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3.0 hrs on record
Crystal Fortress é um jogo super divertido e viciante, desses que empolgam e quando a gente menos imagina está jogando sem parar até zerar. Entretenimento de qualidade e perfeito pra quem curte jogos de estratégia.
Posted 11 April.
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15.3 hrs on record
Desde o dia em que eu joguei Braid pela primeira vez, que eu dou credibilidade para um dos meus amigos com relação as recomendações de games, o Mário nunca errou, seja com o Braid, ou Machinarium, ou Portal, ele definitivamente nunca errou.

E falando em acerto, Child of Light foi um jogo que ele fez questão de me mandar o trailer quando a Ubisoft fez o anúncio.

Cá estou eu dois anos depois do anúncio, quase um ano depois do lançamento, conferindo o game de perto graças a summer sale linda do meu coração da steam.

Logo de cara o game instala um novo servidor no meu computador.

O que? Como?

É, o jogo usa uma plataforma a parte da própria Ubisoft ao invés de utilizar a própria Steam como a maioria dos jogos. Ou seja, nada de achievments, nada de cartas colecionáveis, nada de nada, ou melhor, isso existe sim no jogo, mas no servidor próprio.

Esquisitisses aparte, o jogo começa com a narrativa de uma história contada em terceira pessoa...
...o jogo estava em português.

Minha cabeça explodiu!

Gente eu sou da época que jogo traduzido já era um luxo, dublado então? Não se fala.

Mas antes que vocês se preparem para a vergonha alheia, qualidade do trabalho me surpreendeu como eu nunca imaginaria, a dublagem é boa! Uma narrativa agradável feita pela voz de uma jovem menina, no puro estilo histórias de contos de fada, intro que me lembrou muito à animação original de A Bela e a Fera da Disney. Ou seja, impecável.

A história do game conta como Aurora, uma jovem princesa filha de um amado e querido rei austríaco, adoece poucos dias após o casamento de seu pai com uma nova mulher, a clássica madrasta que faz juz ao prefixo fonético de "má".
Em meio a dores e sofrimento, Aurora acorda fora da cama de seu castelo em um outro mundo, em um lugar misterioso e fantástico chamado Lemúria. E é ai que a aventura começa.

A todo o momento, tanto as falas dos personagens, quanto a história, é narrada na forma de poesia, com tudo rimando e composto por frases divididas em sílabas métricas. Algo que parece desconfortável descrevendo dessa maneira, mas na prática foi muito legal, principalmente devido ao fato de que cada personagem tem um estílo próprio de rimar, aumentando ainda mais a profundidade deles.

Child of Light é um RPG com todos os seus elementos clássicos. Trata-se de uma plataforma 2D que simula um mundo quase aberto, é possível explora-lo livremente e ir e vir conforme for necessário, seja diretamente ta tela principal de gameplay ou até mesmo selecionando o local de destino pelo mapa no menu.

O jogo conta com a história principal e algumas sidequests que lhe conferem alguns itens. É possível coletar poções para restaurar a vida, MP, aumentar velocidade, defesa, como em qualquer RPG padrão. Assim como é possível coletar pedras especiais chamadas óculis, que conferem diversos poderes conforme a sua coloração. Também existe a possibilidade de combinar esses óculis entre si para gerar óculis mais poderosos ou com cores, e portanto poderes, diferentes. Há também alguns fragmentos de papel espalhados pelo cenário, eles são achievments do jogo, e contam um pouco da história de Lemúria para aqueles que gostam de se aprofundar bastante nas histórias.

Já o combate, apresenta a clássica estrutura de turnos tão comum em RPGs do gênero, quanto maior a sua velocidade mais rápido você avança na linha do tempo, receber um golpe te joga para trás na linha retardando sua ação e até mesmo, cancelando seu ataque. Graças a esse sistema, a seleção de ações acaba exigindo um pouco de estratégia, forçando o jogador a escolher com sabedoria se vai defender ou tentar atacar, até mesmo usar um item. Infelizmente só é possível jogar com dois personagens de cada vez, sendo necessário troca-los durante o próprio gameplay de combate.

A essa altura da análise já ficou bem claro que outros personagens aparecem para serem jogaveis, e sim, são vários, com diversas habilidades, opções, estilos de combate, uma pena que só seja possível contrar dois por vez.

De maneira geral o jogo é decepcionantemente fácil, em absolutamente nenhum momento eu senti qualquer dificuldade, as diversas possibilidades de combate geradas pelos tão diversos personagens quase não fizeram diferença, eu tive de insistir muito para jogar com todos um pouco e aproveitar o gameplay. Praticamente não utilizei itens, de vez em quando algo para recuperar o MP, e olhe lá. Os óculis foram mais usados por conta do seu ataque elemental, criaturas de sombra são fracas contra luz, criaturas de água fracas contra raio, e assim por diante, padrão bem lógico e clichê de diversos jogos. Fica mais óbvio ainda quando a direção de arte deixa bem claro que a criatura pertence ao elemento fogo quando ela é vermelha e feita de chamas.

E falando em facilidade, o jogo não apresenta puzzles decentes, não aproveita muito o cenário. Em resumo, ele é um jogo fácil que quase se joga sozinho, tive a impressão de que se tratava de um jogo destinado à um público mais infantil, o que me ofende um bocado se eu for parar pra pensar que nessa idade, eu jogava Megaman, vai entender...

