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Baseada no clássico do terror de John Carpenter, "The Thing" traz para o mundo do pinball toda a paranoia, tensão e horror do filme de 1982. O design da mesa captura perfeitamente a atmosfera gelada e claustrofóbica da Estação 31, com uma trilha sonora que cria bem o clima de suspense. As missões principais são um destaque, recriando momentos emblemáticos da obra, como a revelação do impostor através dos testes de sangue e o confronto com o Dog-Thing.

A jogabilidade, no entanto, não é para os fracos. A mesa exige precisão cirúrgica em quase todos os movimentos. Rampas estreitas e trajetórias traiçoeiras para o centro da mesa tornam cada erro potencialmente fatal. O mini-game baseado na cena do teste de sangue é criativo, mas sua ativação é tão difícil que parece um desafio extra apenas para acessá-lo. Para quem gosta de uma boa dose de desafio e está disposto a se adaptar à dificuldade, o layout da mesa é recompensador e garante momentos intensos. Mas fica o aviso: essa é uma máquina para veteranos, não para quem está dando os primeiros passos no universo do pinball.

No geral, "The Thing" é uma experiência imersiva e única no catálogo da Zen Studios. Ela não só presta um tributo digno a um dos maiores filmes de terror de todos os tempos como também oferece gameplay complexo e memorável. É, sem dúvidas, uma mesa marcante, mas que testa os limites de paciência e habilidade do jogador. Se você gosta de uma boa dose de suspense e desafio, essa máquina pode ser a escolha perfeita para se perder – ou se encontrar – na Estação 31.

Se você é fã de Dead by Daylight, essa mesa vai te transportar direto para aquele clima, só que com flippers e multiballs. Aqui, você pode escolher ser o Trapper, com direito a missões como caçar sobreviventes e ativar o Hook Multiball, ou assumir o papel de um dos quatro sobreviventes, cada um com habilidades diferentes, mas que, honestamente, não mudam tanto assim a experiência. O visual é um pouco monótono, com uma paleta de cores sombria que combina com o tema, mas não impressiona. Por outro lado, as referências ao jogo original e os efeitos sonoros são um prato cheio para os fãs, recriando momentos de tensão como os "Skill Checks" e a perseguição.

A jogabilidade é sólida, com mecânicas que capturam bem o espírito de Dead by Daylight. Apesar de o layout da mesa não ser dos mais chamativos, as missões oferecem um bom desafio e um toque de estratégia, especialmente quando você alterna entre os modos Killer e Survivor. Para quem é pinballista de carteirinha, pode não ser uma mesa que entra no hall das melhores, mas é uma experiência única e cheia de personalidade. Já para quem vive fugindo de ganchos e reparando geradores, vale cada centavo — só não espere escapar facilmente, porque aqui, assim como no jogo original, o Trapper sempre tem um plano.

Juntando um público tão nichado quanto o de pinball, a Zen Studios lança em parceria com a empresa Asmodee esse pack que nos traz três mesas baseadas em jogos de tabuleiro e cartas de sucesso da empresa. Vou falar um pouco sobre cada uma...


Um jogo de cartas onde o objetivo é explodir gatos? Curioso para dizer o mínimo... Em termos de pinball é uma máquina com dificuldade média pra fácil que com um pouco de entendimento das regras fica muito boa de jogar. Gosto do layout, apesar de não ser super simples. É preciso um pouco de mira para acertar certos locais. O estilo pode agradar crianças, ainda que não seja muito acessível para elas. Boa máquina, apesar de soar genérica nas músicas, efeitos sonoros e na temática.


Baseado em um jogo de tabuleiro que na presente data custa por volta de 400 reais, em Terraforming Mars a pessoa precisa gerenciar recursos para tornar Marte um local habitável. No pinball o gameplay é algo mais tradicional. Vença as missões, ative o modo Wizard e no caminho acione multiballs e outras missões secundárias. Não sei se foi essa a intenção, mas essa máquina parece uma continuação da mesa Mars, o que é um bom sinal. O layout é bem direto e no geral o que é necessário fazer é bem sinalizado. Não é uma mesa fácil. O ângulo do campo de jogo foi feito de uma forma que a bola “flutua” demais. Há trajetórias que não tem como salvar a bola e isso ocorre com uma boa frequência. Mesmo sem ser simples diverte bastante, principalmente nos multiballs. Os efeitos gráficos e sons são bem interessantes e criam a atmosfera certa para a temática.


