7
Products
reviewed
439
Products
in account

Recent reviews by Proto

Showing 1-7 of 7 entries
8 people found this review helpful
337.8 hrs on record (47.2 hrs at review time)
O universo Fallout (New Vegas).

Falar da franquia Fallout sempre foi algo meio complicado, tanto pelas grandes mudanças ao longo dos jogos da série, como seus desenvolvedores e etc. Mas falar de Fallout: New Vegas? Já é bem menos complexo (até prazeroso, para alguns). Com o cenário do deserto de Mojave, que se estende de Nevada até a Califórnia, pouco mais de 200 anos após a guerra nuclear entre a China e os Estados Unidos, a paisagem é árida, hostil e aparentemente sem vida, tanto pelos efeitos da guerra quanto pela natureza do deserto. Lá, o personagem, um entregador, sobrevive ao levar um tiro na cabeça, após um trabalho que deu errado. Como é de praxe dos jogos Fallout, o jogador pode tomar diversos rumos e, com suas ações, mudar o curso da história de Mojave. Com o passar do tempo, é observado o conflito de três vias entre a Legião, liderada por Caesar, com uma estrutura militarista e escravocrata, similar ao Império Romano, a NCR, uma "nação" com ideais republicanos, leis e um exército voltado para os moldes contemporâneos, uma tentativa de uma volta do que um dia foi os Estados Unidos, sofrendo de problemas de gestão, corrupção, assim como a existência de uma espécie de imperialismo velado, similar a famosa política externa norte-americana durante a Guerra Fria, além de New Vegas, controlada pelo Mr. House, um "self-made man" que controla com mãos de ferro o que restou de Las Vegas, rebatizada como New Vegas, uma relíquia do "Velho Mundo". Além desse conflito principal, também são vistas várias facções que são afetadas por esse cenário, como a Brotherhood of Steel, os Great Khans, os Boomers e etc. Ao longo do avanço do jogador, várias questões importantes, de caráter ético, filosófico e político são levantadas, como a imparcialidade da ciência (ou sua parcialidade), até onde as pessoas podem ir para justificar e manter seus interesses (os fins justificam os meios?), a moralidade, ganância, bondade e maldade frente a um cenário caótico, a reconstrução da sociedade e tantos outros problemas. Nisso, o jogo acerta em demonstrar as diversas possibilidades, ideais e indivíduos possíveis em uma terra de ninguém que em algum momento representou o Sonho Americano, as vezes de forma cômica, em outras, com melancolia e falta de esperança. As DLCs são bastante importantes nesse quesito, dando mais oportunidades e cenários para entender todo esse mundo inserido na Mojave.

Entretanto, o motor (Gamebyro) que roda o jogo já demonstra sua idade, mesmo para 2010, quando foi lançado, resultando em vários bugs, crashes, erros na AI, problemas de FPS, gráficos ultrapassados e etc. Felizmente, com alguns mods, esses problemas podem ser contornados.

8/10

"Patrolling the Mojave almost makes you wish for a nuclear winter."
Posted 5 September, 2021. Last edited 5 September, 2021.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
1 person found this review helpful
9.2 hrs on record
O realismo político em Bioshock Infinite (e em seus antecessores)

Na cidade flutuante de Columbia, o ideal americano de vida está em seu auge, em um explendor inimaginável durante da história do país. Ao menos, é o que aparenta em sua superfície. Em sua profundidade, como em qualquer outro lugar, existem problemas graves que são preferíveis que sejam varridos para debaixo do tapete. A figura de Comstock, messiância, autoritária e carismática revela um traço bastante curioso a respeito de líderes. A utopia construída em sua mente se tornou um pesadelo na prática, onde sua mão de ferro manipula uma população inteira, tanto física quanto psicologicamente. Nesse cenário, Booker DeWitt, um veterano, chega em Columbia muito confuso com a veneração ao seu líder, a aparência inicialmente inofensiva do local e seus habitantes "felizes". Ainda assim, ele tem a missão de resgatar Elizabeth, que passou toda sua vida enclausurada em Columbia. Ao longo de seu percurso, Booker descobre que nem tudo que aparenta ser na cidade, nas pessoas e até na própria realidade é o que diz ser. O regime de Comstock pode ser visto como uma distopia aos moldes de George Orwell, onde até a existência é algo que foi tirado das percepções do indivíduo. A dissidência ideológica em Columbia é vista em primeira mão por Booker, desencadeando uma guerra civil, onde a ideia de que heróis são apenas personagens, e não pessoas reais, é revelada com sutileza e mistério, sendo um alvo até do protagonista, questionando suas ações e divergências com o vilão Comstock.

Bioshock Infinite, assim como os jogos anteriores da série, toca em um ponto sensível a respeito de como o homem estuda a política e seus desdobramentos. Uma invenção humana, onde pode-se criar um "paraíso", assim como um verdadeiro inferno. O último jogo trata isso de uma forma única, introduzindo conceitos quase que sobrenaturais, misteriosos e que se ligam perfeitamente a esse panorama "cinzento" da política. Afinal, o homem não é dotado apenas do que é palpável, mas também de ideias. Conceitos nem sempre respeitam aquilo que o indivíduo sente ou experimenta. E isso é algo que Booker, Elizabeth e outros personagens entendem ao passar do tempo e que fazem o jogo ser um verdadeiro marco narrativo na arte dos videogames.
Posted 18 April, 2021.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
No one has rated this review as helpful yet
34.5 hrs on record (23.2 hrs at review time)
Inicialmente, devo dizer que West of Dead é um jogo com uma ótima proposta, arte extremamente bem feita e uma perfeita atuação de Ron Perlman, mas que sofre de alguns problemas, como uma curva de dificuldade quase absurda, história mais ou menos e alguns bugs que podem quebrar a sua diversão. Por isso, compre com cautela, tenha paciência e resistência com as constantes mortes que irá sofrer durante suas runs. Existe um grande número de armas, itens, "perks", estágios e inimigos, o que lhe manterá entretido, ainda que a frustração pode ser uma constante.