Mas para compensar, a programação é impecável, controlar a Aurora é muito agradável em todos os aspectos. Nada trava, nada atrapalha, a resposta dos controles é magnífica. E junto com os controles magníficos vem a trilha sonora, e toda a direção de arte.

O grafico é lindo. E lindo como poucas vezes eu vi em jogos do gênero, tudo parece pintado em aquarela como se fosse uma ilustração de um livro de contos de fada. Uma pena que a personagem Aurora seja em 3D, achei isso tão desnecessário, tentei pensar em uma boa justificativa, algo do tipo "mostrar que ela não pertence a esse mundo", mas ainda assim ficou horrível. Se todos estão em 2D, e tão maravilhosos, porque não fizeram ela assim também? Porém, meio que para compensar o 3D constrangedor da Aurora, a movimentação do seu cabelo é divina, uma física insana que mais lembra o movimento de cabelos dentro d'agua, algo único, merece ser reconhecido e elogiado.

E pra fechar com chave de ouro, aquele momento tiete onde eu fico gastando toda a ceda possível para a trilha sonora.

É simplesmente maravilhosa, muito bem colocada em cada momento, exploração de dungeon, mundo aberto, combate
contra minions, enfrentando um boss, tudo muito bem pontuado. E como se não bastasse as linhas de piano e flauta, toda a trilha é pincelada com tons de melancolia, afinal de contas, Aurora está longe de seu pai que, na sua ausência, entra em depressão profunda.

Seria de fato um jogo maravilhoso, mesmo sendo tão fácil, uma pena que é muito curto. É, pra variar além de se jogar praticamente sozinho, seu gameplay é minusculo, em poucas horas é possível finaliza-lo, vou chutar umas 8h ou 9h em média, mas os mais apressadinhos que fazem tudo da forma mais objetiva possível e não dão a mínima pra ficar coletando itens e abrindo todos os baús, podem fazer final em apenas 7h. Onde já se viu isso? RPG que acaba rápido? Eu hen, sou da época que jogar Final Fantasy exigia dedicação e foco total, onde a batalha contra boss exigia inteligência e raciocínio, onde o mundo aberto ficava infinito e com inúmeras possibilidades, onde poções de 'reviver' e 'cura' estavam sempre na lista de compras para a lojinha da próxima cidade. Ah, e antes que eu me esqueça, Child of Light também entra na minha lista de RPGs comunistas, não tem dinheiro aqui, ou você abre um baú, ou dropa de algum combate, ou ganha de presente de alguém.

Justamente por isso, que a minha nota para esse jogo é:

6/10

Espero que vocês tenham gostado da resenha de hoje, e não se esqueçam de escovar os dentes antes de dormir.

Posted 18 December, 2015.
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34.3 hrs on record (24.8 hrs at review time)
RESUMO: (Para os apressados que não tem paciencia de ler textos enormes como os meus)

Maravilhoso. Plataforma 2D do gênero stealth com jogabilidade autêntica que aproveita o mouse. Arte linda, gráficos e trilha sonora bem feitos, mesmo depois de finalizado ainda há deixa com vontade de continuar jogando. História criativa
e com ótimas cutscenes.

Recomendo totalmente 10/10


VERDADEIRO REVIEW: (Para quem gosta de ler e curtir a opinião alheia hehe)

Ah como é bom saber que agora eu posso escrever a vontade sem medo de ser feliz.
Mark of the Ninja entra pra coleção de jogos tão legais, mas tão legais, que meu amigo Felipe me deu de presente como quem diz:

"Joga que é sensacional! Você não pode continuar existindo sem viver a oportunidade de jogar esse game!"
E ele tinha razão.

Logo de cara um menu simples com uma arte lindíssima de fundo, caricata e cartonizada que, inclusive, me lembrou muito aquele desenho Samurai Jack. (Quem concorda poem o dedo aqui que já vai fechar...)

Toda a direção de arte do game é impecável, muito bem desenhada e muito bem ambientada, composta por uma paleta de cores bem escuras e azuladas com pinceladas de vermelho pra ressaltar bem o sangue.

E falando em sangue, apesar do jogo não ser diretamente violento, ele é violento....

Hun? como?

Sim, mesmo com o gráfico no estilo cartoon as animaçõesde combate são sanguinolentas. Afinal de conas, você é um ninja poxa!

Pra completar, a dublagem é maravilhosa, tanto dos personagens principais quanto dos secundários, da dó só de ouvir as vítimas agonizando e sofrendo durante o abate. E Isso tudo somado a ótimos efeitos sonoros, e é claro, a uma trilha sonora impecável, do tipo que garante a imersão.

O level design é bem feito, com um tutorial instrutivo sem ofender os jogadores da velha guarda, e sem pegar na mãozinha como alguns jogos vem fazendo ultimamente. Com uma graduação perfeita entre os níveis de dificuldade conforme o avanço dos estágios, o game também oferece diversas opções de abilidades e itens para dar aquela variada básica no gameplay, garantindo mais algumas horas de diversão mesmo depois que o jogo foi finalizado, algo que do meu ponto de vista é fundamental para fazer valer o dinheiro gasto.

Por fim, Mark of the Ninja é maravilhoso, viciante, e sem dúvida um game pra se guardar na coleção, totalmente recomendo.

