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176.9 hrs em registo (100.8 horas no momento da análise)
"Aquele jogo que toda vez que é lembrado, alguém o reinstala."

Apesar do mundo vampírico estar bem "nas sombras" ultimamente, World of Darkness sempre foi referência nesse assunto, não só puramente na base de RPG's de Mesa que Vampiro: A Máscara representa, mas todos os livros adicionais focados em sua própria lore gigantescamente detalhada.

Vampire: The Masquerade - Bloodlines ou Vampiro: A Máscara - "Linhagens" - é a representação desse mundo sombrio nos jogos, levado a um nível de detalhes e fidelidade, que tanto o faz receber seu próprio "ditado" acima.

História/Campanha:

Convidativa como todo Vampiro: A Máscara, cheia de detalhes e nuances que se encaixam como um luva em RPG's de respeito, tanto que quem é familiar com a série, saiba de uma coisa...A história do jogo é canônica. (Mais precisamente um pouco antes dos acontecimentos do "Time Of Judgment").

- Mas quem não jogou ou ao menos nunca ouviu falar antes de Vampiro: A Máscara, como é o jogo?
- Se você é familiar com Fallout, você tá em casa.

  • Você começa como um vampiro "recém-abraçado" no qual percebe que o "mundo dos vampiros" funciona como uma sociedade secreta, organizada entre diversos grupos de diferentes opiniões e pontos de vista como a Camarilla, os Anarchs, o Sabbat e etc.

  • Sem saber o que são todas essas nomenclaturas, pra que servem ou até porque existem, você começa seu progresso em entender como esse mundo que você caiu de paraquedas funciona.

O jogo é dividido entre 4 mapas, correspondentes aos bairros de Los Angeles...sendo eles: (Santa Monica, Downtown, Hollywood e Chinatown).

Contendo 7 clãs jogáveis, cada clã funciona como uma classe, com habilidades, vantagens e desvantagens únicas, que dependendo das suas escolhas (seja da classe ou da "personalidade" do seu personagem), causam compartamentos, diálogos e caminhos diferentes aos seus objetivos e a história, tendo múltiplos finais que incentivam o seu fator replay.

Aúdio:

A dublagem é impecável, cada personagem parece realmente vivo e próprio, sem ser aquele personagem que só existe necessariamente pra você progredir no jogo, todos tem uma personalidade única, que não só enriquece os diálogos de cada um, mas aumenta a sua curiosidade em saber mais sobre eles também.

A trilha sonora também é muito boa, sejam as "licenciadas" dos bares/clubes e etc, que se encaixam perfeitamente ao ambiente e aos personagens, e a própria OST também, seja na exploração, no "suspense", ou nas batalhas.

Gráfico/Sistema de Batalha:

O jogo é de 2004, sendo o 1º jogo "Não-Valve" a usar a famosa Source, tendo o foco nas expressões faciais da Engine, que se encaixam com a personalidades dos personagens, e realmente são convincentes até hoje.

A ambientação também é muito boa, cada cidade tem uma estética própria, que embora pareça simples é muito bem planejada, fazendo cada lugar ser útil pra alguma coisa, apesar de ser "difícil de se perder", o jogo cumpre em manter a curiosidade ao explorá-lo.

Tanto que um dos cenários do jogo, o Ocean House Hotel é o maior exemplo disso, ganhando prêmios de "Melhor Cenário" na época, e ainda hoje sendo uma aula de imersão e lembrado por isso.

Mas pelo que você leu até agora, você deve estar pensando:

- Se esse jogo é tão bom assim, porque ele não é tão conhecido?
- Calma, bora pros defeitos, e depois o "Drama da Troika".


  • O sistema de batalha remete ao quis dizer de "Lembrar de Fallout", o combate é bem travado, não chega a ser uma piada total, mas é estranho e dá dor de cabeça em certos momentos, o jogo é desbalanceado em questão as habilidades e diferenças de dano/precisão das armas, sejam brancas ou de fogo, mesmo tendo um personagem focado em Melee ou Firearms, dificilmente você termina o jogo com o foco em uma só build por exemplo, principalmente no arco final do jogo.

  • Há uma enorme falta de opções nos gráficos (Sem mudança na qualidade das texturas, Anti-Aliasing e etc), parecendo algo "simples demais" e incompleto, o que acabou sendo no fim das contas.

O Drama da Troika:

Lembra da Source? Então, a versão usada no jogo, era uma ainda em desenvolvimento do HL2 na época (entre 2002/2003), ou seja, uma versão ainda em desenvolvimento...e consequentemente, instável.

