"Monsenhor Benvindo não era gênio. Ele tomava o caminho mais curto, o do Evangelho.

Não diligenciava dar à casula as dobras do manto d'Elias; não projetava nenhum raio de futuro na tenebrosa precipitação dos acontecimentos; não intentava condensar em chama a claridade das coisas; não tinha nada de profeta nem de mago. Era uma alma amante e nada mais.

Monsenhor Benvindo era simplesmente um homem que registrava os pontos supersticiosos sem os escrutar, sem os agitar, sem com eles pertunar o espirito, e que tinha na alma o grave respeito que a sombra inspira."

Do Livro "Les Misérables"
Victor Hugo, 3 de abril de 1862