella.)

Becos escuros não são só um lugar tranquilo para você se alimentar das presas, eles também são uma rota para os telhados de Seattle. Como lá em cima são menos olhares curiosos, você pode lançar mão de todas as suas habilidades, movendo-se em alta velocidade e saltando de um prédio para o outro. O problema é que os Anarquistas locais não vão ficar muito felizes com uma intrusão no território deles, o que faz dos telhados um lugar perigoso para os mais fracos e não iniciados.

Isso significa que há uma escolha a ser feita a todo momento, entre o perigo para a Máscara e o perigo para você! A ideia por trás desse arranjo é você se ver atraído para os lugares habitados por vampiros. Ao recuperar seus poderes de ancião, você também será capaz de se mover como bem entender. Mal posso esperar para ver o pessoal dominando isso!
– Max Bottomley, Designer de Jogo Sênior

Desde que eu entrei para a equipe de Bloodlines 2, uma das principais responsabilidades que assumi foi dar vida a uma área fundamental do jogo: nossa Seattle.

(No Hotel Glacier você encontra Lou Graham.)

Trabalhando em parceria com a equipe de Ambiente, minha ideia era garantir uma exploração do mundo viva, que reagisse ao que os jogadores fazem. Os jogadores encontrarão uma ampla variedade de pessoas vivendo seu dia a dia (ou noite a noite!). Criamos uma personalidade para a cidade que complementa a ambientação, o clima e a distribuição inigualáveis dela. Dedicamos algum tempo ao estabelecimento de distritos da cidade que favorecem diferentes tipos de PNJs: você pode simplesmente se sentar e observar o mundo à sua volta se mover.

Você nunca sabe o que vai encontrar quando virar a próxima esquina: pode ser um executivo discutindo pelo telefone, uma grafiteira dando sua contribuição à arte local, um ladrão tentando abrir um carro ou, quem sabe, uma trabalhadora sexual cumprindo promessas feitas a um cliente.

(Você pode encontrar gente de todo tipo nas perigosas quebradas de Seattle.)

Enchemos o mundo de personagens que realmente fazem coisas: eles se sentam para descansar, denunciam crimes que presenciaram e assistem à polícia perseguindo criminosos. O mundo gira sem você, dando a sensação de que você está de passagem. Como jogador, você pode interagir ou apenas se sentar e observar!

Trabalhar nessas coisas e construir um mundo crível onde motoqueiros bebem do lado de fora dos bares ou caçam briga com você tem sido um trabalho colossal, mas minha esperança é que todos achem divertido explorar o lugar.

A cidade não se resume a confrontos, ela também é um espaço de explorações e interações com os habitantes de Seattle.

(Encontre a Sra. Thorn ou cruze com Safia no café Wake the Dead.)

Como em várias outras áreas do jogo, grande parte do que queríamos oferecer aos jogadores era escolha, algumas delas advindas das conversas com PNJs e personagens que você encontra pela cidade. Use seus encantos vampíricos para seduzir alguém, buscar os serviços de trabalhadores sexuais ou fazer o gesto oficial dos Brujah com o dedo no meio para motoqueiros brigões.

A primeira vez que você tentar flertar com alguém que oferece serviços sexuais e tiver a porta fechada na cara porque suas escolhas de roupas não causaram uma boa impressão vai abrir seus olhos!
– Gavin Hood, Designer Principal do Jogo

Seattle cumpre um papel importante no nosso jogo, tanto no estabelecimento do tom do jogo quanto na criação de um espaço emocionante e cativante para os jogadores explorarem e descobrirem. Seja o mundo etéreo e vibrante da fotografia de Nick Miller[scotchparlor.com] ou a majestosidade de uma metrópole americana do mundo real, como Seattle, foi muito importante para nós capturar esses momentos e injetá-los de forma única na nossa versão de uma cidade no Mundo das Trevas.

(Nossa Seattle vista do chão.)

Uma das formas como fizemos isso foi focar em deixar Seattle "exagerada", vista pelos olhos de alguém com 300 anos de idade. Exagerar a altura dos prédios, para deixar a maioria intransponível, nos ajudou a fazer isso em termos visuais e viscerais. Diferentemente de um super-herói sobrevoando uma cidade, estamos criando um mundo que força você a fazer parte dele. Seja cruzando becos ou saltando de telhado em telhado, você nunca está acima nem abaixo desse mundo, você está dentro dele. Não existe nada melhor que a sensação de perseguir uma vítima dos beirais ou do precipício de um prédio com uma cidade imensa assomando acima de você.
– Ben Matthews, Diretor de Arte Associado

E aí, queridos Membros? É um prazer trazer para vocês uma prévia da Seattle em que vocês vão cravar os dentes em Bloodlines 2!