Os desenvolvedores/programadores não sabiam muito bem como a Source funcionava, o que causou atrasos e mais problemas no desenvolvimento do jogo, que ocasionou claro...a temida e famosa má-otimização.

Mas a Valve deu tempo a eles trabalharem com isso, já que a única "regra" no contrato da Engine era:

- Não lançar o jogo antes do Half-Life 2.

Basicamente; é muito comum nos dias de hoje, jogos serem cancelados por custos altos e mal-planejamento, desde o Indie ao AAA.

Bloodlines impressiona até hoje por quase não ter sido isso, pois foi um jogo AAA, que "estourou" o Budget da Activision por conta de vários problemas com a equipe e demoras de desenvolvimento, e o que eles fizeram?

Activision obrigou o lançamento ao dia 16 de novembro de 2004, exatamente o mesmo DIA que Half-Life 2 foi lançado, tudo isso pra não quebrar o contrato com a Valve, avisando isso a Troika menos de 3 semanas antes do "lançamento".

Desconhecido na multidão:

Nem preciso dizer que não só recebemos um jogo incompleto, praticamente injogável na época, que parecia mais as "Betas Completas" de hoje em dia, temos ainda o principal, o game não vendeu quase nada.

- Se imagine em 2004, em uma prateleira você vê Half-Life 2, GTA San Andreas, Metal Gear Solid 3, Need for Speed: Underground 2 e esse jogo, qual deles você pegaria? É...pois é.

O jogo teve suporte oficial até o Patch 1.2 (Incluído na versão Steam), porém logo com a falência da Troika meses depois, o jogo foi abandonado, mas felizmente a comunidade salvou esse jogo, e como salvou meu amigo.

Salvo pelo Modding:

Sabe o esforço dos Modders de Skyrim e de GTA's até hoje? Pois é, pega e põe na lista.

Mesmo 14 ANOS depois do lançamento, o jogo ainda recebe updates constantes da comunidade, o famoso Unofficial Patch, que não só corrige bugs, dá suporte a Widescreen e otimiza o jogo à hardwares modernos (Basic Version), há também contéudos adicionais, como mais diálogos/escolhas nas quests, melhoras no gráfico/combate, e dentre outras coisas que não foram colocadas no jogo a tempo (Plus Version).

Sem ele o game é injogável nos hardwares de hoje em dia, e apesar de parecer meio chato você ter que baixar algo "externo" pra sequer abrir o jogo, no fim ele ainda o melhora independente das versões usadas, então não tem porque não instalá-lo.

Preço:

Apesar de R$34,99, em promoções é comum ele ficar entre 50% e 75%, recomendo comprar nesses períodos.

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Finalizando:

Vampire: The Masquerade - Bloodlines é aquele jogo "desconhecido" que no fundo, merecia mais que isso, um jogo que grita potencial, que com um pouco mais de tempo, não seria um RPG agridoce.

Então se você leu até aqui e vai comprar o jogo? Seja bem-vindo: "Fledgling".
Se você já jogou, cumpra o ditado do começo desta análise.

Lembre-se:
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Publicado a 1 de Janeiro de 2019. Última alteração: 12 de Março de 2019.
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21.4 hrs em registo (13.6 horas no momento da análise)
"Hades, você sabe o que é o amor?" - Kido, Saori.

Bom, como posso começar essa análise? Mesmo sendo um tanto quanto jovem para conhecer esse mangá/anime, tive a sorte de assisti-lo em VHS velhos e CD's de familiares que gravaram os 114 episódios da época (Guerra Galáctica, 12 Casas, Asgard e Poseidon).
De longe o anime que mais marcou a minha a vida, me formou como pessoa e me sinto sortudo por ter conhecido mesmo relativamente mais tarde (e claro de jogar essa MARAVILHA).

Saint Seiya: Soldier's Soul ou Cavaleiros do Zodíaco: Alma dos Soldados é nada mais nada menos do que uma homenagem muito bem feita, respeitosa e trabalhada com amor e carinho aos fãs "de carteirinha" da animação (deixando Saint Seiya: The Hades do PS2, que até então era o melhor, "no chinelo")

História/Campanha:

O jogo tráz as 4 eras principais da saga clássica (Batalha das 12 Casas, Asgard, Poseidon e Hades), ela é um banho de nostalgia pra quem não assiste a série a muito tempo, ou lembra de poucos momentos, trazendo a dublagem original da Manchete, totalmente refeita especialmente para o game (Tanto que 2 dubladores da série original, Maralisi Tartarine (Shina de Cobra) e Valter Santos (Camus de Aquário), faleceram alguns anos atrás, tendo que substituí-los por Patricia Scalvi (Segunda dubladora original) e Mauro Castro (Dublador do Camus no filme "Lenda do Santuário" e também dublador brasileiro do Max Payne.)

