Recent reviews by Bruno Ráfaga

Eu joguei o suficiente pra consumir todo o conteúdo disponível no jogo até o momento (versão de lançamento) sem gastar nenhum centavo e me sinto confortável de fazer uma análise sincera.

Eu poderia fazer uma super análise completa de ponto a ponto que ninguém teria paciência de ler, mas vou pontificar o que você provavelmente quer saber pra tá lendo análises:
- Sim, o jogo é Gacha, mas absolutamente NADA do jogo está trancado apenas para quem paga.
- Existe aspectos do jogo que deixam claro que ele é um port de um jogo de celular, mas nada que atrapalhe a experiência geral.
- É um jogo Persona completo, com todos os sistemas que você conhece e ama, links sociais, vida na cidade, combate, fusão e captura de personas, etc... e tudo pode ser jogado de graça.
- O Gacha é somente para 2 coisas: Armas e Phantom Thieves Aliados (chamados de Phantom Idols no jogo), ambos obtidos com tickets específicos ou com a moeda premium que pode ser obtida de graça ou paga com dinheiro real.
- Armas podem ser facilmente obtidas em baús pelos palácios e mementos, geralmente 3 estrelas pra baixo, mas podem também ser compradas com Ienes normais até 4 estrelas.
- Tickets de summons também podem ser obtidos em baús ou como recompensas de desafios e eventos ou até atividades cotidianas da vida na cidade.
- Existem 2 tipos de aliados, os 4 estrelas e os 5 estrelas, os 5 estrelas são geralmente os personagens famosos de outros jogos da série Persona, mas não se deixe enganar, existem vários 4 estrelas que são tão bons que não vale a pena tirar ele do seu time por um 5 estrelas. Independente disso ambos podem ser obtidos de graça com drops garantidos após X quantidade de summons.
- Como a maioria dos jogos mobile, o jogo tenta limitar sua evolução diária, mas esse não faz nada demais para limitar como você joga, só torna difícil de upar pois limita as fontes de XP de um dia através de atividades diárias, missões não repetíveis ou atividades que gastam stamina, Mas nada que impeça seu progresso, só que retarde até o dia virar.

E apesar da lista acima ser relativamente grande, você ainda sente que está jogando um jogo Persona convencional com sua história, side quests, atividades na cidade, combate, exploração e etc. A História se passa em um mundo paralelo onde adolescentes diferentes se tornam Phantom Thieves e passam por situações similares aos mesmos protagonistas do P5 clássico. Atualmente o jogo dispõe dos 2 primeiros palácios (sob a promessa de ter 7 ao longo da campanha principal) e um evento crossover com os protagonistas de P5 que se passa numa réplica do primeiro palácio do Persona 5 clássico.

Não deixe o termo "Gacha" te impedir de testar o jogo, é grátis e bem divertido, e com 0 paywalls. Trate como um spin off da série (como o Strikers) e seja feliz!

Cool game!

Tenho opiniões mistas sobre esse jogo, a primeira coisa que quero destacar é que ele é um jogo Woke, então não vai respeitar o mito do Spider-man nem as HQs, e vai priorizar a agenda da Sweet Baby Inc. antes de tudo, isso é visto em vários momentos como:
- Cutscenes com conteúdo woke que não são possíveis de pular em nenhum momento da missão
- Peter Parker, um Spider-man veterano com mais de 10 anos de experiência, de repente se tornando incompetente para abrir espaço para o Miles ou a MJ. Desde quase sendo morto no tutorial, ser incapaz de se livrar do Simbionte por conta própria para precisar da ajuda do Miles, até ter o anti-venom, a arma suprema contra simbiontes ser incapaz de derrotar o Venom apenas para Miles novamente vir salvar o dia.
- Miles, próximo ao final do jogo, inventando um novo traje que ele diz ser "original", como se o traje atual dele não tivesse sido desenvolvido e desenhado completamente por ele, apenas pra mostrar que o jogo é patrocinado por uma marca de tênis.
- Entre vários outros personagens que são "nerfados" para dar destaque a outros, majoritariamente o próprio Peter Parker.

