Eu poderia resumir A Hat in Time apenas com a frase "é um jogo fantástico", mas creio que mereça muito mais do que apenas uma simplória frase. Então lá vou eu.

A Hat in Time é um jogo de Plataforma e Aventura que desde seu lançamento despertou interesse de jogar principalmente por me relembrar a sensação que Crash Bandicoot N. Sane Trilogy me dava no início do século, mas demorei a jogar porque não é um jogo que roda em qualquer computador. Anos mais tarde que foi que consegui ter a chance de jogar e ver "qual é a desse jogo" e simplesmente me surpreendi positivamente. Para começar, o enredo inicial dessa história é simples "Hat Kid quer voltar para casa e para isso ela tem que juntar as Time Pieces espalhadas pelo mundo do jogo", bem simples, mas desenvolvido de uma forma bastante criativa, colorida e posso até falar fofa. O jogo fora criado de uma forma que instiga os jogadores a serem criativos e explorarem o que o mundo tem a oferecer, pois tem tantos pequenos detalhes que poucas vezes percebe-se de primeira. E um dos pontos fortes do jogo é a exploração, o jogo claro que tem fases, mas em grande parte não obriga o jogador a entrar nas fases e fazer em ordem cronológica, sim, os jogadores podem explorar e jogar como querem em grande parte do jogo.

O mundo além de vasto, detalhado, fofo e engraçado, ele é bem colorido. E me agradou bastante essa fusão de cores que deu bastante riqueza gráfica para o design gráfico que é muito bom. Os personagens são carismáticos, a personagem principal acaba conhecendo-os e no fim o jogador até que se apega a algum ou vários dos personagens. E o que falar da Hat Kid? Esse é o mais irônico, não precisa saber de onde vem e para onde vai, não precisa nem saber o nome, o jogador acaba rindo daquela menininha que pouco fala e mesmo sabendo pouco sobre o enredo dela, não quer dizer que não sabe quem ela é, a menininha engraçada, justa, que quer resolver seus problemas e ir para casa, uma menininha de cabeça pra cima, que mesmo com todas as dificuldades é feliz.

As DLC's são legais, as duas, em questão de enredo, de mecânica de fases, personagens, itens. E isso foi que me animou bastante, foi não terem esquecido o jogo. Fizeram um modo CO-OP local que eu particularmente não gosto e fizeram um multiplayer online que é super divertido! Além disso, a comunidade do jogo é bastante ativa, fazendo modos novos no Workshop, alguns desafios que são bem complicados e me fazem morrer várias e várias vezes, mas são como o jogo é: divertido. A variabilidade de "skins" é algo que deixa o jogo bastante divertido, como disse antes, o jogo é divertido e colorido.

O mundo precisa de herói? Não, não se precisa de herói. Esse jogo que pensei que me lembraria Crash Bandicoot N. Sane Trilogy acabou marcando mais, me fazendo rir em vários momentos, de torcer, de me emocionar. Ele mostra que algumas vezes temos que nos despedir, mas que isso não significa que nada do que passou será esquecido.