Recent reviews by PPicoli

Penso que é uma pena esse ser o último Assassin’s Creed com essa engine que gosto tanto (tiveram apenas dois games). O parkour, combate e gráficos seguem sendo muito parecidos com o seu anterior (Unity), o que é uma boa coisa, visto que são excelentes.
Realmente nos sentimos heróis salvando os cidadãos (incluindo criancinhas) das fábricas em condições análogas à escravidão. O artefato do Éden desse Assassin’s é inovador na franquia e eu gostei de sua introdução e de sua lore própria.

Esse é meu segundo Assassin favorito (ficando atrás apenas do II), e não é à toa. Ele possui uma história excelente, com muitos elementos que a tornam memorável e com um final bem satisfatório e profundo. Aqui voltamos a ter uma verdadeira iniciação oficial na ordem (algo que não se via desde o II).
As personalidades históricas que você conhece, a vivência exata de eventos que aconteceram, as vastas multidões e o sentimento real de revolução e mudança nos ares são nítidos.
Esse Assassins não pode ser pulado e muito menos definido pelos erros em seu passado. Hoje em dia, o jogo é sensacional.

A história desse AC é muito boa, realmente fiquei surpreendido, inclusive com a coragem da proposta desse game, algo que destoa completamente do restante da franquia, mas que ainda assim mantém as origens e o estilo-guia característico.
A trilha sonora é excelente. Fazia alguns Assassins que não se ouvia uma trilha tão boa, e ainda tivemos um rework na fantástica música símbolo do AC2.
Gostei muito do jogo, porém penso que a fórmula dos navios e batalhas já ficou cansativa, tanto que, no próximo AC, essa dinâmica já foi alterada.

Após zerar seu antecessor Black Flag, fui direto jogar este que, de maneira muito semelhante ao outro spin-off (Liberation), possui uma otimização mais que péssima, sendo o principal problema o stuttering, que impacta completamente a jogabilidade a ponto de me desanimar e fazer com que eu o deixasse de lado.
Após ver um vídeo sobre a história, achei-a bem básica e com pouco arco, além de ser extremamente curta e sem grandes plots. Ao menos descobrimos rasamente o fim que levaram certas coisas.

Aqui temos uma melhora imensa comparado ao Assassin’s Creed III. Tudo flui muito bem, e o ponto alto fica para a jogabilidade.
Em termos de gameplay, é o melhor da franquia, o mais divertido até agora (I–IV). Você realmente se sente como um pirata, com um mapa imenso para explorar e a mecânica incrível dos combates navais.
Em história, não chega a ser uma obra-prima, mas ainda assim pode ser considerada boa, com muitas traições (bem no estilo Assassin’s). No entanto, me parece que foi aqui que a “essência” dos assassinos começou a ser deixada de lado, com Edward não sendo um Assassino raiz, por assim dizer (sem iniciação, etc...).
Tem uma boa trilha sonora, principalmente os cânticos navais.

Devo dizer que foi uma experiência estressante tentar fazer o Liberation funcionar.
Os problemas começaram com o jogo crashando ao iniciar. Após pesquisar um pouco, descobri que existem seis possíveis problemas aleatórios que podem ocasionar isso. No meu caso, precisei desativar o NVIDIA Overlay. Tenho um monitor ultrawide, e o jogo, diferentemente de seu antecessor, não tem suporte nenhum para ele, nem em cutscenes, nem em gameplay.
Para completar, o controle DualSense não funciona, não importa o que eu faça, mesmo usando DSX com perfis de emulação X360, PS3, nativo ou qualquer outra configuração. Essa foi a gota d’água para me fazer abandonar as tentativas de fazê-lo funcionar.
Nos jogos anteriores da franquia, em alguns casos houve problemas, mas era fácil resolvê-los com mods da comunidade ou com configurações externas, não foi o caso desse.
Já que estou zerando todos em ordem, precisei assistir à história pelo YouTube (por se tratar de um spin-off, a minha falta de jogatina não interfere na cânone do jogo principal).
Achei a história de Aveline com um teor semelhante ao de Connor, já que ele era um indígena e ela, uma escravizada. Gostei, mas é rasa e facilmente pulável.