Estamos trazendo aquela pegada enérgica, atmosférica e imersiva que fez do Bloodlines original um clássico cult para a nossa versão de Seattle, fazendo com que cada beco, telhado e recôndito pareça realmente pertencer ao Mundo das Trevas. Haverá oportunidade de caçar na Pioneer Square, espreitar o Centro da cidade e explorar nossa versão de Chinatown, tudo em uma ambientação noturna, decadente e coberta de neve que exala neonoir. Dar forma a uma Seattle de forma que combine nossa ambientação com tudo que há de mais novo em termos de tecnologia tem sido uma das partes mais bacanas. A melhor parte para nós, sem dúvida, tem sido criar detalhes escondidos, como ambientes crípticos e pistas narrativas com significado mais profundo, tudo esperando para ser revelado por suas ações.

(Visite o Dutchman para encontrar punks e motoqueiros de todo tipo e, possivelmente, Silky.)

Cada distrito tem um espírito próprio, como a complacência fria do mundo corporativo do setor financeiro ou a pulsação vibrante de Chinatown. Estamos usando a iluminação e as cores para criar o clima e tornar cada área única e imersiva.

Estamos lançando mão de um fluxo híbrido para dar vida à cidade, combinando o Houdini para as construções com kits modulares para fachadas, becos e telhados. Porém, o que mais gostamos, são os dioramas narrativos que criamos em cada bloco. Seja uma dica de história, um toque de conflito ou apenas um aceno para algo mais sombrio sob a superfície, nos empenhamos muito para fazer com que cada canto tenha uma história para contar. Isso nos permite dar a cada bloco um sabor próprio, unindo tudo em uma tapeçaria narrativa maior que, além de ter um visual incrível, pareça viva e repleta de histórias, tudo otimizado para o melhor desempenho.

Mal posso esperar para ver todos os Membros cravarem os dentes nessa nova versão de Seattle. Prepare-se para o abraço da noite!
– Genesis Asis, Artista Principal de Ambiente

No diário de desenvolvimento de hoje, vamos apresentar alguns Membros de fora da Camarilla que você encontrará no jogo. Como você já deve saber, Seattle é uma cidade sob controle da Camarilla, mas isso não significa que Membros de fora dela não cobicem o poder, ou não tenham que lutar para serem deixados em paz. Novamente, temos a escritora Cherish Goldstraw e o diretor de narrativa Ian Thomas descrevendo para você os perfis à medida que eles aparecem no início da nossa história.

Os rebeldes são vampiros que estão fora da Camarilla. O Movimento Anarquista, em suas várias formas, é um subconjunto dos rebeldes e sua expressão mais visível. Muitos buscam fugir ao controle da Camarilla se escondendo. Porém, os apoiadores do Movimento decidiram resistir, tentando tomar e controlar domínios pertencentes àqueles que se proclamavam seus detentores.

O Movimento Anarquista é diferente em cada cidade. Às vezes, uma cidade Anarquista tem um governante, conhecido como Barão. O mais comum é elas serem controladas por gangues, que dominam territórios próprios. Algumas cidades são divididas entre vampiros Anarquistas e da Camarilla, ambos os lados sedentos para tomar o controle.

Os vampiros da Camarilla geralmente influenciam a sociedade mortal de fora, já os Anarquistas buscam se entranhar nela. Muitos mantêm identidades mortais, inclusive famílias e empregos. Isso os deixa, ao mesmo tempo, mais vulneráveis e mais seguros. Vulneráveis porque estão em contato com o mundo à sua volta todas as noites, o que facilita o cometimento de erros. Seguros porque o Anarquista nunca é um vampiro nobre que vive em uma mansão na colina. Ele ou ela é DJ em uma boate, trabalha como policial na corregedoria, vive como noia nas ruas e fica xeretando sua vida da janela.
- Do livro da 5ª edição

Cada vampiro Abraçado tem força diluída em relação ao seu Senhor ou Senhora. Sangues-ralos ganharam esse nome porque seu sangue é considerado muito distante do sangue do progenitor original: Caim. A maioria dos Membros os considera uma fraqueza e uma vergonha; algumas vezes, até mesmo uma ameaça. Sangues-ralos não são considerados como pertencentes a nenhum clã, e sim a escória da sociedade dos Membros.

Muitos veem os sangues-ralos como um risco para a Máscara, devido às ligações íntimas que mantêm com o mundo mortal, o que muitas vezes faz com que sejam automaticamente caçados e destruídos. De tanto serem ignorados e menosprezados, eles se uniram em uma forma de resistência. Seattle é, de certa forma, um refúgio. Nesta cidade, os sangues-fracos não foram totalmente dizimados. Em vez disso, por ordem do Príncipe Campbell, eles são marcados e separados dos verdadeiros vampiros; só assim têm permissão para permanecer.

