Sung jin woo
vitor   Anapolis, Goias, Brazil
 
 
O Eclipse do Amor

No manto da noite, Isabela dançava,
Seus cabelos negros como o véu da morte,
Olhos rubros, estrelas que choravam,
Guardavam segredos de uma cruel sorte.

Uruk, filho do sol, um farol dourado,
Cabelos de ouro, olhos de um céu sereno,
Caminhava nas sombras, sempre encantado,
Por aquela que fazia o escuro ameno.

Ele era a luz, ela a escuridão,
Um paradoxo de dor e desejo profundo,
Onde seus toques eram pura contradição,
E seus suspiros silenciavam o mundo.

"Por que vens a mim, portador da aurora?"
Perguntava Isabela, com voz de tormento.
"Porque mesmo na noite, minha alma implora
Por teu frio abraço, teu doce lamento."

Ela advertia: "A luz não deve ceder,
Pois nas trevas, ela morre e desaparece."
Mas Uruk, cego de amor a perder,
Acreditava que o amor jamais perece.

Juntos dançaram no limiar do abismo,
Onde luz e sombra travavam batalha,
Mas o destino, com seu cruel cinismo,
Fez do amor um tormento que não se agasalha.

Uruk desbotou, seu brilho desfez-se,
Consumido pelo beijo da escuridão,
Isabela chorou, mas cedo perdeu-se,
Pois a luz nunca foi sua real ambição.

Agora, no céu, um eclipse eterno,
Luz e trevas juntos, mas sempre apartados.
Um amor que queimou, ardente e moderno,
Mas que findou em destinos amaldiçoados.
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