E como em todos os packs vamos para o patinho feio do conjunto. Pelo que vi é um jogo de tabuleiro tático muito aclamado e tentaram transportar isso para o pinball. Realmente não me pegou. Impossível jogar isso sem ler a regras. Vencer os modos é bem chatinho e o design da mesa não é dos mais agradáveis. O campo de jogo é meio apertado. É preciso parar a bola sempre e mirar em pontos específicos que muda de acordo com o modo ou a estratégia que você vai “tentar” seguir. Nesse aspecto de pinball RPG prefiro Skyrim em todos os aspectos incluindo os visuais, som e design.

É um DLC que vale a pena na promoção principalmente por conta das duas primeiras mesas. Não tem nada imperdível aqui e optaria por outros packs dependendo do desconto e do que você já tem do jogo.

Em mais uma colaboração inesperada a Zen Studios lança uma mesa baseada em uma comédia cult dos anos 80 que ninguém pediu ou esperava, mas é muito bem-vinda!

Sei que o filme se tornou um meme, entretanto não tenho memória do material original e o pouco que vi são cenas por conta das piadas. Vou me limitar a questão da máquina em si... É uma boa mesa! A arte remete a um estilo antigo e poderia ser facilmente de uma mesa de verdade. Muito acertada na minha opinião. O layout é bem intuitivo e quase sempre fácil de entender o que se deve fazer. A dificuldade é bem balanceada, muito gostosa de jogar. É uma máquina legal para a galera dos anos 80, mesmo que não tenha apreço ao filme no qual se baseia. Se você gosta de opções mais “realistas” ela pode suprir a sua necessidade.

De maneira inesperada a Zen Studios nos traz uma parceria inusitada e muito bem-vinda! O primeiro Goat Simulator foi lançado em 2014 de uma forma bastante despretensiosa. No controle de uma cabra o jogador precisa tocar o terror em uma cidade destruindo o máximo de coisas possível... O jogo é só isso na prática! Por conta da física e da proposta o game virou um meme se tornando um sucesso e rendendo algumas continuações.

Essa mesa é baseada na terceira versão do jogo e de maneira nenhuma é necessário ter jogado ou conhecer o game para curtir. O layout e o estilo do campo de jogo foi feito para manter a bola em movimento sem ter muito de mirar ou parar a bola constantemente para acertar pontos específicos. Vários modos podem funcionar simultaneamente tornado a jogatina um caos do mesmo modo que a franquia original. A arte é uma das mais bonitas de todas as mesas do Pinball FX e parece ser inspirada em máquinas reais.

Uma ótima opção para iniciantes e para quem só quer jogar uma mesa sem grande preocupação de entender regras e estratégias complexas.

Balls of Steel é um jogo de pinball com gráficos "pseudo 3d" (na verdade 2d com gráficos pré-renderizados em 3d). O game foi lançado no mítico ano de 1997. Naquela época as empresas Williams e Bally chegam ao seu auge e lançam respectivamente as máquinas físicas Medieval Madness e Circus Voltaire. Depois disso o gênero entra em declínio e nos leva a situação que estamos hoje com apenas a Stern e outras empresas pequenas ainda investindo na construção de máquinas de pinball. Porém, naquele mesmo período, o pinball começou a ganhar força no meio digital e iniciou o processo que nós vemos hoje.

Em 98 se você queria um jogo de pinball descompromissado e com coisas impossíveis de se fazer em uma máquina de verdade a opção era Balls of Steel. Se a sua preferência fosse jogar algo mais pé no chão e voltado à simulação o seu jogo era Pro Pinball: Timeshock. Na prática esses dois jogos fomentaram o conceito de desenvolver uma engine de pinball única e aplicá-la em inúmeras mesas.