Se você for com o cérebro desligado, você consegue ver muita coisa boa nesse jogo em comparação ao primeiro:
- Mapa absurdamente grande, se tornando facilmente o maior mapa explorável já feito pra um jogo de Super Herói famoso.
- Mecânica de Web Swing pode ser configurada para ficar similar ao Spider-man 2 de PS2.
- A movimentação está mais fluída com novas técnicas de movimentação como Swing Loop, Web Wings, e muito mais (porém eu tiraria túneis de vento, pois por mais que seja legal, muitas vezes torna o Web Swing obsoleto, parecendo mais um jogo de Super-man).
- Missões secundárias foram extremamente simplificadas, crimes não são mais considerado "coletáveis" e não existe coletáveis absurdos de serem coletados que levam um tempo absurdo, respeita o tempo do jogador.
- Atenção a detalhes está bem absurdo com diálogos diferentes baseado no uso do simbionte ou não, bem como 3 variações de entonações baseado na atividade física que o Spider-man está fazendo (a pé, se balançando na teia, planando), bem como animações de movimento da mão durante ligações telefônicas.
- Ocasionalmente ao combater o crime você pode encontrar outros parceiros do Spider-man já na área, e além da cooperação entre eles, há interações únicas para esses momentos.
- Simplificaram o sistema de dispositivos, o que pra mim é um plus, era muito trabalhoso usar dispoisitivos com uma roda de seleção.
- Combate melhorado, com novas mecânicas como habilidades e aparar, o combate contra chefes se tornou um desafio mais interessante que nos jogos anteriores.

Então pra resumir: Odiei a história em que o Peter Parker foi simplificado para um Spider-man que nem parece veterano e vários elementos certamente vão enfurecer fãs de HQs ou até mesmo fãs dos filmes e desenhos de mais de 1 década atrás. Mas as mecânicas de jogo são muito divertidas e agradáveis, é um bom sandbox de super herói.

Tudo que essa DLC inclui é rapidamente defasado antes mesmo de você terminar o capítulo 1, e quando você liberar o sistema de fazer aprimoramento de armaduras, nenhum dos itens da DLC é melhor do quê o que você terá neste momento, Mesmo se você só queira rushar o jogo e fazer nenhuma exploração (por algum motivo) esses itens são facilmente substituíveis por melhores.

O jogo é espetacular, mas já antecipo que a edição de luxo não vale a pena, todos os itens da edição de luxo se tornam inúteis antes mesmo de você terminar o capítulo 1, confesso que comprei achando que ia vir o porongo da pré-venda, infelizmente não vem, é o único item que é útil por bastante tempo.

Tirando a decepção com o conteúdo da edição de luxo, o jogo é espetacular, ele tem todos os elementos esperados de um Soulslike, e várias coisas que não estamos acostumado em jogos desse gênero, por exemplo... É POSSÍVEL PAUSAR! Entre outras coisas, é possível usar o santuário (o bonfire) sem ser forçado a descansar e respawnar os monstros, é possível distribuir os pontos ao passar de nível diretamente do menu de pausa, e não há nenhuma consequência na morte, e passar de nível é relativamente rápido.

Mas não se engane, apesar de todas essas facilidades, os chefes do jogo não perdoam seus erros de esquiva, com muitos deles te derrotando com apenas 2 golpes no primeiro encontro. A sensação satisfatória de derrotar um chefe difícil de um soulslike ainda existe, o sistema de recompensa/punição funciona bem em combates contra chefes...

E quantos chefes! Muitos rumores diziam que o jogo seria um Boss Rush, mas isso não é bem uma verdade, é um jogo de exploração e aventura como muitos outros, com uma variedade enormes de inimigos com ataques diferentes e cerca de 80 chefes/mini-chefes, o que garante que você vai encontrar eles com uma boa frequência.

Tudo isso em vários cenários bastante diversificados ao longo dos 6 capítulos da história, com cenários bem distintos como florestas, desertos e tundras, apesar de não ser tão aberto quanto Elden Ring, há bastante margem para exploração, com vários segredos, chefes e itens secretos, e até quebra-cabeças que podem exigir você viajar entre as regiões de cada capítulo... levando um jogador mediano cerca de 40 horas para completar tudo. O primeiro capítulo pode enganar muitos jogadores fazendo acreditar que o jogo é semi-linear e que os capítulos serão curtos, mas o primeiro capítulo é basicamente um tutorial das mecânicas do jogo, você começa a notar o quão grande o jogo vai ser à partir do capítulo 2.

Os gráficos não desapontam, mas o jogo focou bastante em efeitos de iluminação, sombra, vegetação e pelagem, em vez do tradicional dos AAA: texturas, meshs e modelos realistas. Mesmo na configuração Cinemática, dá pra notar que as texturas de pedras ou árvores são básicas, e com muita proximidade deixa muito a desejar, mas os demais efeitos de ambientação compensam muito onde outras áreas falham. Porém a melhor experiência só pode ser percebida com gráficos ALTO ou maior, MÉDIO é uma redução bem perceptível de visual, e BAIXO foi provavelmente pensado para rodar em PCs Low End ou PCs portáteis como o Steam Deck.

Para concluir, excelente combate, dificuldade recompensadora, muitas melhorias de qualidade de vida em relação a outros soulslike, e bastante conteúdo pra explorar... tirando a decepção que é a edição de luxo, Black Myth: Wukong é um tiro certo pra quem curte soulslike e/ou jogos de aventura como o God of War 2018.


