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2
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0.0 tuntia kahden viime viikon aikana / yhteensä 7.9 tuntia
Julkaistu: 16.7.2020 klo 17.35
Muutettu 16.7.2020 klo 20.48.

Do que se trata
Você encarna Senua, uma guerreira celta que sofre de psicose severa e teve sua vila destruída por uma invasão viking que acaba matando brutalmente seu marido. Ela então parte para o inferno nórdico, Helheim, em busca de salvar a alma de seu amado.

O jogo consiste em misturar momentos de walking simulator, puzzles que utilizam da visão e perspectiva para solução dos problemas e os momentos de combate, em uma versão semelhante, porém simplificada, do que acontece em jogos como Dark Soul. Tudo isso com a um nível de imersão que é visto raramente em jogos.

Contribuição do trabalho de áudio
Para mim a ferramenta que mais contribui na construção da atmosfera de Hellblade é o trabalho de áudio, que é simplesmente impressionante. A dublagem, mapeamento de áudio e trilha sonora consegue criar um clima de terror muito imersivo, ainda mais quando se joga na pele de uma personagem que sofre de psicose, o que traz toda uma nova camada para o terror psicológico do jogo.

Senua vive no limiar da realidade, a todo momento ela escuta múltiplas vozes em sua cabeça e presencia alucinações visuais com frequência. Algumas dessas vozes te apoiam, outras te desencorajam, outras de tão dicas de como prosseguir e ainda há aquelas que mentem para você. Às vezes tudo acontecendo ao mesmo tempo. Esse turbilhão de pensamentos e personalidades dentro da mente da protagonista realmente te faz perder a capacidade de separar o que é realidade do que são alucinações e consegue te colocar dentro da cabeça de um portador de psicose; ainda mais quando se joga com um bom fone de ouvido, o que torna esse jogo uma experiência completamente diferente.

Também é muito interessante a forma como essas vozes atuam durante o combate, avisando quando tem algum inimigo atrás de você e quando ele está prestes a atacar, te indicando a desviar. Além de fazer sentido com a proposta do jogo, elas te ajudam bastante, já que a câmera de combate é meio limitada quando se batalha contra múltiplos inimigos.

Aspectos técnicos e mitologia
Graficamente o jogo é muito bonito de se jogar, a direção de arte consegue criar cenários incríveis, que vão de corredores grotescos com braços saindo das paredes, até praias de cair o queixo. Também vale citar o ótimo trabalho nas expressões faciais da protagonista, que é muito bem interpretada por uma atriz em seu primeiro trabalho, mas que realmente conseguem passar as sensações para o jogador. A trilha sonora também não deixa a desejar em nada, não chega a chamar muito a atenção, mas contribui extremamente bem para a construção da atmosfera.

Um ponto que não me agradou é a forma como Hellblade constrói e insere a mitologia nórdica na história, que é de forma nem um pouco orgânica. Basicamente, existem totens espalhados pelo jogo que, ao interagir com eles, uma voz de narrador irá contar algum trecho sobre a mitologia. Para mim, esta forma que o jogo escolheu para construir o mundo é bem preguiçosa, são uma série de diálogos expositivos que são divididos e espalhados pelo jogo, não contribuem efetivamente para o andamento da história e ainda não cativam o jogador.

Simplicidade em alguns pontos
As mecânicas de combate são relativamente simples mas funcionam bem e, já que o jogo não tem uma duração muito grande, elas não chegam a ficar saturadas. O surgimento gradual de novos tipo de inimigos, com formas diferentes de se combater, também contribuem para isso.

O mesmo vale para a progressão do jogo, que é praticamente inexistente. Não existem árvores de habilidade, upgrades e novas habilidades introduzidas ao longo do jogo. Porém, a ausência disso não prejudica a experiência do jogo, afinal, além de ser uma experiência considerada curta para jogos da categoria, o combate também não é o foco de Hellblade.

Veredito:
Nota -
9,1
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3 kommenttia
Todomir 4.12.2020 klo 9.34 
Excelente análise
1964-Dagoberto 17.7.2020 klo 10.15 
legao
MUrilo 17.7.2020 klo 9.49 
legao