A física de BoS foi muito bem aceita na época e a desenvolvedora do jogo (Wildfire Studios) continuou a produzir mesas que foram lançadas tanto para PC quanto PS1. Naquele tempo não existia DLCs então cada conjunto de mesas formavam um jogo novo, mas com a mesma física que todos gostavam construída em BoS. Basicamente esse jogo é o pai do Pinball FX.

Alguns anos atrás o jogo original estava disponível na Steam embutido com um “mod” feito por fã que deixava a aplicação compatível com os sistemas atuais. Ainda tenho essa versão na biblioteca e funciona até hoje no Windows 11. Não tem placares online, nem compatibilidade com joystick, mas usando as opções do Steam você pode mapear os botões do teclado e funciona muito bem com controles.

Estava esperançoso quando vi esse relançamento, entretanto foi tudo feito de qualquer jeito e não tem como defender... Do original foi retirada a mesa Duke Nukem, o que eu entendo considerando os direitos atuais e a versão para o Pinball FX, e adicionado Devil´s Island (que deveria fazer parte do jogo original, só que foi vendido separadamente depois na época) e mais duas mesas baseadas em franquias da Atari (Centipede e Missile Command).

Sendo um remaster o mínimo que esperava era uma compatibilidade com controles decente e placares online. Apenas isso valeria muito a compra mesmo com a ausência da máquina de Duke Nukem. Porém, a compatibilidade com controles é toda cagada (é necessário teclado para algumas funções e o botão de “launch” também aciona os flippers, o que deixa alguns “Vídeo Mode” injogáveis) e não tem nem como consultar os placares locais sem a mesa estar rodando (o que até o jogo original fazia).

Devil’s Island é um excelente bônus, entretanto só ela possui um bug que deixa a visão “scrolling” com a imagem esticada e horrível. Injogável pra mim desse jeito. As duas novas adições não possuem o modo de visão “scrolling”. São mesas que usam a física clássica de BoS, bem competentes até, sendo um pouco mais simplistas que as clássicas em termos de regras e recursos.

Caso lancem uma atualização corrigindo esses detalhes eu refaço este review. No estado atual, tendo a versão anterior, não compre. Se você tem nostalgia dessas mesas pegue, mas sabendo dessas questões.

Máquina baseada no longa lançado em 2013 dirigido por Guillermo del Toro. O filme mostra robôs gigantes lutando contra monstros para salvar a terra. É só isso que você precisa saber sobre a película e essa mesa também é bem direta em termos de pinball.

A jogabilidade é basicamente acertar rampas. As missões são bem simples de entender e sem grandes inovações. O layout da mesa é um dos mais simplistas feitos pela Zen Studios. Facilmente poderia ser uma mesa real com pouquíssimas modificações. Se você gosta de opções mais realistas pode ser uma boa pedida.

Porém, o ponto negativo que destaco é a dublagem e as músicas. O filme original foi muito aclamado na época por conta da sua trilha sonora épica. Na minha visão faz muita falta e acrescentaria consideravelmente a mesa em termos de ritmo e empolgação. A voz robótica colocada para não ficar “refém” dos diálogos dos atores soa genérico aqui. O mesmo ocorreu recentemente na mesa Star Trek Discovery e não fica legal. Eu sei que há a questão de custos de licenciamento (música é uma das coisas mais caras em filmes, séries e jogos), mas aí você pega a mesa Mandalorian e Star Trek Kelvin Timeline e percebe que a música é tudo nessas máquinas. Esse é o tipo de situação que eu pagaria mais para poder ter acesso a esse conteúdo.

Ainda assim, a mesa vale a compra e recomendo para quem não quer passar mal nos pinball extremamente difíceis.

