Dark Souls 3 se desenrola como uma epopeia trágica em um reino mergulhado na decadência e corrupção. A trama é impregnada de elementos sombrios e misteriosos, onde os jogadores assumem a persona de um Ashen One, destinado a enfrentar as forças sombrias que assolam a terra. A temática "templária" se insinua na busca pela redenção, na luta contra a corrupção que ameaça envolver o reino em trevas eternas.

A maldição, mais do que um fardo físico, transcende para uma esfera espiritual, evocando a eterna luta entre a luz e a sombra. A jornada do protagonista assume a forma de uma peregrinação, uma busca pela purificação e restauração. Os inimigos são como personagens trágicos, encarnando tentações e obstáculos no caminho do Ashen One rumo à redenção.

Jogabilidade:

A jogabilidade, apresenta-se como uma provação sutil, um teste de habilidade e resistência. A abordagem destaca-se na paciência, disciplina e estratégia. Cada movimento é como um ato de uma tragédia, compondo uma dança mortal onde a precisão é a essência. A escolha de armas e armaduras é um equilíbrio, semelhante à preparação para um conflito silencioso, onde a antecipação é a chave para a sobrevivência.

A dificuldade do jogo, como um ápice, é uma jornada de autodisciplina para superar desafios. A morte não é uma derrota, mas uma virada no enredo, um lembrete de que a perseverança é crucial na luta contra as forças das trevas.

Atmosfera e Design:

A atmosfera de Dark Souls 3 evoca uma tragédia silenciosa, permeada por uma sensação de melancolia e desolação. Os ambientes, grandiosos em sua decadência, criam uma aura de ruína e desespero. Os locais são como cenários abandonados, testemunhas de uma grandeza passada agora maculada. Essa decadência destaca a busca por restauração, como uma esperança sutil de trazer luz à escuridão.

Inimigos e chefes, como personagens trágicos, personificam o mal que permeia o mundo. Enfrentá-los é como representar um papel de bravura, uma defesa sutil dos valores nobres contra as forças demoníacas.

Conclusão:

Dark Souls 3, com sua narrativa sutil, jogabilidade desafiadora, pode ser interpretado como uma peça épica em um palco dilacerado. A busca por redenção, a luta contra a corrupção e a perseverança diante da adversidade ressoam como os temas de um drama shakespeariano. O jogador, como um Ashen One, torna-se o protagonista de uma jornada poética para purificar o reino e restaurar a luz.

Eu tenho que parar de ler Shakespeare.