Um épico enredo mitológico chinês com: conspirações divinas, vilões com crise existencial, artista de banjo sem cabeça e diálogos que misturam filosofia com "vou te arregaçar, mermão".

Fiquei extremamente perdido nas referências mitológicas mas a trama ainda assim me prendeu. O macaco é talentoso e cheio de marra, os personagens principais falam frases tão profundas que parece sessão de terapia.

Os cenários são muito bem construídos, o map-design é ótimo e facilita pra quem já está acostumado com os mapas scriptados de gênero Soulslike, sempre tem uma arma, objeto raro, ou um item de farm escondido em algum canto que você procurar.

O combate é uma bagunça ajeitada, um pouco diferente das minhas experiências com os Soulslike, o macaco é cheio de poderes malucos, vira formiga, árvore, tigre, rojão humano etc. Toda essa porradaria me faz muito lembrar Dragonball Z.

A trilha sonora é muito boa, coral de monges junto com guitarra elétrica, tambores ancestrais e aqueles vocais que parece que você está invadindo o céu pra resolver umas paradas. As histórias animadas do final de cada capítulo são muito envolventes e te contextualizam sobre a cultura e os deuses míticos da história.

Por fim, Black Myth: Wukong é uma obra de arte do começo ou fim, desde o respeito as origens da lenda, as inovações de gameplay, a dificuldade como aprendizado, todo o destaque da arte que vai além de um elogio visual de "gráfico bonito".

VEREDITO: O GOTY foi roubado, mas leva minha premiação de: "Melhor Jogo Que Fez a Galera Esquecer o GTA 6 por mais de 5 Minutos"