Aproveitando mais uma vez sua parceria com a Universal, a Zen Studios lança este DLC com três mesas baseadas em séries de TV clássicas. É um dos melhores packs lançados para o jogo! Algumas franquias são conhecidas dos brasileiros e outras são mais de nicho. Aqui está minha opinião sobre cada uma:


Essa série spin-off de Hércules passava no SBT nos anos 90/00. Entre as mesas do conjunto, esta é a que eu mais conhecia. Provavelmente, é a máquina mais “difícil” do grupo, mas ainda assim acessível, sem ser extremamente frustrante. As missões são ativadas acertando diversas rampas um determinado número de vezes. Muitas dessas missões são “batalhas” para acertar alvos fixos e móveis. A dublagem (em inglês) não é feita pelos atores da série, mas cumpre seu papel. É uma boa mesa para quem gosta da temática medieval fantasiosa, mesmo sem conhecer o material original.


Acho que assisti apenas dois ou três episódios esporádicos pela TV por assinatura há muito tempo. Não tenho muita familiaridade com a série, mas, mesmo assim, é uma boa mesa para quem curte o estilo espacial. As missões são ativadas acertando rampas e certos pontos da mesa. É possível acionar quase tudo de maneira orgânica, apenas tentando manter a bola viva. Também é uma máquina acessível para iniciantes. Oferece um bom desafio sem grandes frustrações com trajetórias de bola que fazem a pessoa apenas assistir à perda da mesma sem poder fazer nada.


E aqui temos a cereja do bolo. Sempre ouvi falar da série "A Super Máquina", já tinha visto diversas cenas e tenho um conhecimento superficial da série. No entanto, nada disso importa para curtir este pinball. É um dos grandes acertos das mesas produzidas pela Zen Studios, entrando para o hall das melhores do jogo. A máquina possui uma “vibe” de mesas de pinball oitentistas no layout e no design. Ela é relativamente simples de entender, e tudo o que precisa ser acertado é bem claro quando fica piscando. As missões são muito divertidas e inventivas. O campo de jogo se adapta dinamicamente a cada situação. Destaque para o modo em que o carro assume o controle dos flippers e a máquina joga sozinha por alguns segundos! É a melhor opção deste pack e vale a compra por conta disso.

Sim, esse "football" no nome é o que parece. Essa mesa é baseada no nosso amado futebol. Tudo que acontece em um jogo real foi claramente representado; gols, pênalti, impedimento, cobrança de falta, escanteio, cartões e etc. Sempre que a pessoa inicia a mesa começa uma nova partida. Cada sete partidas passadas por completo, uma temporada é encerrada. Elas não precisam ser contínuas. Se a pessoa perder todas as bolas na terceira partida do campeonato, por exemplo, quando iniciar o jogo novamente estará nessa partida.

Uma partida é completada quando o jogador conseguiu manter a bola correndo por dois tempos de 45 minutos (que na verdade é algo por volta de 5 minutos no tempo real) mais o modo multiball do intervalo. O objetivo primário, como em qualquer jogo de futebol, é marcar gols e vencer a partida. São nos gols que estão a maior parte dos pontos. O time adversário também pode marcar gols e eventualmente você precisará se defender. Para manter a posse de bola é preciso acertar rampas e certas entradas continuamente. Em algum momento o acesso para o campo superior será liberado, onde fica a trave propriamente dita. É nessa hora que está o acontecimento mais legal da mesa: marcar o gol. Logo após o gol começa um multiball (se você guardou, pelo menos, uma bola em três pontos específicos, muitas vezes se faz isso sem querer). Nesse modo é possível ainda acertar vários gols de "comemoração" e fazer milhões de pontos seguidos.

A narração (em inglês) é muito boa e vai dando dicas do que pode acontecer (como, por exemplo, está perdendo a posse de bola para o adversário). No mais é uma mesa extremamente divertida e faz você gostar de pinball se não estiver acostumado com o gênero. Excelente pedida para iniciantes!

Este DLC libera funções extras que são fundamentais para o jogo como customização de luzes, ambientação, tamanho dos flippers, bola e etc. Não traz nenhuma mesa. Ela adiciona mais opções para qualquer máquina que você já tenha.

Não vale apena ser adquirida fora de packs. Junto com outros DLCs o valor sai muito mais em conta.