Você vai morrer. E vai morrer muitas vezes. Mas pior que morrer… é não saber quando vai acontecer. A tensão constante se mistura com aquele silêncio ensurdecedor do seu quarto, criando um clima que poucos jogos conseguem reproduzir.

Nada aqui pega na sua mão. Além de um tutorial básico sobre as mecânicas, o resto é você por sua conta. Descobrir quando a polícia pode te rastrear, quando o Lucas pode te achar ou quando o Breather vai estar te esperando vira uma obsessão. Cada clique, cada site acessado, cada segundo no jogo é uma roleta russa de pura ansiedade. Você nunca está seguro. Nunca.

O jogo não te dá respostas. Descobrir como navegar pela deepweb, entender os sinais, desvendar os horários, reconhecer padrões… tudo isso é quase impossível sozinho. E é exatamente aí que mora a genialidade. Você tem que estudar, pesquisar, anotar, traçar estratégias e, literalmente, aprender a jogar fora do próprio jogo. É quase um ARG disfarçado de survival horror.

E, sinceramente, acho isso brilhante. Um dos jogos mais difíceis que existem, tanto no desafio mecânico quanto psicológico. Poucos vão ter paciência pra passar por tudo, mas quem gosta desse tipo de experiência vai entender o porquê: 10/10.