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6.8 hrs on record
Como todo o ódio pelo sistema pode se tornar mais uma ferramenta para a manutenção do próprio sistema ?

Mullet Madjack se veste como uma mescla de gêneros, seja na sua estrutura como um boomer shooter em um looping rogue like e sua estética cyberpunk retrô com elementos de uma cultura nipônica. No entanto a obra da HUMMER95 tem em sua alma profundas reflexões e críticas bem ácidas quanto a todo modo de vida no qual se estruturamos hoje.

Me vi em diversos momentos perplexo pelas linhas de diálogo sobre a evolução humana para a espécie ♥♥♥♥ MÍDIAS e sua constante dependência de injeções brutais de dopamina encapsuladas em pequenos stories de alguma rede social, nos diversos impactos que assassinatos em massa de bilionários traz para a manutenção do próprio sistema e o quão todo seu ódio pode ser comercializado.

Tudo isso é feito de uma maneira lúdica, transposta na própria gameplay, exemplo mais nítido disso e no qual eu posso comentar aqui sem dar spoilers é o sistema de dopamina ligado na corrente sanguínea de seu protagonista, no qual a transmitir ao vivo seu massacre recebe quantidades cavalares de dopamina em sua corrente sanguínea e caso ele passe 10 segundos sem matar ninguém, a ausência de likes te leva a morte.

Mullet Madjack não é um jogo para mim, eu efetivamente desgosto do gênero roguelike, no entanto, mesmo comigo as vezes não aguentando mais o jogo, ele me surpreendia com uma mecânica nova, um boss único, uma cutscene deslumbrante ou até mesmo uma piadinha que me fez dar genuínas gargalhadas.

Com o passar do tempo eu comecei achar o jogo meio repetitivo, mesmo com todos os elementos que iam me sendo apresentado, meu desgosto pelo gênero acabava repercutindo em minha cabeça, no entanto o game se encerra em um ponto tão alto, com conclusões tão incríveis, com setpieces tão memoráveis e com uma série de cenas pós créditos tão deslumbrante que fez Mullet Madjack ocupar um espaço especial dentro de meu coração.

Para além de zerar o jogo, ele te apresenta bons argumentos para despertar uma vontade de continuar seu modo de runs infinitas, traz consigo uma expansão gratuita com um crossover com a porra do ULTRAKILL (caaraaalhoooow muito foda) e mais algumas coisas que consegue expandir sua experiência para além de sua campanha que é relativamente curta

Mullet Madjack é um dos jogos que não importa o quanto eu escreva aqui, eu sempre irei sentir que deveria falar um pouco mais, não me sinto capaz de transpor em palavras nada comparado ao sentimento que tive ao completar esse jogo.

Existe muito carinho nesse jogo, muita dedicação, muito amor...
Obrigado ao time da HUMMER95.
Posted 15 February.
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35.0 hrs on record
Quando se analisa Nier: Automata pro critérios individuais, nada chama a atenção. Sua gameplay é básica, seu design de mundo é simples, suas mecânicas são rasas e até mesmo a história demora um certo tempo até se tornar algo realmente bom. No entanto, como pode um game tão medíocre ser tão aclamado ?

Yoko Taro (criador de Nier) explica que sua direção nunca foi voltada para a jogabilidade, gráficos ou estética. Para ele o ponto mais importante para o videogame é a EXPERIÊNCIA.

Nier é simplório em todos os aspectos, mas quando se analisa o game por um todo, tudo se encaixa perfeitamente culminando em uma experiência única e impar.

É surreal como Yoko Taro conseguiu trazer toda a estética de um universo inteiro e uma maneira singular de se contar história com o escopo limitado que ele tinha. Nada está ali por acaso e quando tudo começa a se encaixar você só tem mais e mais vontade de se enfiar de cabeça nesse mundo para tentar entender mais das coisas.

Talvez o jogo não consiga te prender até o ponto onde a EXPERIÊNCIA que tanto Yoko Taro fala seja alcançada, já que você precisa rejogar o game por inteiro várias e várias vezes para ir liberando os finais do jogo. Eu mesmo me senti um gosto amargo ao ter que rejogar pela primeira vez o jogo por inteiro, já que não tenho o costume de ficar insistindo em jogos após zerar ele (sou um péssimo platinador), mesmo que a todo momento Nier Automata esteja me apresentando elementos novos.