É bom mencionar que, antes de iniciá-lo, vim de uma sequência direta dos jogos anteriores dele (obras-primas), e tive uma longa pausa durante sua jogatina, logo, ao jogar, mantive opiniões realmente mistas.
Notei uma trilha sonora muito boa, um grande protagonista com história profunda (embora pouco carismático) e penso que ele tem o melhor início (com uma grande reviravolta) de todos os jogos da franquia (dos que joguei até agora ao menos).
No entanto, não me adaptei ao combate e à nova jogabilidade, achei a história bem mais fraca que os anteriores (mesmo fora do Animus) e os gráficos, em certos momentos, pareciam incríveis, mas em outros extremamente feios.
Percebi também menos armas, granadas e principalmente a falta da guilda.

Em níveis técnicos o jogo inova de maneira absurda de seu antecessor, entretanto, possui bugs na mesma proporção e de variados tipos. No geral, traz várias mecânicas novas, veículos novos e uma sensação de inovação.

Em níveis de narrativa, começa muito bem, no meio fica razoável, e no final fica ruim (com um desfecho que particularmente não me agradou, mas também não achei de todo ruim).

Vale a pena dar uma chance, mas recomendo jogar sem grandes pretensões e para fins de entretenimento com uma leve narrativa.

Life is Strange: Before the Storm segue com a mesma intensidade e complexidade emocional do primeiro jogo, mergulhando o jogador em uma verdadeira experiência imersiva altamente sentimental, fazendo você desejar entrar naquele mundo para aconselhar personagens.
No entanto, esse remaster sofreu com fortes problemas técnicos, dentre os quais se destacam legendas congeladas, áudio mutado em certos diálogos e problemas de textura (onde surgia um orbe imenso de luz em certos momentos na tela).
Ainda, esses problemas não ofuscam a magnânima potência dessa obra, com grandes trilhas inesquecíveis, momentos épicos e grande direção de arte. É incrível como Life is Strange: Before the Storm consegue mencionar e lidar com vários assuntos sérios e pesados de maneira completamente respeitável. Definitivamente, um jogo louvável e digno de estar no panteão dos games.

Quando eu era criança, tentei jogar Life is Strange três ou quatro vezes. Sempre parava em um algum ponto inicial, sem avançar muito, incomodado com o ritmo mais lento. Era jovem demais para entender... Mal sabia eu que, ao deixá-lo de lado, estava fazendo a escolha certa. Rejoguei recentemente e, desta vez, fui até o fim. Consegui, enfim, compreender a história por completo e absorver toda a profundidade emocional que o jogo carrega. Hoje, sou grato por não o ter jogado naquela época. Eu não teria a maturidade necessária para entender o que ele realmente oferece.

Tecnicamente, a versão Remastered é boa, rodei com muitos FPS e sem travamentos. Ainda assim, há certa falta de polimento. O bug mais recorrente foi relacionado a portas: às vezes, ao apertar para sair, o personagem entrava, e vice-versa. Também houve alguns desaparecimentos de personagens, possivelmente por eu estar jogando em ultrawide.Vale destacar que nada disso comprometeu a experiência.

Já joguei muitos jogos com histórias incríveis, mas poucos chegam perto deste. O enredo é digno de grandes romances e dos melhores filmes, com personagens bem desenvolvidos, emoções genuínas e temas profundos. É, sem dúvida, uma das melhores histórias que já vi em qualquer mídia. A trilha sonora também não fica para trás, é perfeita, extremamente tocante e, diferente de grandes jogos AAA que tem grandes trilhas com tom triste, essa possui um tom alegre e feliz, que coloca o jogador para cima.

Eu definitivamente não sou a mesma pessoa que iniciou o game.
Life is Strange é um daqueles jogos que mudam vidas.