PS: use fones de ouvido, não queira assustar seus pais enquanto joga hehe

PS2: ♥♥♥♥♥♥♥♥♥! Eu tenho 32h de gameplay...
Posted 3 October, 2015.
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34.0 hrs on record (33.2 hrs at review time)
Quem já leu resenha minha sabe, eu sempre começo tudo com uma história. Lógico que com Portal 2 não seria diferente.

Um belo dia conheci um tal de Mário (que Mário? Tun dun tsss), um cara apaixonado por jogos que me introduziu ao cenário Indie dos games, me mostrou Braid, Machinarium, Limbo...e comentou de um tal de Portal.

Me sentou de frente pro PC e colocou um vídeo no youtube, era um curta metragem. A história começava com uma mulher, adulta, com todo um ar de experiência, maturidade, segurança, do tipo que transmite uma força impressionante.
(E não era porque ela passava os dias trancafiada numa cela fazendo flexões, impressão sua.) Mas com o passar do tempo daquele confinamento, ela finalmente compreendia alguma coisa, e abria uma janela secreta que revelava uma arma muito estranha.

Uma arma que ao atirar, abria uma passagem dimencional, um portal!

O que viria a seguir no filme seria uma cena de ação muito bem feita e criativa, com um final instigante e um gostinho de quero mais.

Foi assim que eu tive a minha primeira experiência com o tal do Portal. Acreditem, quanto mais tempo eu demorava para joga-lo, mais e mais pessoas surgiam para me dizer como eu iria ama-lo, como seria um jogo que eu iria adorar, e 'oh my god é o jogo pra você Carol!'

E como sempre, de tanto enrolar acabei ganhando ele de presente do meu amigo Felipe, morri de empolgação e já coloquei pra baixar...só que não. Com essa internet da minha casa os 6Gb de Portal foram um parto, demorei uns bons dias, que diacho de jogo era esse que precisava de tanta memória? Mal sabia eu o que me aguardava.

Download pronto, era só começar a jogar.

Com um menu todo hightech e uma trilha sonora digna dos albuns antigos do Daft Punk, iniciei um novo jogo e me preparei para a imersão absoluta.

Acordei no que seria um quarto de hotel, levantei da cama ao som de uma voz me passando instruções de rotina do tipo pular, andar, ficar de frente para a parede, enfim. As instruções me pediram parar deitar na cama e dormir e eu obedientemente o fiz. Quando abri meus olhos, o simples mas belo quarto de hotel onde eu estava hospedada se transformou num piscar de olhos em um local abandonado, escuro, sujo, destruido, completamente deteriorado como se toda uma eternidade tivesse passado enquanto eu dormia.

Alguém bateu na porta do meu quarto nesse momento e eu tirei os fones de ouvido pra ver quem era...mas, não era ninguém. Estranho. Coloquei novamente os fones e me dei conta de que estavam realmente batendo na porta do meu quarto, mas no jogo! A qualidade do áudio desse game é tão impressionante, que eu quase me convenci de que havia acontecido mesmo na minha casa!

Quando fui em direção a porta para atender aquele cara chato que ficava repetindo sem parar 'hello, hello, hello' , me deparei com uma bola de metal pendurada no teto, então a bola de metal virou um olho gigante de metal, pera ai essa bola-olho-gigante era na verdade um robô? E não era um robô qualquer não, era o robô com a personalidade mais impressionante e humanamente realista que eu já vi para uma máquina até hoje! Nunca imaginei que fosse possível criar um personagem inorgânico com um carisma tão intenso. Eu podia jurar que Weatley era um inglês de meia idade bem tiozão, mas era uma bola de metal com um olho gigante, e capaz de transmitir sentimentos! Sim, isso mesmo o que vocês leram, eu conseguia sentir a insegurança dele, os medos dele, quando ele sentia vergonha ou até mesmo achava algo engraçado, como se fosse uma pessoa de verdade.

E assim começa Portal 2, um dos melhores games que já joguei na vida. A trilha sonora é espetacular, os efeitos sonoros realistas, toda a ambientação é linda em todos os três momentos.

"Hun? Três momentos Carol?"

Sim, durante o jogo nós atravessamos toda a empresa Aperture Laboratories, vemos ela no início dos anos 50, nos anos 70, nos 80, e no que seria sua versão mais moderna sabe-se lá em qual ano. E sabe o que mais nós vemos ali? Hun?

Cave Johnnson!

O homem, senhoras e senhores, fundador da Aperture Laboratories, bem como sua assistente Carolyn. Durante o gameplay ouvimos uma gravação de Cave nos explicando o que fazer e como fazer durante alguns testes, bem como alguns quadros seus espalhados pelo cenário.

E sabem quem mais está por aqui? Glados.

Toda a instalação moderna da Aperture Laboratories é comandada por uma inteligência artificial chamada Glados, uma mulher inteligente e sádica.

"Mulher? Carol ela é um robô!"

Desculpa gente, mas é que os personagens são carismáticos e realistas demais, da nisso.

E só existe uma coisa pior do que o rancor de Glados... seu ódio e desprezo pelos seres humanos. E sim, você é uma humana presa no laboratório totalmente controlado por Glados, que te odeia gratuitamente e foi programada para executar testes e mais testes com a invenção mais magnifica do laboratório, a arma portal.