Caso você zere o jogo e decida encerrar sua gameplay por aí, os pontos medianos do jogo irão se ressaltar e Nier será apenas um jogo medíocre de mulheres com armas grandes e pouca roupa com uma trilha sonora incrível.

No entanto caso decidir insistir em descobrir o final B, C, D... verá que os elementos medianos não desaparecem, mas se convergem para uma experiência que vai alugar um cantinho especial dentro de seu cérebro no qual vai ficar pensando em cada um dos personagens por meses e meses.


P.s. para o próprio criador do game: Faltou grana pra modelar a roupa de algumas personagens? Coé meu mano Yoko Tarão, se tava tão sem grana assim me pedia um PIX que eu te ajudava po.
Posted 11 February.
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5.5 hrs on record
Sou um grande apreciador de jogos com foco em expressar sua criatividade, carrego comigo as lembranças de uma época onde dedicava milhares de horas em ser um pro builder em minecraft, no entanto jogos de gerenciamento sempre me irritavam pois eu nunca consegui me organizar direito e ver toda minha cidade colapsando por falta de recursos me trazia uma profunda frustração.

SteamWorld Build sem dúvidas é um dos games que mais chegou perto de me satisfazer, no entanto ainda assim me perdeu ao decorrer do tempo.

SteamWorld Build é um game de gerenciamento de bases um tanto quanto light, sem exigir de você um planejamento extremo. O jogo é na sua maior parte do tempo um jogo relaxante e bonitinho, no qual traz elementos de exploração de cavernas e design visual muito interessantes e diferenciados para dentro do gênero.

No entanto sua parte criativa é um tanto limitada no que tange a parte da decoração e liberdade de criação, onde tudo ao longo do tempo vai ser uma grande favela de várias casas empilhadas. Mesmo comigo estando empenhado em contornar essas limitações e me esforçando ao máximo para fazer um lugar bonito, o jogo me perdeu quando eu vi PintoBolas City colapsando por falta de certos recursos nos quais eu não conseguia ter acesso de maneira nenhuma.

Não me entendam mal, SteamWorld Build é incrível, no entanto mesmo com todas suas qualidades, eu não fui capaz de tolerar a parte do gerenciamento.

O jogo ao final se trata de um dos poucos games de administração de recursos e construção de bases que consegue ser em sua maior parte relaxante de se jogar.
Posted 7 February.
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22.2 hrs on record
Battlefield 1 abre mão de uma transgressão da realidade de maneira fidedigna em prol de uma imersão e fluidez fantástica em campo de batalha.

O cenário da primeira guerra mundial por diversas vezes pode limitar a parte criativa por conta das tecnologias da época, Battlefield contorna isso colocando o manuseio das armas sendo algo mais rápido, miras ópticas que não existiam na época, para além de todo sistema de classes e cura que são clássicos da franquia, isso acaba resultando em um jogo mais rápido e dinâmico, no entanto isso de maneira nenhuma tira a imersão que esse jogo é capaz de trazer.

Battlefield 1 é carregado por inteiro por conta de sua direção artística em retratar a guerra como algo assustador, impiedoso e cruel. Seus mapas possuem tanta personalidade que apenas de ver a paleta de cor você já consegue discernir qual mapa você está. O design de áudio desse game é impecável, desde a dublagem fenomenal até o som dos motores dos aviões que passam soltando bombardeios encima de seu esquadrão.

Existem sim problemas crônicos, seja por suas armas serem na maior parte das vezes muito semelhantes entre si (e na maioria das vezes muito ruins); seja por conta de sua decisão das random bullets nas quais coloca desvios aleatórios em todas as balas, oque na maioria das vezes torna frustrante usar a mira; ou até mesmo seus mapas que são muito apertados e transformam o jogo muito semelhante a um COD no qual você só anda, atira, morre e renasce sem nem pensar.

Seu modo campanha é bastante descente, apesar de não ser nada de muito memoravel. Sua história se pauta em acompanhar alguns soldados enfrentando os horrores da primeira grande guerra e em momento nenhum ele cai para o viés armamentista e romantico da guerra, sempre mantendo o pé no chao em mostrar o lado humano, assustador e pesado do conflito.

Infelizmente achar servidores desse jogo é uma tarefa as vezes um tanto complicada, no entanto, quando se é possível achar partidas em servidores latino americanos, Battlefield 1 consegue prover histórias incríveis que serão marcadas por muito tempo em sua mente a cada partida buscada.