Como são 4 sagas e um "prequel" da Batalha de Ouro, nem preciso dizer que é extremamente "espremida" e resumida, fazendo com que só fãs entendam a maioria do que é mostrado, ou até mesmo se indagam de algumas cenas não ser mostradas, ignoradas ou puladas (Batalhas com Cavaleiros de Prata no caminho do Santuário ou maioria do Espectros no Inferno de Hades).

Aúdio:

Como falei acima, na dublagem original, você percebe que ela foi trabalhada a dedo em cada parte do jogo, exemplo:

-Caso você enfrente o mesmo personagem que vai estar usando, ele vai perguntar como existe um cópia sua, ou chamar de farsa, ou até mesmo elogiar sua aparência.
-Nos menus, se você mexer em alguma opção, confirmar, sair...TUDO, vai ser falado pelos personagens.

"Marin: Não é pra ficar relaxado, só por que não tô olhando!
Freya: Você vai voltar em breve? Tome cuidado por aí."

(É MUITO F0DA, e também muito fofo :D)

-Caso você tire uma classificação alta, o personagem vai se vangloriar, elogiar-se e etc, caso você não vá nada bem, ele vai se sentir horrível, envergonhado e triste. ;-;


A trilha sonora infelizmente deixa a desejar, não digo que é ruim, muito pelo contrário, mas apenas não vá achando que vai ser um "Prológo do Céu" de emoção ou algo parecido, ela é boa, tanto nas lutas como nos menus.

Gráfico/Sistema de Batalha:

Mesmo o jogo tendo um gráfico levemente ultrapassado para os dias de hoje, principalmente nas questões de explosões e partículas, temos que considerar que pelo seu espaço em disco, (3.3GB em pleno 2016) o gráfico é bastante bonito a maior parte do tempo e muito, mas MUITO bem otimizado, fazendo qualquer PC mais ou menos conseguir 60FPS tranquilo, mas infelizmente não tem muitas opções de customização dos gráficos, caso você seja um fresco em questão a serrilhados por exemplo, o jogo só conta com FXAA, então prepare seu menu da placa de vídeo caso você não aguente ver uma linha fora do lugar.

O sistema de batalha tem um semelhança com Naruto: Ninja Storm e até mesmo o mais recente Dragon Ball: Xenoverse, para os íntimos é uma mão na roda, tudo é ótimo e fluído, realmente dando rapidez e emoção na batalha, principalmente no online, pode parecer complicado de começo, mas ver um tutorial nunca faz mal para aprender os comandos.

Personagens:

MUITA GENTE, PRA CARAMBA, todos com variações de golpes especiais e armaduras (Algumas referentes ao próprio mangá).

Porém, assim como maioria dos jogos japoneses, você deve terminar o jogo, depois se dirige a loja, e compra o que desbloqueou, como Frases de Ajuda (Que é como um bônus nas batalhas), variações de mapas, as próprias músicas do jogo e etc.

Conquistas e Cartas Colecionáveis:

O jogo tem exatas 50 proezas, algumas são bem simples, outras levam um tempo para conseguir, mas nada que um guia da comunidade não ajude. O jogo também conta com sistemas de cartas/insígnia, o que é bom, mas é ruim pelo preço alto delas (Pelo menos atualmente) no mercado. (OBRIGADO GABE!)

Online/Multiplayer:

Infelizmente está praticamente abandonado.
A não ser que você tenha um amigo com o jogo, você dificilmente vai arranjar uma partida, e se achar muito provavelmente uma sala lagada contra um viciado de outro país.

Preço:

Atualmente o jogo está R$160, e claramente não vale esse preço todo, tanto que as pessoas foram enganadas no seu lançamento, com seu preço de R$97 na pré-venda, e simplesmente do nada alavancou para esse custo após o lançamento.
Recomendo que comprem em alguma Sale, ou quem sabe em oferta diária/semanal (Entre 50% ou mais).

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Finalizando:


Cavaleiros dos Zodíaco: Alma dos Soldados é um prato cheio para os fãs, um passo grande a essa saga, que estava quase abandonada no mundo dos games.
História fiel e nostálgica, dublagem original e impecável, é um dos pontos que fazem esse jogo ser merecido de estar pela 1º vez aos PC's.


Jogue com amigos, aproveitem o jogo, e vão adiante,
CAVALEIROS DE ATENA!
Publicado a 20 de Julho de 2016. Última alteração: 21 de Setembro de 2016.
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