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Conheci este gajo no hospital assim como o Ceatra. Eramos todos companheiros de quarto. Nunca aprendi grande coisa com eles visto que são uns burros do caralho. Nos intervalos da quimioterapia que fizemos para recuperar do nosso cancro eles tentaram ensinar-me a arrotar de propósito, a mandar piropos às enfermeiras e ainda me tentaram convencer que levar no cu só custava à primeria. Hoje este gajo ainda me deve 75 cêntimos e o Ceará 30 cêntimos que lhes emprestei para comprar fraldas de incontinência. O meu único arrependimento dos tempos hospitalares é não ter trocado de companheiros de quarto, estes gajos só se peidavam, queriam sempre ver o Goucha e estavam sempre a pedir para lhe porem o termómetro no cu. Os outros pacientes já não os podiam ver à frente e odiavam estes dois rabetas. Mas enfim, são águas passadas...