P.s: Dirigir veículos colossais que aparecem no mapa (como dirigíveis e trens) para o time que está perdendo é simplesmente fascinante
Posted 7 February.
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0.7 hrs on record
Escapando da cadeia para poder matar Deus.

GUN GODZ é um predecessor da era dos boomer shooters que viriam surgir após a volta do glorioso DOOM.

Sua visão apenas horizontal emula os clássicos como Wolfenstain 3D e os primeiros DOOMs, sua ambientação é diversa e suas armas deliciosas de se usar, cada bala disparada é acompanhada de um som encorpado e efeitos visuais que enchem a tela inteira, dando o sentimento de que cada tiro é uma grande explosão.

Um ponto altíssimo desse curto jogo é a trilha sonora composta pelo também fabuloso Doseone, no qual encaixa perfeitamente com os ambientes tão bem estruturados e o tom satírico e cômico da história e de cada inimigo.

GUN GODZ é uma experiência curta e rústica, um prelúdio de toda a grandiosidade que esse estilo de jogo iria vir a se tornar em um futuro próximo.
Posted 25 January.
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8.0 hrs on record
HROT não tem nada de revolucionario, nada excepcional, não tem nenhuma ideia que seja fora de base ou qualquer coisa semelhante, ele é apenas um boomer shooter, e nessa de apenas ser um boomer shooter, HROT é PERFEITO.

O termo boomer shooter se dá para jogos que fazem menções aos clássicos FPSs da década de 90, no entanto esse termo é meio pejorativo, HROT vem para mostrar que boomer shooters não são apenas jogos que se sustentam em nostalgia, mas sim especulações de um mundo no qual os FPSs evoluíram sem que nunca Half Life ou Call of Duty tenha vindo a existir.

HROT é a síntese do ápice do que o design de um game pode ser.

Desde seu design de mapas, sempre fabuloso; sua progressão pautada em te apresentar cenários, inimigos, armas e setpieces novas a cada novo nível no qual você vai; sua atmosfera SovietPunk e sua gameplay fluída e precisa, tudo isso se combina em um jogo que é simplesmente perfeito.

HROT não tenta reinventar a roda, não tenta te apresentar ideias novas e nem uma história que ira te marcar para o resto de sua vida. Ao invés disso ele se fundamenta nos conceitos que John Romero (criador de DOOM) dizia, o design é a lei, jogos devem acima de tudo serem experiências divertidas de se jogar, HROT é a aplicação prática de tais conceitos.

Único ponto que talvez possa ser razão de crítica seria a curta duração do game, que ao todo deve demorar umas 7 horas para terminar o último capítulo, no entanto tal duração pode ser justificada no escopo enxuto do game e também a sua IMENSA variedade de inimigos, mapas, setpieces e mais uma porrada de coisa.

Sou suspeito para avaliar Boomer Shooter pois se trata de meu gênero de jogo favorito, para além disso, sou um grande apreciador da estética soviética; é sempre complicado achar jogos que explorem essa atmosfera comunista e ainda assim que pertençam a esse gênero que eu tanto amo, portanto, sinto quase como se HROT fosse um game feito para mim.

Por fim, HROT veio a se tornar o meu FPS favorito e vai ser algum outro jogo derrotar ele.
Posted 24 January.
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0.6 hrs on record
Smiling Misery me fez sorrir, me fez chorar, me fez pensar e em sua curta duração foi capaz de me marcar como tão poucos jogos conseguiram.

Tudo nesse jogo é encantador, sua estrutura simples de um clássico romance visual, sua arte impecável e encantadora no qual eu ouso falar que é um dos jogos mais bonitos que eu já vi em toda minha vida, seu texto fabuloso e até mesmo sua dublagem, tudo resulta em uma experiência curta e marcante.

Você entra em um mundo a fim de conhecer as misérias da vida e se apaixona por cada canto no qual você passa; cada personagem apresentado, cada esquina que você visita, absolutamente tudo é incrível.

É possível sentir quase de maneira tátil todo o carinho colocado em Smiling Misery.

Posted 21 January.
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30.3 hrs on record
Need for Speed Unbound finalmente foi um respiro para a série, e talvez também foi o último.