7/10 - Geral

Agora, vamos passar para uma parte do jogo que acabou me chamando muita atenção.


O relativismo moral em West of Dead

O jogo West of Dead se passa no final do século XIX, em Purgatory, Wyoming, nos EUA. O jogador contra o xerife Mason, falecido, mas que resurge dos mortos com a missão de eliminar o Pastor, que o matou anteriormente. Nisso, podemos perceber um ambiente inóspito, cheio de seres corrompidos pela presença do Pastor, onde é tarefa do jogador lidar com eles. Durante as falas do personagem, pode-se perceber algo bastante comum no cenário do Velho Oeste Americano, a linha tênue que separa a justiça da vingança, termos quase idênticos para Mason. Com os flashbacks vistos constantemente sobre a vida do xerife, pode-se observar outras questões, como uma espécie de fanatismo cultural, o pouco valor dado a vida e a selvageria ignorante dos indivíduos presentes em alguns casos. Assim, o jogador combate fogo com fogo, como era próprio do período. O desespero das almas presas em Purgatory é o reflexo de uma época de incertezas, onde a lei que valia era a da arma mais rápida e a justiça era um termo de interpretações paradoxais. Com a direção de arte, existe uma ótima imersão sobre esses aspectos, onde a arma do Plainwalker é uma espécie de luz frente à escuridão, uma recompensa pelos seus esforços de varrer o mal de uma terra perdida.
Posted 11 April, 2021.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
8 people found this review helpful
1 person found this review funny
79.8 hrs on record (43.7 hrs at review time)
Uma grande continuação para um jogo totalmente único. Hotline Miami 2 continua a fórmula consagrada de seu antecessor de não possuir um enredo linear e com total sentido. Nele, o jogador controla vários personagens que possuem ligação com o protagonista do primeiro jogo, Jacket, e suas ações. Se observa a influência do 50 Blessings, o grupo ultra-nacionalista contra a presença de russos nos Estados Unidos, que possui diversas similaridades com o grupo niilista russo retratado no livro "Os Demônios", de Fiodor Dostoiévski. Personagens que acabam afetados pelos massacres de Jacket de diversas formas como Evan, Os Fãs e Richter são vistos pelos seus objetivos, dramas e questões psicológicas enquanto não entendem nem seu entorno nem a si mesmos. Richard se impõe como o personagem de fato mais icônico da franquia, em seus diálogos misteriosos que acabam trazendo muitas dúvidas ao jogador e suas observações pessimistas sobre um futuro inevitável por conta da atitude dos personagens. A história pouco fácil de entender na primeira vista e suas quebras de linearidade com um clímax inesperado, mas que ainda faz sentido, fazem do jogo uma verdadeira obra cult. A ambientação do jogo é perfeita, com uma trilha sonora frenética e viciante, casando com a imagem de Miami do fim dos anos 80 e início da década de 90. Drogas, sangue, irracionalidade e muitas mortes fazem o jogo internalizar até uma possível crítica ao ideal americano tão defendido pelo grupo 50 Blessings. A Workshop do game ainda traz vários mods, histórias e mecânicas novas que ampliam o poder de re-jogabilidade.

Como nem tudo são flores, o jogo apresenta algumas falhas na parte da IA, além de uns poucos problemas na hora do combate, algo que frustra em alguns momentos, mas que não tira o brilho do jogo.

9/10.

"Deixar esse mundo não é tão assustador quanto parece." - Richard
Posted 14 January, 2021. Last edited 16 April, 2021.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
2 people found this review helpful
1 person found this review funny
23.1 hrs on record (8.2 hrs at review time)
Dusk é um jogo que se apoia nos grandes clássicos de FPS dos anos 90. Então, se você gosta de Quake, Doom, Duke Nukem, Half-Life e etc; Você terá uma boa pedida para relembrar aspectos que consolidaram o gênero. Gráficos pixelados, mapas que possuem um aspecto quase gótico similares ao primeiro Quake, uma campanha que tomará boas horas de diversão, uma trilha sonora arrasadora de Andrew Hulshult, casando perfeitamente com os ambientes de tensão, morbidez e ação frenética contra um grupo de fanáticos e suas horrendas hordas. Também conta com uma ampla variedade de armas, bosses e segredos que lhe darão bons motivos para tirar a poeira de suas habilidades de movimentação e reflexos, exploração de mapas e um coração forte para conceber tamanha perfeição, fiéis aos clássicos.

Como gostos variam, esse pode não ser o tipo de jogo para quem busca uma jogabilidade mais lenta, baseada em covers, cutscenes, mais típica dos jogos atuais. Entretanto, como dito acima, tem uma pegada mais oldschool, satisfazendo perfeitamente os jogadores da velha guarda.
Posted 20 December, 2020.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
No one has rated this review as helpful yet
5.4 hrs on record
Uma história bem construída e que prende bem o jogador. A jogabilidade se encaixa bem com a temática e os tons do jogo. Pode ser considerado simples, mas com uma profundidade extraordinária.
Posted 17 November, 2019.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
1 person found this review helpful
360.1 hrs on record (49.9 hrs at review time)
CS:GO Review
Um jogo que despensa apresentações, o CSGO continua a franquia sem renegar aos jogos anteriores com grande maestria. 10/10
Posted 9 January, 2016.
Was this review helpful? Yes No Funny Award
Showing 1-7 of 7 entries