O game Portal é nada mais nada menos do que um jogo de plataforma do gênero Puzzle, e o que mais me admira é a naturalidade com que os puzzles surgem a sua frente, fazendo todo o absoluto sentido do universo. Quando pensamos em um jogo desse gênero pensamos em algo estilo Tetrix, algo mais artificial, mas com Portal foi completamente diferente, toda a história faz sentido e os puzzles possuem um propósito.

A dificuldade é gradual e super agradável, apesar de exigirem pensar um pouco, não é nada difícil ao ponto de nos fazer querer quebrar o teclado e arremeçar o mouse na parede, mas é difícil o suficiente pra exigir um pouco de esforço mental.

Em termos de gameplay novamente não temos segredos, o mouse faz o papel do seu pescoço, guiando o seu olhar, a sua direção. Botão direito dispara um portal, botão esquerdo dispara outro portal, sendo um portal o começo de uma passagem e o final de outra. Confuso? Fica tudo fácil quando se começa a jogar. As clássicas teclas asdw, famosas por serem sempre as mais desgastadas no teclado de todos os gamers, fazem o papel do direcional, frente, trás, lados esquerdo e direito. E a barra de espaço pula.

Aproveitando para falar de pulo, por algum motivo muito além da minha compreensão a protagonista de portal possui pernas indestrutíveis, ou, uma capacidade bizarra de amortecer quedas, porque não importa a altura que você caia ela nunca, mas nunca, sofre dano. E falando em dano, não há nenhum marcador de dano por aqui, apesar de que da pra se medir de leves uma certa resistência a tiros da personagem antes de ela morrer. E falando em morrer, nossa protagonista aqui não sabe nadar. Tipo...ela não sabe mesmo! Sempre que tem água ela morre, caiu na água GG, pobre mulher, tão forte, tão inteligente, tão highlander...e não sabe nadar. Tsc tsc.

E por último, o jogo por muitas vezes nos surpreende, além do fato de possuir desafios no estilo Big Boss, ele tem os créditos mais legais de todos os tempos, fora o final inusitado. Mas sem spoilers por aqui galera, joguem com o mínimo de informações possíveis para aproveitar o game ao máximo.

Mesmo depois de finalizar é liberara a opção de bater records em cada uma das fases e ainda uma engine para criar a sua própria sala de testes e disponibiza-la on-line para que outras pessoas a joguem, bem como jogar os testes criados por outros jogadores.

Minha nota final pra esse jogo é? 10 de 10. Todos os meus amigos tinham razão, foi uma das melhores coisas que já joguei na vida, fiquei viciada e obcecada, totalmente recomendo e acho que jogar Portal é até uma questão de caráter, não se pode deixar o mundo sem experimentar essa obra prima dos games.

Espero que vocês tenham gostado da resenha e não se esqueçam, se a vida te der limões, não faça uma limonada, jogue esses limões na cara da vida e chame o gerente!

See Ya
Posted 29 August, 2015.
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15.7 hrs on record (15.0 hrs at review time)
Eu me lembro do dia em que eu cheguei numa loja de games especializada para comprar meu presente de natal. Eu queria mesmo era um gameboy, mas isso era coisa de criança rica, eu teria de pensar em outra coisa. Foi ai então que uma caixa na prateleira chamou a minha atenção, tinha uns piratas desenhados na capa, e eu adorava piratas! Que criança dos anos 90's não adorava piratas? E pra minha surpresa, o jogo ainda era barato! Perfeito. Era aquele que eu levaria para casa.


E foi nesse dia que eu descobri as maravilhas do point n click com A Maldição da Ilha dos Macacos. Que jogo maravilhoso. Me sinto até hoje grata por ter jogado aquela obra prima.


Talvez você esteja pensando algo mais ou menos assim agora:

"Mas o que diaxo isso tudo tem haver com o Deponia Carol?"


Oras, simples, foi justamente nessa época que eu me apaixonei pelo gênero de jogos Point n Click, e foi justamente por esse motivo que meu amigo Leonardo me deu de presente um Patch com vários jogos do gênero na steam. Há! Viu só como tinha uma boa razão, e advinha... ganhei esse patch de presente de natal, nostalgico né?


De todos os jogos ali presentes eu resolvi começar por Deponia. Por motivos de achei a estética das ilustrações a minha cara. Aquele ambiente apocaliptico punk cartonizado só podia ser bom.


Logo de cara um menu muito bem feito e caracterizado. Vamos dar os parabéns para a direção de arte desse game, ela mandou muito bem! Em seguida, uma abertura contando uma história no puro estilo musical, canção muito legal diga-se de passagem, e narrada através de um personagem bem carismático. Toda a trilha sonora é muito bonita, algumas músicas cairam mais no meu gosto do que outras, mas de maneira geral ela é agradável, apensar de em alguns momentos não ser muito perceptíveil. O som ambiente é composto por batidas de metal e despejar de entulhos, trazendo uma atmosfera muito bem sincronizada com o visual do game.


Antes de tudo o jogo te da a opção de fazer um tutorial. Escolhi faze-lo porque nunca se sabe né? E foi ai que eu tive meu primeiro contato com o protagonista. E que personagem mais autêntico! Normalmente eu estou acostumada com heróis bonzinhos, ou engraçados, até mesmo inocentes, mas esse aqui? Rufus é um pilantra egocêntrico e folgado. Um cara isolado, sem amigos por conta do seu gênio forte, vive as custas da namorada que não suporta, só pra ter onde morar e o mínimo pra comer. E como qualquer anti herói que se preze, não da a mínima para as pessoas ao seu redor, é cheio de rancor e respostas com toques de humor ácido. Sua maior motivação de vida é fugir do lugar odioso onde mora, a cidade de Deponia.