Em meio a tantos títulos nebulosos dentro dos últimos anos, Unbound finalmente consegue se colocar dentro de um estilo próprio, sem tentar ser de tudo, ele apenas tenta ser um NFS e nisso ele acerta de uma maneira competente.

Sua atmosfera urbana consegue passar o estilo underground, agora contemporâneo, com cores, luzes, grafites, sem necessariamente glamorizar as atividades ilegais de uma maneira inocentes como o Heat fazia. Sua customização é o ponto mais alto de toda a frânquia e a progressão se dá de maneira bem orgânica, sendo bem mais desafiadora quando se comparado aos outros NFS.

Isso sem falar do estilo gráfico e de toda direção que a Criterion Games faz, não tendo medo de ser ousada no primeiro título pós falecimento da fantástica Ghost Games.

O mapa não necessariamente é tão marcante quanto o dos antecessores e as perseguições policiais são mais um incômodo do que necessariamente um desafio.

Infelizmente o jogo não conseguiu um bom número de vendas e é muito triste ver que possivelmente a série NFS vai entrar em um longo hiato, logo agora em que Unbound finalmente conseguiu ser um acerto sólido na estrutura e no tom para nortear a franquia.
Posted 21 January.
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64.0 hrs on record (63.9 hrs at review time)
Pode parecer tosco, mas fui receoso por muito tempo para comprar SnowRunner por medo do jogo tirar o foco na lama que seu antecessor tinha e substitui-la em neve, eu não poderia estar mais enganado.

SnowRunner é a evolução de MudRunner, ampliando e evoluindo todos os seus conceitos.

Apesar de ter uma barreira inicial relativamente alta, muito por conta da péssima introdução que o game te faz a todos seus menus, mecânicas e desafios; a partir do momento onde as coisas começam a se encaixar e o jogo finalmente clica com você, SnowRunner se torna uma projeção de uma vida no qual eu sempre sonhei.

A progressão do jogo é fabulosa, a medida no qual os desafios vão ficando cada vez maiores, os mapas cada vez mais hostis e as missões cada vez mais exigentes é correspondente ao seu progresso em equipamentos e maquinários. Com o passar do tempo a poça de lama no qual você passava tanto tempo atolado é substituída por você com caminhões colossais soviéticos atravessando rios inteiros.

SnowRunner é lento, seus veículos são pesados e suas estradas são toda f******, mas é exatamente isso que faz o jogo brilhar. Tão lentidão até mesmo no jeito que a progressão do game desenrola faz o título ser para mim um confort game perfeito, no qual eu sempre poderei abrir no final do dia, colocar um podcast ou uma playlist para tocar e descansar um pouco da correria do dia a dia.

O jogo possuí um método de monetização dentro dele que priva MUUUUUITO conteúdo atrás de passes de batalha, oque ao meu ver é um ponto negativo, ainda mais levando em conta o preço de cada uma dessas expansões, no entanto o jogo base possuí tanto conteúdo e o ritmo de jogo é tão desacelerado que o próprio conteúdo base já é o suficiente para te satisfazer por centenas de horas.

Por fim, eu trocaria tudo para poder viver uma vida tranquila no campo com uma pequena horta de cenouras e uma F1000 azul bebê velha caindo os pedaços em uma região florida e chuvosa onde eu precisaria pegar um atoleiro todos os dias para ir para a cidade vender meus legumes; enquanto não consigo realizar tal sonho, SnowRunner me da um pouco do gostinho de como seria viver essa vida.

Posted 19 January.
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1.0 hrs on record
Fleshbound me cativa, desde o primeiro momento em que o jogo iniciou até o momento em que apareceu "The End" em minha tela.

O jogo nitidamente se propõem a ser um Plataformer 3D com mecânicas de boomer shooter, no entanto Fleshbound vai além, seu estilo artístico único junto com uma narrativa interessante fizeram eu me encantar desde o primeiro momento em que comecei a correr pelos corredores que soavam quase como uma releitura das obras de Ginger.

Existem vários problemas técnicos nos quais em uma primeira jogatina não me atrapalharam em quase nada e eram em sua maior parte das vezes até engraçado, com exceção das constantes quedas de FPS. Tais problemas não diminuíram em nada minha experiencia, no entanto me desincentiva a explorar todo o espectro do jogo que se propõe a fazer speedruns.

Fleshbound é uma experiência incrível e me faz estar ansioso para ver oque mais que o time da Splatterpunk pode fazer.
Posted 17 January.
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