Este joga é absurdamente lindo de se jogar em um Steam Deck, e confortável também. Com as devidas otimizações é possível adquirir um visual bem agradável e ainda rodar em 40 FPS. É possível superar os 60 FPS com a geração de quadros do FSR 3, porém ao custo de latência nos controles.

Primeiro de tudo rode o jogo em modo de compatibilidade, isso vai te dar uma performance extra. as 3 configurações que mais afetam performance é Iluminação Global, Sombras e Reflexos. Ainda assim Sombras e Iluminação Global no BAIXO praticamente desativa esses efeitos, porém a configuração que mais dá fluídez é colocar tudo no BAIXO e Texturas no MÉDIO.

Esse jogo pesa 130GB, e isso dói bastante em um Steam Deck, então esteja ciente!

Eu sei que você provavelmente vai passar pelo mesmo problema então...

MeatOnTheBone

Não pergunte o por quê, só aceite.

Esse jogo me deixa dividido. por um lado é um jogo da série Zero Escape que conclui a história dos jogos anteriores, então é essencial pra quem jogou os jogos nonário. Por outro lado esse jogo aposta numa fórmula diferente de gameplay que foge do padrão da série.

Ainda temos as "Escape Rooms" com puzzles inteligentes que realmente te botam pra trabalhar pela saída, e também temos uma história baseada fortemente nas decisões que tomamos, este mais do que nunca abusa do mecanismo de viajar entre histórias diferentes para adquirir conhecimento.

A principal diferença entre os jogos da outra série é que não é mais um "Visual Novel" que conta a história, mas sim várias cinemáticas dividas em fragmentos, onde cada um possui escolhas que geram novas ramificações da história, para deixar as coisas mais confusas você controla 3 protagonistas diferentes dentre os 9 participantes, alternando entre eles para poder entender toda a história. Além disso o jogo não segue um padrão linear, o que te faz ter dificuldade de entender a cronologia dos eventos.

A história por sua vez é espetacular, só acho que deviam ter ido por uma abordagem mais clássica para que não fosse fácil se perder pela história. Temos o retorno de personagens clássicos dos últimos 2 jogos, bem como a introdução à novos personagens e uma história que conclui todos os pontos em aberto que foram deixados nos outros jogos. Sendo fã da série, o final foi bem satisfatório.

Em resumo, para os fãs da série é um jogo essencial pra finalizar a trilogia. Para os demais, facilmente o pior dos 3 jogos.

Eu ainda não consigo entender como essa obra prima não ganhou o jogo do ano em 2018, mas God of War sim.

Já tinha jogado esses jogos antes no DS e no 3DS, mas jogá-los no PC foi uma experiência agradável com direito a dublagem pro primeiro jogo.

Zero Escape é uma mistura de visual novel com escape rooms, onde suas escolhas determinam seu final, e puzzles incríveis escondem uma história super complexa e bem feita que envolve o uso de conhecimentos adquiridos em linhas do tempo diferentes.

999 É o primeiro jogo da série e te coloca no papel de Junpei, um jovem que foi sequestrado por um indivíduo que se identifica como Zero para participar do Jogo Nonário, ele é preso junto de 8 outros participantes com o objetivo de escaparem vivos pela porta de número 9. Durante suas tentativas de fuga, mistérios dos participantes e do jogo nonário são revelados que te mantém cada vez mais instigado a descobrir toda a verdade.

Virtue's Last Reward é uma sequência ao 999 e trás de volta o Jogo Nonário só que um novo conjunto de regras, você joga com Sigma, que também foi sequestrado por um indivíduo que se denomina como Zero, junto com outros 8 participantes, dentre os quais há o retorno de alguns personagens do jogo anterior, porém este jogo expande ainda mais o conceito do jogo anterior com mais de 18 finais definidos por suas escolhas onde conhecimento de finais diferentes são usados para conseguir alcançar o objetivo de escapar com vida pela porta de número 9. Assim como o jogo anterior, cada personagem tem seus mistérios que podem ser descobertos ao aprofundar sua conexão com eles, também há muitos mistérios em relação a Zero e o objetivo dos jogos que são revelados conforme a história prossegue.

Em conclusão a série Zero Escape usa e abusa da necessidade de memorizar conhecimento de linhas do tempo diferente para solucionar problemas de outra forma impossíveis de se resolver, para ajudar nisso o segundo jogo até inclui um bloco de notas onde você pode rabiscar suas anotações. É um jogo especial por si só pois além de ter uma história envolvente, exige do jogador a necessidade de estar atento ao que está acontecendo para prosseguir. Lembra bastante jogos de investigação como Phoenix Wright, porém tem mecânicas únicas nunca vista em outros jogos do mesmo estilo.

Se você curtiu Phoenix Wright ou Danganronpa, não vai errar com esse jogo.

Não se deixe enganar, esse jogo vai te fazer viciar tão rápido q vai parecer curto, sempre dando aquele gostinho de quero mais.