Deponia é uma cidade a margem do mundo, um lugar em ruinhas, construido a base de restos e sucadas despejadas por Elysium, o paraíso da elite, onde apenas os mais afortunados vivem.


A mobilidade social na região não parece ser das melhores e o mundo é tão cheio de sujeira que água potável parece ser um mito, uma lenda, algo que talvez tenha existido no mundo a muito tempo atrás.


E é nessas condições que o nosso (anti) herói Rufus nasce e cresce, mas com um pequenino detalhe, bem miudinho, quase inexistente, o rapaz não sabe quem é sua mãe e seu pai o abandonou ainda criança, sumiu no mundo e ninguém sabe para onde foi. Agora da pra entender melhor a origem de tamanha personalidade rabugenta. Além disso, ele parece obcegado a ir a Elysium desde sempre, já sendo famoso em Deponia por suas tentativas fracassadas de fuga.


O gameplay é um simples e clássico point n click, sendo possível configura-lo para usar mouse ou mousepad de notebooks. (Não sei como seria joga-lo usando um tablet) Caso se utilise um mouse é possível usar o botão de 'scroll' para abrir o iventário, de resto é botão direito interage e botão esquerdo seleciona. O menu base aparece ao apertar ESC dando as opções para configurar tela, áudio, legendas, salvar ou logar saves já existentes.


A resposta do cursor do mouse sobre os lugares possíveis de interagir é muito boa, mas as vezes a programação apresenta alguns pequenos bugs, como quando Rufus conversa de costas para a pessoa que você pede para ele interagir. Outro exemplo, é quando, sabe-se lá o que ele diz, a legenda passa na velocidade da luz, ou em alemão ao invés de inglês. (O que até faz certo sentido por se tratar de um jogo de origem germânica)


Agora, galera, preciso admitir uma coisa. Das duas uma, ou eu estou muito enferrujada para jogar point n click, ou Deponia está de parabéns no nível de dificuldade.


Com puzzles que me motivaram a desligar o PC para descançar o cérebro e uma sequência de eventos e interações que me tomou horas e mais horas de gameplay, este jogo pode ser sim considerado difícil. Até mesmo nos momentos em que tudo o que você precisa fazer se encontra em apenas uma tela, é possível travar e ficar confuso. Parabéns para os desenvolvedores, fizeram direitinho, do jeito que eu gosto bem hardcore.


Eu recomendo Deponia para todos e todas as idades, é um jogo para toda a família. Deem uma chance para Rufus e o ajudem a sair da péssima cidade de Deponia, enquanto se divertem com as personagens divertidas e malucas desse lugar inteiramente feito de sucata.


Me parece que o game tem continuações, e agora me resta procura-las e continuar a viver essa aventura.


Espero que vocês tenham gostado da resenha, e é claro, que vocês tenham filhos lindos gordinhos e sem cáries.


See ya!
Posted 5 July, 2015. Last edited 5 July, 2015.
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11.9 hrs on record (8.2 hrs at review time)
Na minha resenha sobre o Tomb Raider 2013 eu cheguei a comentar a minha ideia tradicionalista de jogar toda a franquia do primeiro lançamento até último, e também comentei que obviamente eu não tive saco de esperar para jogar os TR’s seguintes.

Foi ai então que logo após jogar o de 2013 e zera-lo com 100% (e eu morro de orgulho disso) decidi jogar o Underworld.
Esse aqui não tem uma história de experiência pessoal bonitinha como nas resenhas anteriores, uma pena.

O jogo já começa em uma situação de tensão, você é Lara em sua mansão completamente em chamas, o que nos leva direto para um breve tutorial básico. Você corre, pula, interage com o cenário, faz rolamentos, se pendura em beiradas, usa itens para recuperar sua vida, enfim.

Adoro quando os jogos fazem isso, não há nada mais chato do que começar um jogo lento e vagaroso que demora para nos levar apara a ação, tudo bem que isso combina com alguns estilos, mas não com esse aqui.

Então ao passar o primeiro estágio, voltamos no tempo.

Aqui a história se inicia em um momento do futuro, um futuro não muito distante, e volta para o ponto de partida. Lara em seu clássico iate em alto mar investigando as ruínas de uma antiga civilização.

Então eu faço uma pausa galera para um momento de manifestação. Uma busca básica no google já me deu a resposta, mas antes de mais nada, tive uma dificuldade enorme pra entender a história. Do nada Lara estava no seu iate boiando e eu sem saber o porque. Mas, segundo o google, o todo poderoso, a culpa é minha por não ter jogado o TR anterior, o Legend, pois esse jogo continua logo após os eventos deste.

De qualquer forma Lara está no Mediterrâneo em busca das ruínas de Avalon. Não sei se eu entendi direito, mas eu jurava que Avalon ficava em Glastomburry, e essa ilha definitivamente não fica no mar mediterrâneo, mas enfim...