Muitos encontraram abrigo entre os Anarquistas de Seattle; sobretudo sob o olhar atento de Katsumi, a Brujah que lidera um dos maiores grupos Anarquistas e, devido ao envolvimento com os sangues-ralos, é considerada uma deles.

Cabe a Xerife Phyre, que acaba de assumir o cargo, preservar o delicado equilíbrio entre o pessoal de Katsumi e a Camarilla, além de lidar com o fato de que muitos Anarquistas e sangues-ralos não respeitam ninguém como líder. Seattle é um barril de pólvora e todas as facções estão à espera de uma oportunidade. Algumas são mais impacientes que outras. Se Phyre quiser encontrar Katsumi, ela costuma ficar no bar chamado Hole in the Wall com outros desajustados, leais à sua causa.

Líder Anarquista Brujah
“Pode dizer ao Príncipe que eu estou ocupada. O único sangue aqui é Anarquista. Não tem o que fazer, não é? Eu vou dar um jeito nisso".
Katsumi é uma líder relutante, forçada pelas circunstâncias a responder por um dos maiores grupos de Membros, formado por anarquistas, sangues-ralos e o restante da escória da cidade. Ela preserva uma paz delicada com a Corte, mantendo as demandas e medos de seus seguidores sob controle da melhor forma possível. Você a encontra nas ruas, entre aqueles que mais precisam dela, ou em um dos espaços que ela mantém para evitar problemas para o seu pessoal. Na vida mortal, ela era uma cirurgiã, e embora ainda se empenhe para consertar e restaurar as coisas, hoje em dia a especialidade dela é triagem.

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Brujah Rebelde
"Eu era um merda quando era mortal, mas o Abraço me transformou. Ele mandou todo o meu medo embora, e eu comecei a perceber que a maioria dos cuzões só está assustada. Eu vi alguma coisa no Benny, acho que talvez ele goste de mim..."
Excepcionalmente tranquilo para um Brujah e invulgarmente submisso para um senhor, Max tem um quê de anomalia. Preferindo manter distância tanto da Camarilla quanto dos Anarquistas, o único Membro com quem Max tem interesse em se relacionar é o atemorizante Benny, sua criança e Xerife da Camarilla. Embora muitos senhores proíbam sua progênie de se misturar à Corte sem supervisão, Max parece contente em viver à sombra formidável de Benny. A estranha dinâmica entre os dois deixa muitos Membros desconfiados, mas poucos ousam abrir a boca, por medo de despertar a ira do Xerife.

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Gangrel Rebelde
"Os chupadores de sangue desta cidade vivem em um mundo completamente diferente. Todo mundo vive apostando alto em joguinhos mentais, e eu não consigo nem ganhar no palito no Wagon Wheel. Preciso dar um jeito de ser útil, se quiser sobreviver aqui".
Confiante, arrogante e do tipo que tem poucos amigos, Nix adora a emoção da caçada e luta feito uma fera. No entanto, ela não se mistura com os habitantes da cidade, e Nix tem pouca paciência ou capacidade de navegar nas complexidades da política vampírica. Ninguém sabe por que, do nada, ela apareceu em Seattle, e o mais natural para a Camarilla é suspeitar, mas a possibilidade de ter uma Gangrel em suas rédeas é uma perspectiva tentadora.

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Os anarquistas são a primeira e mais numerosa facção com que você vai se deparar em Bloodlines 2. Embora Katsumi tenha o respeito de uma grande parte dos Anarquistas e Sangues-ralos, nem todos seguem as ordens dela. Muitos se estabeleceram em lugares que você terá que investigar ou estão trabalhando ativamente contra você. Isso significa que, entre os muitos inimigos que você vai enfrentar, os Anarquistas usam o poder que têm contra você. Por isso, eles são uma boa referência para o tipo de ameaça que você encontrará no jogo: gangues de carniçais alvoroçados que se movimentam sem parar, armados com o que cair em suas mãos, e Membros jovens e oportunistas, ingênuos demais para ver o perigo em bater de frente com anciões.

Carniçais são osso duro de roer. Eles aguentam surras mais pesadas que humanos comuns, mas sozinhos, não oferecem muita ameaça. É quando trabalham juntos, alguns surrando, outros estraçalhando você, que eles têm que ser levados a sério. Por isso, evitar problemas é uma abordagem sensata. Os mestres Membros deles são uma ameaça muito mais poderosa: embora não dominem suas disciplinas como outros, eles compensam isso com equipamentos.

Com a temperatura aumentando em Seattle, os Anarquistas passaram a se militarizar e buscar armamentos mais pesados. Porém, no fundo, eles têm mais humanidade que a maioria. Eles hesitam em atirar se houver amigos na linha de fogo, são mais receptivos à manipulação e mais lentos em perceber quem se voltou contra eles; fraquezas que, se aproveitadas, podem ser muito úteis.