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A característica mais marcante do racismo brasileiro é seu caráter não oficial.
Se a lei conferiu liberdade jurídica aos escravos, estes nunca foram de fato integrados à economia e, sem assistência do Estado, muitos negros caíram em dificuldades após a liberdade.
Assim, desde a "Proclamação da República" (1889), não há referência jurídica a qualquer distinção de raça.
Outro atributo a escamotear o racismo no Brasil fora a ideologia do branqueamento, apoiada pelo governo e por correntes científicas, como a corrente do darwinismo racial e do higienismo. Sendo assim, essa ideologia facilitava a entrada imigrantes europeus e árabes em terras brasileiras.
A mestiçagem, vista como o "clareamento" da população, criou raízes profundas na sociedade brasileira no início do século XX.
Assim, os negros foram abandonando a sua cultura africana, substituída por valores brancos, o que faz das vítimas do racismo o seu próprio carrasco.