O jogo faz isso o tempo inteiro. Você está procurando por Avalon, então vai parar na Malásia, então encontra a luva do Thor, e por ai vai. A galera faz um malabarismo muito louco na história pra justificar as conexões bizarras de um lugar para o outro.

Porém, a paisagem totalmente vale apena. Apesar dos gráficos serem fracos se comparados ao game seguinte da franquia, os cenários são lindíssimos, de tirar o fôlego.

A textura dos humanos que fica a desejar, a estética da Lara aqui parece um pouco mangazeada, até imagino que seja mais fácil manter um padrão mais alto com uma estética mais caricaturada, mas eu particularmente não gostei.

Em alguns momentos, a noção de movimento é incrível, em outros, volta a ser robotizada. Me falta conhecimento em gamedesigne para opinar sobre, pra saber até onde isso não reflete a tecnologia da época em que esse jogo foi feito.

E falando em movimento, o gameplay é bem fácil, talvez esse seja o jogo mais fácil da franquia. Matar os inimigos é muito fácil, a movimentação ‘rouba’ ao seu favor, a única dificuldade do jogo fica por conta dos puzzles. Alguns são muito bons, outros, muito simples.

Mas fica aqui a minha crítica e o meu protesto sobre algo muito importante, e que nesse jogo foi deixado de lado, a câmera. O sistema de controle da câmera incomoda, é difícil de explicar, mas é complicado visualizar algumas coisas de tempos em tempos, sejam inimigos, sejam lugares que você precisa escalar pra alcançar. Só jogando pra sentir na pele o que eu estou dizendo.

O desenvolvimento é bem fluido, tudo o que se aprende ao longo do jogo vai sendo acumulado em fases futuras. Eu particularmente, não precisava nem sequer trocar de arma, as pistolas eram o suficiente, male male usava algum item do inventário e tudo o que precisava era me curar de tempos em tempos.

Outro detalhe muito bacana dos jogos fica por conta da trilha sonora. Muito bonita, e muito épica, até exagerada perto da simplicidade do gameplay, porém condizente com os cenários magníficos.

Também gostei um bocado do figurino da Lara, não mais aquela clássica combinação de Regata, shortinhos, óculos redondos e a bota de campo, aqui a Lara usa diversas indumentárias sendo que o jogo por vezes lhe da à opção de escolher qual roupa você deseja usar, o que também é bem legal.

Eu já falei dos cenários? Falei que eles são lindos? Ah já? Então perdão, é que isso eu não podia esquecer de mencionar.
E como não poderia faltar nos jogos de TR, relíquias, relíquias em todos os lugares e por toda a parte.

Lá ia eu durante todo o gameplay fuçar cada cantinho, escalar cada beirada, quebrar cada vaso que eu via na minha frente, tudo para coletar as relíquias.

Mesmo depois do final, o jogo libera a opção caça ao tesouro, pra você voltar nas fases anteriores e jogar só por conta de encontra-los. Pena que eles não tem nada demais, são sempre o mesmo prisma prateado, o que é uma falta de criatividade dos desenvolvedores. (Ou falta de tempo, vai saber né?)

E o meu aval para esse game é? Vale apena ser jogado sim! O jogo é fácil, mas é divertido.

Além disso, lembrem-se, nem só de jogos impossivelmente difíceis se vive um jogador, as vezes é bacana se entreter com um jogo simples, de gameplay fluido, e com paisagens tão lindas. (Ta Carol, já deu, todo mundo entendeu, bla bla bla o jogo é bonito)
Posted 17 February, 2015.
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47.8 hrs on record (37.0 hrs at review time)
Tudo começou quando em um belo dia scrollando pelo facebook um dos meus amigos me chamou no chat e disse:

“Olha Carol, o Tomb Raider Collection está em promoção na Steam, você gosta?”

A primeira coisa que eu pensei foi na oportunidade de jogar novamente os antigos que marcaram tanto a minha infância. Depois eu lembrei que muitos outros jogos da série haviam sido publicados e vinham sendo lançados desde sempre.

É engraçado lembrar que até aquele momento, eu tinha apenas um único jogo na Steam, o Magic the Gathering 2014, e eu só o tinha porque eu havia ganhado de um amigo.

Era a deixa, já estava passando da hora de comprar alguma coisa.

Jogo comprado, pacote liberado na minha biblioteca, era só baixar. Fui lá e cliquei no primeiro “Tomb Raider”

A surpresa.

Dois dias de download.

Minha reação foi de espanto, como assim dois dias de download? O jogo devia caber dentro de um disquete, que internet bizarra era aquela?

Não, a internet não estava bugada, eu estava era na verdade fazendo o download do TR de 2013, o mais recente lançado até então.

Quando eu comprei a coleção logo e veio aquela ideia conservadora e tradicional de jogar desde o primeiro e ir avançando conforme eu fizesse final nos jogos.

Como eu sou ingênua e inocente.

É lógico que eu não ia aguentar esperar até finalmente chegar no TR de 2013, assim que ele terminou de ser baixado eu fui jogar.

[...]

Vamos voltar por um instante no tempo, brevemente, estou aqui em 2015 escrevendo, e quero que você que está lendo isso agora volte para o ano de 2013, quando esse Tomb Raider que eu falo sobre foi lançado.

Quando eu vi a primeira foto do concept art da Lara Croft nesse jogo a minha reação foi.

“Quem é essa magrela?”

Acostumada com aquela Lara robusta, ver aquela menina miudinha foi um pouco assustador. Como aquela menininha daria conta de fazer aquelas acrobacias e parkours de fazer inveja ao mais profissional dos atletas? Não fazia sentido.

Outro detalhe ficou por conta da roupa suja, rasgada, surrada, isso também me chamou atenção, achei muito legal. Só ainda estava por descobrir o que haviam feito com mulherão de antes que todos nós estávamos acostumados.

Foi ai então que eu pude acompanhar de longe, no conforto da minha casa, uma guerra que se travava entre os que adoravam o jogo e os que odiavam com todas as suas forças.

Olha, eu vi pessoas acusarem a Lara de ter se transformado em uma menininha tapada, vi outras acusarem o jogo de estar muito fácil, outros ainda afirmando que estava maravilhoso. A batalha estava sangrenta.

Como eu não fazia ideia quando eu teria a oportunidade de joga-lo, até porque eu tão cedo não compraria um console daquela geração, aproveitei para ler e assistir a resenhas do jogo.

As mais críticas, falavam muito bem, davam notas excelentes, então porque tanto alvoroço? Comei a desconfiar daquele velho problema que algumas pessoas tem com a mudança. Mudar dói, mas para algumas parece até levar a morte.

[...]

E lá estava eu, clicando no ícone do jogo no desktop do meu computador, aquele TR branco em fundo preto, colocando o fone de ouvido, verificando meu mouse, e imergindo na experiência de ser uma sobrevivente.

Sou paranoica, e humilde, então quando o jogo deu a opção entre easy, médium, hard, eu fui logo no easy. Me julguem.

O jogo já chega chegando com uma ótima sequência de computação gráfica que nos introduz ao início do game, a cutscene conta como foi que a Lara foi parar pendurada de ponta cabeça em uma caverna cheia de velas e imagens ritualísticas. O ponto de partida.

Com uma introdução muito simples e eficiente, que vai levando o jogador a compreender como funciona o gameplay, ele segue o mesmo paradigma dos jogos do estilo. Mouse controla a câmera, botões asdw funcionam como os direcionais, barra de espaço pula...enfim.

O jogo apela com situações de extremo risco logo no início, mostrando que a tensão será presente sempre. O que me deixou um pouco anestesiada por assim dizer, situações que para qualquer pessoa seriam bizarras de se assistir ou vivenciar ainda que em um gameplay, se tornam tão corriqueiras, que eu acabei me acostumando e parando de dar tanta importância. Não é atoa que o desenvolvimento do jogo apela cada vez mais, os designers deviam ter previsto essa saturação, então levam o jogo a níveis cada vez mais impressionantes.

Agora, quando o assunto são personagens, esse novo jogo conseguiu surpreender mais ainda. Nunca vi tamanho carisma em tantos coadjuvantes ao mesmo tempo.

Sem mais detalhes com relação à história porque spoiler não é coisa de deus, todo mundo sabe disso.

Tudo o que posso dizer é que a história é fantástica, muito completa, os personagens são muito bem construídos e cheios de personalidade, inclusive, quero pedir uma salva de palpas para os atores contratados, a dublagem e ótima.

Mas nem tudo são flores. Eu particularmente só tenho uma única crítica a fazer sobre a nova Lara, uma bem pequenininha quase invisível.

Você está lá, gameplay frenético, você controla aquela mulher invencível e indestrutível, a sobrevivente dos sobreviventes, então abre uma cutscene, e aquela mulher forte e imponente assume a linguagem corporal de uma garota que nunca sequer sentiu dor na vida. A impressão que eu tenho é a de que se eu der um peteleco na Lara da cutscene ela cai chorando no chão. Mas ai o gameplay volta e se eu der um soco na Lara do gameplay ela me da outro muito mais forte de volta e ainda diz que não doeu nada. Vai entender...

De qualquer forma, esse jogo me proporcionou uma das melhores experiências que eu já tive em games até hoje. Uma trilha sonora coesa, gráficos excelentes e surpreendentes para um jogo aparentemente tão leve e a capacidade de me manter jogando por horas e mais horas seguidas sem nem perceber o tempo passar. Coisa rara.

Recomendo o jogo a todos, e já digo de antemão, a continuação sai esse ano em 2015 e eu topo fácil compra-lo no lançamento e sem choro para altos custos.

See ya buddies, podem jogar Tomb Raider 2013 que tem o selo Carol de qualidade, amor e alegria.
Posted 16 February, 2015. Last edited 16 February, 2015.
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Eu me lembro do dia em que fui passar as férias de verão na casa dos meus tios em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Era uma casa de adultos, com entretenimento de adultos, péssimo pra uma criança de 8 anos como eu naquela época.

Então, como forma de deixar aquela hiperativa pentelha que eu era entretida para os adultos se divertirem em paz, minha prima me levou até o computador e me colocou para jogar um game, me lembro até hoje, daquela mulher alta e magra, com duas pistolas pulando em uma caverna e matando tigres.

Por mais que aquele jogo tenha me marcado, e muito, a coordenação motora de criança não me permitiu ir muito além, fora o trauma de jogo mais difícil que eu havia jogado até então, Tomb Raider o jogo impossível de se bater final, até que um belo dia...

...lá estava eu passeando pela loja da Steam quando TR collection entrou em promoção, já bateu aquela nostalgia, nem dei muita bola para os jogos mais recentes eu queria era matar a saudade daquelas férias de verão em 98.

Comprei, baixei, cliquei no ícone do desktop e pera, não, pera! Aquele não era o TR da minha infância, que? Foi ai que eu descobri que o da minha infância era o segundo, mas não importava mais, eu já estava ali mesmo então pensei: “É, eu bem que podia finalizar todos na ordem lógica de lançamento né?” e podia mesmo.

E lá vamos nós!

Caraca era difícil mesmo, eu era criança e tinha uma péssima coordenação, mas era difícil de verdade, porém, entretanto, todavia, estava mais fácil. Aqueles anos de experiência jogando por ai a fora me deram ótimos resultados, eu até conseguia passar de fase.

Indo para partes mais técnicas, o gráfico bizarramente quadradão que mais faz o jogo parecer uma maquete de papercraft pode ser horrível hoje, mas pra época era uma revolução. Lembrando que se tratava de um jogo de 32bits. Para a época, eram excelentes texturas e uma excelente ambientação, até com bom aspecto para a água.

Infelizmente essa versão da Steam não tem trilha sonora, e eu já pesquisei e vi que tinha uma OST para a versão de PS1, e também era muito boa. Além da trilha, os efeitos sonoros impressionam para a época mais uma vez. Seja o barulho da Lara nadando ou até mesmo os ruídos de passagens se abrindo.

Agora, quando entramos no ponto da jogabilidade ai a coisa fica feia, os controles são muito ruins. A Lara pode andar rápido, ou andar devagar, pode pular parada, ou em movimento, pode se segurar em beiradas, escalar, etc e tal, falando parece normal, mas não é! A capacidade dos designes do jogo de colocar beiradas e buracos nos lugares mais inconvenientes me proporcionou mortes tão irritantes, que eu criei o hábito de salvar toda hora e o tempo todo. Posso dizer com segurança que o principal motivo da grande dificuldade do jogo está na jogabilidade.

Mas o segundo motivo seria, os puzzles do game. Sim, até que ele tem uns puzzles legais, nada muito incrível, mas divertido.

O segredo pra jogar o Tomb Raider I é paciência, muita paciência, explorar a fase ao máximo e sem preguiça, e ter a certeza de que vasculhou cada cantinho nos mínimos detalhes.

E por fim o, fator replay, com todo o respeito, a experiência é traumatizante demais para que querer jogar esse jogo novamente após tê-lo finalizado, é o tipo de game que eu zero e parto para a próxima. Finalizar a primeira vez já foi um parto, insistir é tortura, a menos que você viva nos anos 90’s na era dos poucos jogos e muito tempo livre e possa fazer isso várias e várias vezes, até atingir aquele nível de maestria dos streamers de speedrun, boa sorte!

Agora eu tenho que confessar uma coisa, esse silêncio mórbido da versão para PC acabou deixando o jogo, digamos assim, assustador pra mim, eu levava um susto atrás do outro! Sério, juro, lá estava eu toda concentrada fazendo alguma coisa complicada quando do nada surgia uma criatura bizarra parecendo um zumbi voador e me atacava, eu xingava um palavrão mais feio que o outro aqui em casa. Fora os momentos de ódio bufantes quando travava no jogo e meu orgulho não me permitia procurar o detonado na internet.

E falando em susto, não procure muita lógica por aqui, tem um cara maldito que fica perseguindo a Lara em todos os lugares e não importa o quanto você atire nele, ele não morre nunca, nunca. Fora que ao fugir ele some simplesmente virando uma quina em uma parede qualquer.

A história pra mim ficou um pouco de lado, acabei não dando muita importância, mas o jogo mostra algumas cutscenes de tempos em tempos, sem spoilers basicamente a Lara é contratada por uma mulher muito rica para achar um artefato de Atlântis cujas partes estão espalhadas pelo mundo. Pouco se sabe sobre quem é essa tal de Lara Croft, o jogo não fala muito sobre ela ou seu passado, ela parece apenas uma caçadora de recompensas, uma mercenária contratada para viver aventuras perigosas por prazer.

E falando em espalhadas pelo mundo, também curti a distribuição das fases, o jogo te leva para lugares muito distintos, Egito, palácio do rei Midas, Andes, etc.

Outro detalhe bacana fica por conta dos equipamentos, você começa com duas pistolas automáticas de munição infinita, e vai dropando munição de armas que você não tem, mas acaba encontrando ao longo das fases no jogo.

Mas a diversão mesmo, fica por conta de ver todas as coisas humanamente impossíveis que a Lara faz, os pulos de 3 metros, as piruetas pra trás, cair de alturas bizarras e continuar viva, ainda que com um risco de sangue na barrinha de vida. O bom mesmo é fazer o impossível, essa é a graça, e justamente por isso, que a Lara era tão legal pra mim durante a minha infância. Afinal de contas, que garota não ia querer dar uma pirueta de lado enquanto atira com duas pistolas calibre 45? Eu queria!

Pra finalizar essa minha análise nostálgica e cheia de orgulho de ter feito final no jogo mais hardcore da minha infância, decidir praticar a escrita um pouco e escrever essa resenha aqui. Até que foi divertido, provavelmente farei dos demais jogos da franquia conforme for finalizando cada um deles.

Até mais.
Posted 26 January, 2015.
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